A consultora multinacional de origem francesa Devoteam comprou a Singularity Digital Enterprise, empresa com sede em Portugal que é especializada em dados e inteligência artificial (IA). A aquisição foi esta quinta-feira anunciada em comunicado, não tendo sido divulgado o valor da operação.
A aquisição é, segundo a compradora, um “passo significativo para os planos de expansão” e um reforço do compromisso em “entregar as melhores soluções de dados a clientes em todo o mundo”. De acordo com Bruno Mota, managing director da Devoteam Portugal, a compra “acelera o crescimento em Portugal”, permitindo a consolidação das competências existentes e a criação de “um centro de excelência robusto que impulsionará a inovação tecnológica na região”.
Por sua vez, Pedro Martins e Hugo Cartaxeiro, fundadores da Singularity Digital Enterprise, afirmam que “unir forças com a Devoteam é uma excelente oportunidade”. “O nosso espírito comum de empreendedorismo e a nossa visão para alavancar os dados e a Inteligência Artificial para impulsionar um crescimento mais rápido dos negócios para os nossos clientes complementam-se perfeitamente e estamos ansiosos para contribuir com a nossa experiência para os projetos ambiciosos da Devoteam”, acrescentam.
Em Portugal, a Devoteam conta com mais de 1.300 funcionários, sendo que a entrada da Singularity acrescenta a esse universo mais de 60 trabalhadores (que são absorvidos pela consultora francesa), que trabalham com parceiros estratégicos, como a Microsoft, em mais de 200 projetos.
A Singularity, que foi fundada em 2016 por Pedro Martins e Hugo Cartaxeiro, ex-funcionários da Microsoft, foi este ano considerada pelo Financial Times como uma das empresas com maior crescimento na Europa. É a única tecnológica com sede em Portugal que está presente nesse ranking com 1.000 empresas.
A empresa não é o primeiro negócio português a ser adquirido pela Devoteam. Em 2018, a consultora de origem francesa adquiriu 58% da Bold, criada por Bruno Mota (que agora ocupa o cargo de managing director da Devoteam Portugal). À época, o Dinheiro Vivo, escrevia que, pelo segundo ano, essa tecnológica portuguesa também tinha sido distinguida pelo Financial Times como uma das empresas com maior crescimento na Europa.