As máscaras voltaram a ser obrigatórias esta quarta-feira em Espanha, nos centros de saúde e nos hospitais, por causa da gripe e da Covid-19, que estão também a causar congestionamento nos serviços de saúde.
A medida já estava em vigor em seis das 17 comunidades autónomas de Espanha, um país totalmente descentralizado em que a saúde é tutelada pelos governos regionais, mas foi esta quarta-feira alargada a todo o país por decisão do executivo central, através de um mecanismo previsto na lei que já tinha sido usado durante a pandemia de Covid-19.
As máscaras passam também a ser recomendadas noutros espaços, como as farmácias, segundo revelou o Ministério da Saúde.
A ministra Monica García disse esta quarta-feira, numa conferência de imprensa, que a situação epidemiológica das “infeções respiratórias agudas” em Espanha, que incluem a gripe e a Covid-19, está dentro dos valores do período pré-pandemia, mas num nível considerado alto.
Nas últimas semanas, em especial a gripe, registou uma “subida aguda”, provocando “tensão” na resposta de hospitais e centros de saúde, justificou.
Nos últimos dias, têm sido notícia em Espanha as longas horas de espera nos serviços de saúde por causa da gripe e pelo menos dois hospitais da Catalunha suspenderam as cirurgias não urgentes para canalizar os recursos para o atendimento urgente dos casos de infeções respiratórias.
Os governos regionais poderão decidir passar a obrigatoriedade de máscara para uma recomendação se durante duas semanas consecutivas houver uma diminuição nos casos de gripe e Covid-19, segundo o Ministério da Saúde.
A ministra não explicou, porém, durante quanto tempo se manterá em vigor a obrigatoriedade de máscara nas unidades de saúde por decisão do governo central.
As máscaras nas unidades de saúde já eram, desde há dias, obrigatórias na Catalunha, Comunidade Valenciana, Aragão, Múrcia, Ilhas Canárias e Astúrias.
As Canárias decidiram esta quarta-feira que as máscaras passam também a ser obrigatórias nas residências de idosos para os visitantes e trabalhadores, durante um período temporário, “enquanto durar o pico epidémico de infeções por gripe e coronavírus [Covid-19]”.