Naquela que é a primeira sondagem depois das eleições regionais e municipais em Espanha, cujos resultados levaram o primeiro-ministro, Pedro Sánchez a convocar eleições antecipadas para julho, o PP vê as intenções de voto subir quase quatro pontos percentuais e a distanciar-se mais do PSOE, que também sobe, mas menos. Os dois principais partidos têm agora uma diferença de 8,5 pontos e 45 lugares.

Na sondagem da Sigma Dos para o El Mundo, a primeira desde as eleições municipais e regionais de 28 de maio que o PP venceu, o partido de Alberto Núñez Feijóo subiu quase quatro pontos percentuais em relação aos resultados de há um mês, e reuniria 34,3% dos votos. Com estes resultados, conseguiria 144 lugares mais 11 lugares no Congresso face ao bloco da esquerda junto.

Mas Feijóo ainda estaria longe de uma maioria absoluta, que só seria alcançável com o apoio do Vox, que reúne 12,1% das intenções de voto, uma queda face há um mês, quando tinha 13,6%. São menos seis lugares num mês, para 33. O PP e o Vox, em conjunto, reuniriam 46,3% dos votos e teriam 177 lugares na Câmara. Há pouco mais de um mês, no barómetro de abril, tinham 44,1% e 176 lugares.

A convocação de eleições antecipadas, o sonho de maioria “incontestável” e o anúncio de uma coligação: o day after das eleições espanholas

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No domingo, o PP saiu como o grande vencedor ao conquistar territórios socialistas como a Comunidade Valenciana, Aragão, Ilhas Baleares, Cantábria, La Rioja e Múrcia. E grandes cidades como Sevilha, Valladolid, Valência, Granada, Toledo ou Huelva.

Mas o PSOE, na sondagem agora conhecida, também cresce, embora menos (2,5 pontos), de 23,2% há um mês para 25,7% agora. Teria 99 lugares no Congresso, os mesmos que lhe davam a sondagem de há um mês. Ou seja, uma semana depois das eleições, o PP está 8,5 pontos à frente do PSOE de Pedro Sánchez e tem mais 45 lugares sobre o partido do governo.

Em relação aos líderes políticos, Alberto Núñez Feijóo é o que tem melhor classificação, ainda que seja negativa — 4,5 em 10, seguido de Yolanda Díaz, ministra do Trabalho de Pedro Sánchez (4,2). O atual chefe do Governo não vai além dos 3,8, e Santiago Abascal, do Vox, fica-se pelos 3. Com pior nota está Ione Belarra (do Podemos), com 2,4.

Mesmo que o PSOE se somasse à plataforma Sumar, ao Unidas Podemos e às forças minoritárias de esquerda, não conseguiria enfrentar o bloco da direita.

Face às eleições de 2019, o PP salta 13,4 pontos e 55 deputados, enquanto o PSOE cai 2,3 pontos e 21 deputados.