Siga aqui o nosso liveblog sobre a guerra na Ucrânia.
O Irão afirmou esta sexta-feira que está “moralmente obrigado” a abster-se de fornecer armamento no conflito entre Rússia e Ucrânia apesar de não existirem restrições legais à venda de mísseis balísticos, num desmentido sobre o fornecimento deste armamento a Moscovo.
“Apesar de não existirem restrições legais à venda de mísseis balísticos, o Irão está moralmente obrigado a abster-se de realizar transações de armamento no conflito da Rússia e Ucrânia para evitar agravar a guerra”, indicou a missão permanente do Irão junto da ONU numa mensagem publicada na rede social X (antigo Twitter).
Despite no legal restrictions on ballistic missile sales, Iran is morally obligated to refrain from weapon transactions during the Russia-Ukraine conflict to prevent fueling the war—and that is rooted in Iran's adherence to international law and the UN Charter.
— Permanent Mission of I.R.Iran to UN, NY (@Iran_UN) February 23, 2024
“Isto está incluído na adesão do Irão à lei internacional e à Carta das Nações Unidas“, acrescentou a missão diplomática.
Diversos media internacionais têm denunciado que o Irão vendeu pelo menos 400 mísseis à Rússia, país que nos últimos anos se converteu num dos principais aliados de Teerão.
Face às informações sobre a potencial venda de mísseis iranianos, os Estados Unidos advertiram o Irão de que o fornecimento deste tipo de armamento à Rússia implicaria uma resposta internacional “rápida e severa”, e acrescentou que nos próximos dias seriam impostas mais sanções ao país.
Em conferência de imprensa, o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca (presidência norte-americana), John Kirby, explicou não poder confirmar as informações surgidas em ‘media’ internacionais que garantiam o fornecimento de mísseis balísticos iranianos ao Governo do Presidente Vladimir Putin, apesar de admitir não estranhar que tenha ocorrido.
Os países ocidentais têm acusado o Irão de fornecer drones (aparelhos não tripulados) de ataque à Rússia no decurso do atual conflito com a Ucrânia, uma sugestão também negada por Teerão.
Irão acusado de testar mísseis ilegais, dar drones à Rússia e enriquecer urânio
A ofensiva militar russa no território ucraniano, desencadeada em 24 de fevereiro de 2022, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
Os aliados ocidentais da Ucrânia têm fornecido armas a Kiev e aprovado sucessivos pacotes de sanções contra interesses russos para tentar diminuir a capacidade de Moscovo de financiar o esforço de guerra.