Depois da sondagem da ICS/ISCTE para o Expresso, um segundo estudo de opinião indica claramente que a maioria dos inquiridos concordam com Marcelo Rebelo de Sousa: António Costa deveria ter aceitado a demissão de João Galamba na noite de 2 de maio.

Sondagem. Maioria dos portugueses não está convencida que Montenegro seja melhor que Costa

O valor não deixa grande margens para dúvidas: 79% dos inquiridos na sondagem da Aximage para o DN/JN/TSF defendem que o primeiro-ministro deve fazer uma remodelação profunda e 69% entendem que isso teria ajudado Costa a ultrapassar a crise política. Já 73% da amostra censura o primeiro-ministro por ter mantido o ministro da Infraestruturas no Governo.

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Aliás, 51% dos inquiridos considera que a imagem pública de António Costa é impactada de forma permanente pelo caso TAP, enquanto que 37% considera que o dano é apenas temporário.

O Presidente Marcelo tem ainda outra boa notícia nesta sondagem, com 54% dos inquiridos a defenderem a sua decisão de não dissolver o Parlamento e manter o Executivo do PS em funções.

Num estudo de opinião com muitas questões sobre a crise política que nasceu dos episódios que ocorreram na noite de 26 de abril no Ministério das Infraestruturas e que levaram a um choque institucional entre Marcelo Rebelo de Sousa e António Costa, destaque ainda para o facto de 44% dos inquiridos defenderem que o Governo vai conseguir levar o seu mandato até ao final da legislatura em 2026, enquanto 42% antecipam que o Presidente da República interromperá a legislatura e convocará eleições antecipadas.

E qual o momento mais indicado para Marcelo usar a chamada ‘bomba atómica’ que faz parte dos seus poderes constitucionais? 51% dos inquirido entende que, caso o PS seja derrotado de forma clara nas eleições europeias de 2024, esse será o momento indicado. Mas 37% defende mesmo que o Presidente da República deve intervir ainda este ano, após as conclusões da Comissão Parlamentar de Inquérito à gestão da TAP.