Um grupo de elementos da Climáximo pintou, esta segunda-feira, os leitores das portas de embarque do aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa, atrasando, assim, a circulação de passageiros. Para além disso, os manifestantes pintaram de vermelho o átrio do aeroporto, enquanto uma faixa era lançada das galerias onde se podia ler “Novo Aeroporto: Colapso Climático”.
Oito dos manifestantes foram detidos, segundo o Correio da Manhã.
Num comunicado, enviado às redações, o movimento justifica o protesto com a necessidade de “reduzir a aviação em mais de 90%” e de evitar a construção do novo aeroporto de Lisboa. A Climáximo classifica mesmo a construção de um novo aeroporto em Lisboa a um “ato de guerra”.
A Climáximo lembra que o aeroporto Humberto Delgado atingiu, em 2023, o recorde de passageiros (mais de 33 milhões) e sublinha que as estimativas apontam para que, em 2050, esse número dispare para 85 milhões de passageiros/ano.
O movimento propõe o corte imediato dos “voos supérfluos, como os de jato privado, os voos de curta distância (ex: Lisboa – Porto) e os voos noturnos” e defende que deve ser dada prioridade “aos voos de acordo com a necessidade, como por exemplo, para emergências humanitárias ou quando não houver nenhum método de transporte alternativo”. Paralelamente, devem ser desenvolvidas “as ligações ferroviárias”.