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O 623.º dia de guerra era especialmente importante para a Ucrânia. Com a União Europeia (UE) a divulgar o relatório sobre o ponto de situação dos países candidatos à adesão ao bloco europeu, o país liderado por Volodymyr Zelensky estava especialmente expectante para conhecer os seus progressos. E os resultados apontaram para que não tinha razões para preocupações.

A Comissão Europeia anunciou que recomenda a abertura de negociações para a adesão à UE da Moldávia e da Ucrânia. No comunicado divulgado esta quarta-feira, a Comissão especificou que, à “luz dos resultados alcançados” nas “reformas em curso”, a Ucrânia e a Moldávia estão prontas para adotar “os quadros das negociações”, assim que os dois países “adotarem certas medidas-chave”.

Após a publicação desta nota, Ursula Von der Leyen, Presidente da Comissão Europeia, veio dizer que esperava que, em dezembro, os líderes da UE dessem aval à abertura de negociações formais com a Ucrânia, após o qual o processo “pode começar imediatamente”.

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A Ucrânia tem de terminar esse trabalho, que consta explicitamente da nossa recomendação e, em março [de 2024], apresentaremos um relatório sobre os progressos realizados, mas [as negociações formais] podem começar imediatamente quando o Conselho Europeu tiver dado ‘luz verde’ na sua decisão de dezembro”, acrescentou.

Estas notícias foram recebidas com “gosto” por parte do Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, que referiu que o bloco europeu deu um “passo histórico”.

“Recebo com gosto a recomendação a Comissão Europeia para abrir as negociações de adesão entre a União Europeia e a Ucrânia”, escreveu Zelensky numa publicação na sua conta na rede social X. “Este é um passo forte e histórico que abre caminho a uma União Europeia mais forte com a Ucrânia como membro.”

O que se passou durante a noite?

  • Ainda que não seja da mesma opinião que Donald Trump — que diz que conseguia acabar com a guerra na Ucrânia em apenas 24 horas — Volodymyr Zelensky, Presidente da Ucrânia, tem uma solução para a invasão russa terminar: “os soldados russos precisam de voltar para a sua própria terra”.
  • Na reunião entre os ministros dos Negócios Estrangeiros do G7, o secretário-geral norte-americano, Antony Blinken, assegurou que os países da organização estão focados no “apoio duradouro” à Ucrânia, cita a Sky News. “A Ucrânia pode contar connosco”, garantiu.
  • Um tribunal russo condenou a ativista Sasha Skochilenko a oito anos de prisão, no seguimento de uma manifestação anti-guerra, ocorrida em abril de 2022.

https://observador.pt/2023/11/08/ativista-russa-condenada-a-oito-anos-de-prisao-por-substituir-etiquetas-de-supermercado-com-frases-anti-guerra/

  • O ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Sergei Lavrov, afirmou que as empresas europeias perderam 250.000 milhões de euros no último ano e meio devido às sanções ocidentais contra a Rússia.
  • O secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, pressionou a Hungria a ratificar, “sem mais demoras” o pedido de adesão da Suécia.
  • Após a promessa do primeiro-ministro, Robert Fico, de parar com o envio de armas para a Ucrânia, a Eslováquia chumbou o pacote de ajuda militar, que tinha sido previamente elaborado.
  • O presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, propôs comprar cereais à Ucrânia para os enviar para o Médio Oriente, como medida para continuar a ajudar ambas as regiões, que a União Europeia (UE) considera prioritárias.

Charles Michel propõe comprar cereais à Ucrânia e enviá-los para Médio Oriente

O que se passou durante a manhã e início da tarde?

  • Os ministros dos Negócios Estrangeiros do G7 emitiram um comunicado onde, além do Médio Oriente, também é abordado o apoio à Ucrânia. Os representantes da diplomacia das economias mais industrializadas dizem que o “apoio à luta da Ucrânia pela sua independência, soberania e integridade territorial nunca vai vacilar”. “Continuamos a condenar nos termos mais fortes a agressão em curso da Rússia e comprometemo-nos a estar ao lado da Ucrânia, pelo tempo que for necessário, aumentando a pressão económica e impondo sanções robustas e outras restrições contra a Rússia”, promete o G7.
  • Um deputado pró-russo na região de Lugansk, no leste da Ucrânia, morreu esta quarta-feira, vítima de um carro armadilhado com uma bomba, segundo noticia a Reuters.
  • Segundo o ministério da Energia ucraniano, a Rússia terá atacado infraestrutura energética nacional 60 vezes e com diferentes armas ao longo das últimas semanas.
  • Putin diz que cooperação militar entre Rússia e China é “cada vez mais importante”, mas afasta a ideia de uma aliança militar ao estilo guerra fria, segundo a agência Reuters.