Em Stonehenge, em Inglaterra, milhares de pessoas reuniram-se esta sexta-feira para celebrarem o solstício de inverno. No monumento assistiram ao nascer do sol do dia e deram as boas-vindas à estação, segundo a BBC.
O acontecimento, também denominado por Yule, que comemora a luz e o renascimento do sol, marca o dia mais curto e a noite mais longa do ano no hemisfério Norte que, em Stonehenge, foi assinalado com vários rituais e atividades. Porque é que as multidões seguem uma tradição druida e se juntam em torno do mais famoso monumento megalítico do ano?
A explicação é simples: o monumento pré-histórico, localizado em Wiltshire (Inglaterra) está perfeitamente alinhado com o pôr-do-sol do solstício de inverno. (Por outro lado, New Grange, na Irlanda, e o círculo de Goseck, na Alemanha, estão alinhados com o nascer do Sol desse dia).
Os arqueólogos acreditam que o Stonehenge foi construído 2.000 ou 3.000 mil anos antes de Cristo e, aparentemente, o povo que o edificou valorizava mais o solstício de inverno do que o de verão. Algumas teorias justificam a preferência com a ideia de que era no solstício de inverno que se faziam os sacrifícios animais (e assim já não era preciso alimentar os animais no inverno) e que o vinho e a cerveja estavam prontos para consumo.
No solstício de inverno, o eixo terrestre é inclinado no seu ponto mais longínquo do sol. A incidência do sol sobre a linha a 23,5 graus do sul do Equador, o Trópico de Capricórnio, que está mais longe do sol, provoca menor incidência da luz solar e temperaturas baixas.