O rapaz de 12 anos suspeito de ter morto na terça-feira um colega e ferido gravemente outros dois numa escola da Finlândia, justificou os seus atos dizendo que tinha sido vítima de assédio, afirmou esta quarta-feira a polícia finlandesa.
“O suspeito disse durante o interrogatório que tinha sido vítima de assédio, o que foi confirmado pela investigação preliminar”, declarou a polícia num comunicado, acrescentando que o jovem tinha sido transferido para a escola no início do ano.
O estabelecimento de ensino onde ocorreu o tiroteio é uma escola primária, frequentada diariamente por cerca de 800 alunos e onde trabalham 90 pessoas.
A vice-diretora de educação e formação de Vantaa, Katri Kalske, informou que já foi convocado um gabinete de crise e explicou que qualquer atualização sobre o incidente é da responsabilidade da polícia, segundo noticiou o canal finlandês Yle.
O incidente levou, esta quarta-feira, a Finlândia a observar um dia de luto.
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Por volta das 08h00 locais (06h00 em Lisboa), todos os edifícios e instituições públicas puseram as bandeiras a meia haste em homenagem às vítimas, de acordo com o portal do Ministério do Interior finlandês, que encorajou todo o país a juntar-se ao luto.
Um rapaz de 12 anos, armado com um revólver, abriu fogo na terça-feira de manhã na sua escola em Vantaa, a norte da capital Helsínquia, matando um rapaz da mesma idade da sua turma e ferindo gravemente duas outras raparigas – uma de nacionalidade finlandesa e outra de dupla nacionalidade finlandesa-kosovar – antes de ser detido, segundo a polícia.
De acordo com o canal finlandês MTV uutiset, o agressor usava uma máscara e auscultadores com cancelamento de ruído quando cometeu o ato.
O ataque foi premeditado, disse a polícia numa conferência de imprensa algumas horas após o tiroteio na escola, que tem 800 alunos dos sete aos 15 anos em dois locais.
Os alunos regressaram,esta quarta-feira de manhã à escola, disse à AFP a vice-presidente da Câmara Municipal de Vantaa, Katri Kalske. A cidade criou uma unidade de aconselhamento.
“Estamos agora a concentrar-nos no apoio” às crianças, sublinhou, acrescentando que o ataque será discutido com os alunos em todas as escolas da cidade de uma forma “adequada à idade”.
A igreja local também prestará apoio às pessoas afetadas.