O pedido de acesso ao medicamento Zolgensma, que há cerca de três anos custava 1,9 milhões de euros, para as gémeas luso-brasileiras com atrofia muscular espinhal, caso que tem sido notícia por suspeitas de influência por parte do Presidente da República, foi feito a um sábado e aprovado em dois dias úteis.

A notícia está a ser esta quinta-feira avançada pela CNN Portugal, que escreve que o pedido foi feito a 29 de fevereiro de 2020, sábado, e aprovado pelo Infarmed na terça-feira seguinte. Em resposta à estação televisiva, a autoridade do medicamento indica que já deu autorizações mais rápidas, tendo “processos que são tramitados no próprio dia”.

Na justificação clínica que consta no pedido para acesso ao Zolgensma, segundo a CNN Portugal, a neurologista que acompanhava o caso escreveu somente que o diagnóstico das gémeas — que conseguiram a nacionalidade portuguesa em 14 dias — era compatível com o medicamento.

As duas menores viriam a receber o fármaco, que é um dos mais caros do mundo, no Hospital de Santa Maria, quando ainda nem sequer tinham um número de utente do SNS atribuído — apesar de já lhes ter sido dada a nacionalidade portuguesa.

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