A reitora da Universidade da Pensilvânia, M. Elizabeth Magill, demitiu-se este sábado, quatro dias depois de não ter sido clara na condenação de posições antissemitas tomadas por estudantes que apelaram ao genocídio dos judeus.
A polémica surgiu durante uma audição no Congresso norte-americano em que M. Elizabeth Magill depôs acompanhada de outros responsáveis universitários.
O anúncio da demissão foi feito por Scott L. Bok, presidente do conselho de administração da Universidade da Pensilvânia, também conhecida como Penn State, num e-mail enviado à comunidade universitária, citado pelo New York Times. “Escrevo para informar que a presidente Liz Magill apresentou voluntariamente a sua demissão do cargo de Presidente da Universidade da Pensilvânia”, escreveu Bok. A nota incluí uma declaração da reitora demissionária: “Foi meu privilégio servir como presidente desta instituição notável.”
Segundo o jornal norte-americano, espera-se que Magill, que é advogada, permaneça na universidade como membro do corpo docente da faculdade de direito. O presidente do conselho de administração informou também que será nomeado um reitor interino.
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“Instar ao genocídio de judeus viola o código de conduta de Penn sobre bullying e assédio?” questionou a congressista, à qual a Magill respondeu: “se as palavras se tornarem ações isso pode ser considerado assédio”.
Uma resposta que não convence a congressista que, incrédula, questionou: “Que ações? Cometer o ato de genocídio?”.
A mesma pergunta recebeu uma resposta evasiva por parte da presidente da Universidade de Harvard. “Depende do contexto (…) Se a retórica antissemita passar para o nível de bullying e assédio, aí agimos”, disse, recusando-se a responder no afirmativo.
Em resposta às declarações feitas pelas líderes das universidades durante a audição no congresso, vários congressistas pediram a demissão das presidentes das universidades de Harvard, Penn State e M.I.T.