O centro para a “early childhood” (primeira infância) da Royal Foundation dos príncipes de Gales, e a que Kate se tem dedicado ao longo da última década, divulgou esta terça-feira um relatório e um porta-voz do Palácio de Kensington revelou que esta está “entusiasmada” por os trabalhos continuarem na sua ausência, que foi “totalmente atualizada durante o processo” de realização deste relatório, mas que tal “não deve ser visto como um regresso da princesa de Gales ao trabalho”, escreve e cita o jornal The Times. O responsável acrescenta que Kate só regressará aos seus deveres públicos quando os médicos lhe derem “luz verde”.
A princesa de Gales está afastada da vida pública desde que foi submetida a uma cirurgia abdominal no passado mês de janeiro. Depois de uma longa ausência sem notícias sobre o seu estado de saúde, Kate divulgou um vídeo a 22 de março onde revelou que está a fazer um tratamento de quimioterapia preventiva e, portanto, a sua ausência prolongar-se-á. Não é vista desde então.
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A primeira infância é um tema que tem assumido grande protagonismo na agenda de Kate desde há vários anos e tem um centro próprio na Royal Foundation, a fundação dos príncipes de Gales, lançado por Middleton em 2021. O projeto analisa e consciencializa para a importância da ação nos primeiros anos da infância para a transformação da sociedade do futuro.
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A princesa de Gales criou em março de 2023 uma taskforce com oito das principais empresas dos Reino Unido onde estão funcionários da Iceland, Lego, Aviva, Co-op, Ikea e Deloitte, e, aparentemente, a princesa quer alargar este grupo de forma a envolver empresas de todas as dimensões.
O objetivo é ter “um papel fundamental na sensibilização e na criação e expansão de ações tangíveis para mudar a forma como a primeira infância é vista e priorizada”, pode ler-se no site do centro. “Enquanto empregadores, fornecedores de bens e serviços e influenciadores na sociedade moderna, as empresas têm pontos de contacto únicos para catalisar e sustentar mudanças generalizadas.” Este grupo de trabalho é responsável pelo relatório divulgado esta terça-feira que tem como nome “Prioritising early childhood for a happier, healthier society”.
“As empresas podem desempenhar agora um papel extremamente significativo no apoio à sua força de trabalho atual, mas há também uma oportunidade a longo prazo para adotar uma abordagem preventiva mais profunda e investir na primeira infância, para proteger e fortalecer as gerações futuras”, pode ler-se numa publicação na rede social Instagram partilhada pelos príncipes de Gales e pelo centro Early Childhood.
Segundo o Times, o palácio confirmou que Kate leu o relatório e foi informada sobre as conclusões da taskforce. Embora esteja afastada, terá sido a “força motora” deste grupo. O jornal diz também que este relatório foi partilhado com o governo britânico antes da sua divulgação.
Christian Guy, o diretor do Centro para a Primeira Infância da Royal Foundation, disse que “a princesa está entusiasmada com isto”, referindo-se ao relatório. “É um claro compromisso que ela assumiu em toda a sua vida de serviço público que esta [área] será um foco para a princesa de Gales. Isso vai continuar quando ela regressar ao trabalho”, cita o mesmo jornal britânico.
Ao longo das últimas semanas vimos o Rei regressar às atividades públicas, depois de ter sido anunciado que lhe foi diagnosticado um cancro e que está a fazer tratamentos. Kate, por seu lado, está totalmente afastada dos olhares do público. No próximo mês de junho celebra-se o aniversário oficial do Rei com a parada militar Trooping the Colour, um ponto alto do calendário da família real onde todos se costumam reunir à volta do monarca para uma fotografia na varanda do Palácio de Buckingham. É também o mês das corridas de cavalos de Ascot, outro evento que a família de Carlos III não perde. São ambos momentos em que Kate se tornou presença obrigatória, contudo não se sabe se a princesa de Gales estará presente em algum dos dois este ano.
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