A Polícia Judiciária participou nos últimos meses numa operação internacional com a European Cybercrime Center (EC3) contra o branqueamento de capitais que originou a detenção de 1.013 pessoas e evitou a perda de 32 milhões de euros.

Num nota divulgada esta segunda-feira, a Polícia Judiciária (PJ) adianta que a operação “Mulas de Dinheiro” (“Money Mule”), denominada EMMA 9, decorreu nos meses de junho, outubro e novembro, em 26 países e “teve como resultado global a detenção de 1.013 suspeitos, a identificação de mais de 10.759 ‘mulas de dinheiro’ e a tomada de medidas cautelares que permitiram evitar a perda de 32 milhões de euros.

Esta operação, realizada pelo nono ano seguido, tem como principal objetivo o branqueamento de capitais através de correios de dinheiro (“mulas de dinheiro”).

No documento divulgado à comunicação social esta segunda-feira, a PJ adianta os números resultantes da operação internacional conjunta.

Em Portugal foram identificadas “425 pessoas que integram o conceito de “mulas de dinheiro” e de 59 outras como angariadoras de correios. Foram ainda interrogadas e constituídas arguidas 93 pessoas, detetadas 590 contas bancárias para transações ilícitas, iniciadas 300 investigações, identificadas 377 vítimas de crime e detidos, neste âmbito, oito suspeitos.

De acordo com a PJ portuguesa, o “prejuízo patrimonial apurado é superior a 16,760 milhões de euros.”

“Esta campanha visa sensibilizar o público em geral que as “Money Mules” são pessoas recrutadas por organizações criminosas para o levantamento de dinheiro ou transferências ilícitas de fundos, passando, também elas, a ser intervenientes e autoras de crimes”, explica a PJ.

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