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Tinha tudo para ser uma simples passagem pela The London Clinic para uma cirurgia “planeada”, mas evoluiu de forma estrondosa para um novelo conspirativo sem fim à vista, que teve Kate Middleton, a princesa de Gales, como protagonista. Esta sexta-feira, 22, chegou o vídeo oficial que esclarece, por fim, o estado de saúde da princesa. Diagnosticada com cancro, encontra-se numa fase inicial e está a receber tratamento de quimioterapia. A descoberta da doença foi feita depois da cirurgia.

Ao fim de quase três meses de especulações, reconstituímos a fita do tempo enquanto o mundo procurou respostas e três hashtags não pararam de crescer: #Whereiskate, #Kategate #Katespiracy.

22 de dezembro. Crónica de uma viagem anunciada

O The Daily Mail avança que William e Kate deverão viajar até Itália na primavera. O jornal escreve até que está previsto um encontro com o Papa Francisco nesses primeiros meses de 2024, previsivelmente para março. Kensington não chega a confirmar a informação mas um porta voz do casal diz ao jornal que esperam anunciar os planos de viagem do príncipe e da princesa de Gales “no devido tempo”. Depois de tornada pública a cirurgia de Kate, os meios de comunicação virão dar conta do adiamento da viagem. Se a intervenção médica de Middleton estava de facto “planeada”, como o Palácio sugeriu, há quem não entenda o timing do anúncio desta deslocação no final de dezembro.

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25 de dezembro. A última aparição pública de Kate

É um clássico de Natal, que ganhou ainda mais força dada a ausência prolongada da princesa. A 25 de dezembro, o clã Gales reuniu-se em peso para a tradicional missa na igreja de Santa Maria Madalena, em Sandringham. E nunca mais se viu Kate em público.

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© Getty Images

28 de dezembro. O vídeo gatilho?

Talvez um mero bruuá que teria passado despercebido não fosse o que se tem passado nas últimas semanas, e parecer um pouco mais assustador em retrospetiva. A 28 de dezembro, uma conta anónima publica um vídeo no X (antigo twitter) que mostra aquilo que seria uma comitiva real a sair de Sandrigham rumo ao hospital Rei Eduardo VII. Vale o que vale, nenhuma fonte real fez qualquer comentário a respeito, zero se sabe sobre a origem do upload, mas talvez seja uma das primeiras achas para a fogueira #WhereIsKategate.

29 de dezembro. Um best of em família para fechar o ano

As contas oficiais do Palácio de Kensington, via X e Instagram, divulgam uma montagem em vídeo dos príncipes de Gales e dos três filhos que ilustra alguns dos “maiores sucessos” e realizações ao longo do ano que fica para trás.

8 de janeiro. Ainda o caso Epstein

O fantasma Jeffrey Epstein volta a pairar sobre a família real, com a revelação de mais 17 documentos ligados ao escândalo sexual que envolve o príncipe André, duque de Iorque.

[Já saiu o quarto episódio de “Operação Papagaio” , o novo podcast plus do Observador com o plano mais louco para derrubar Salazar e que esteve escondido nos arquivos da PIDE 64 anos. Pode ouvir o primeiro episódio aqui, o segundo episódio aqui e o terceiro episódio aqui]

9 de janeiro. Um aniversário deixado em branco

Não sendo inédito, é natural que se sinta o vazio. Kate celebrou 42 anos a 9 de janeiro mas nas contas oficiais nem uma menção à data, fosse uma foto da princesa ou um agradecimento aos seguidores pelos votos de parabéns. É verdade que em 2023 os aniversários dos príncipes de Gales não foram assinalados mas as publicações mantiveram-se regulares entre 2018 e 2022, com Kate a aproveitar até para partilhar fotos atualizadas suas.

16 de janeiro. A princesa é internada

Kate é internada na Clínica de Londres, pelo menos a avaliar pelo comunicado que Kensington irá emitir no dia seguinte.

17 de janeiro. Kate recupera de “cirurgia abdominal planeada”

O Palácio de Kensington anuncia que Kate encontra-se internada, a recuperar de uma bem-sucedida “cirurgia abdominal planeada”. Estimava-se então que a princesa permanecesse na clínica por 10 a 14 dias, devendo ficar afastada das suas funções reais, “por conselho médico”, até à Páscoa. Compreendendo o interesse que a publicação iria gerar, pedia-se o respeito pela privacidade da família, e pelo desejo de manter em privado a sua condição. O Palácio adiantava ainda que apenas prestaria informação adicional sobre o estado de saúde caso houvesse alterações significativas.

Vários meios de comunicação relatam que William ajustou a sua agenda ao novo cenário, de forma a ajudar a mulher e cuidar dos filhos. Alguns jornalistas comentariam que este foi o único dia em que tiveram permissão para cobrir o tema Kate Middleton nas imediações da clínica. O controlo por parte do Palácio de coberturas noticiosas como esta é relativamente comum depois do assédio mediático gerado em 2013, antes e depois do nascimento do príncipe George.

17 de janeiro. E ainda…o Rei também vai ao hospital

Quando se pensava que chegava de notícias neste dia, o Palácio de Buckingham anuncia que o rei Carlos III será hospitalizado para tratar uma “condição benigna da próstata”. De acordo com o comunicado, o monarca tinha o desejo expresso de que o seu diagnóstico pudesse encorajar outros homens com sintomas a serem examinados. A estratégia de gestão de um caso de saúde, bastante mais franca e detalhada que o de Kate Middleton, adensa as diferenças entre palácios, e em muito terá contribuído para incendiar teorias.

18 janeiro. A (única?) visita de William

O príncipe é fotografado no interior do seu carro, com um semblante pesado, a caminho da Clínica de Londres, para visitar a mulher. É a única vez que será visto a ir ou a vir do local onde Kate Middleton esteve internada.

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19 de janeiro. Alterações no Conselho de Estado

Surge a notícia de que Carlos III retirou funções de Conselheiro de Estado a Harry, André e Beatriz, que serão gradualmente substituídos. À lista foram adicionados Ana e Eduardo. O tema ganha interesse numa altura em que o monarca enfrenta a doença.

20 de janeiro. O alarme que chega de Espanha

A partir de Espanha, a jornalista Concha Calleja vai mais longe do que qualquer relato até à data e avança duas informações: Kate foi hospitalizada a 28 de dezembro, e não apenas a 16 de janeiro, como Kensington fez saber, e o seu pós-operatório não correu como o esperado. A ponte com Espanha não é totalmente descabida, notam alguns observadores. Há muito que se conhece que a babysitter da família é de origem espanhola.

No mesmo dia, o Sunday Times conta que os assessores do Palácio não notificaram as 30 instituições de caridade com que Kate habitualmente lida “para confirmar o adiamento e reagendamento de compromissos” até uma semana antes de sua cirurgia. O jornal acrescenta ainda que Kate estará a “trabalhar da cama” enquanto os “assessores insistem que o seu trabalho não vai parar”. O que é certo é que o tempo foi passando, e ao contrário da fase da pandemia, em que a princesa realizou chamadas via Zoom e foram cedidas imagens desses encontros virtuais com as instituições, agora nada se sabe.

24 janeiro. A cirurgia “foi uma surpresa para a família”. E um artigo muito confuso

Primeiro na revista People, depois no Page Six. Em ambos os casos, quem assina as peças garante que a hospitalização de Kate foi totalmente inesperada. “As notícias cuidadosamente guardadas sobre a situação de Kate foram uma surpresa até mesmo para aqueles que trabalham de perto com a família real, entende a People.” Os relatos contrariam mais uma vez a ideia de uma intervenção planeada e aumentam os indícios de que a situação da princesa poderia ser mais grave do que inicialmente reportado.

No mesmo dia, algo ainda mais bizarro. O The Mirror publica um artigo intitulado “Kate ‘a sua melhor amiga em um minuto e pior inimiga no outro’, afirma especialista”. A história giraria à volta de uma eventual relação turbulenta entre William e Kate, que teriam “mudanças de humor bastante extremas”. Em poucas horas, o artigo é retificado e onde antes se lia o nome de Kate surge agora o de Harry. O Mirror junta uma nota editorial ao final do artigo: “Uma versão anterior desta história se referia erradamente a Kate, princesa de Gales, em vez do príncipe Harry” e remove o link associado ao artigo, uma história do Daily Mail datada de 2022. Curiosamente, nas suas redes o diário manteve o copy da versão original.

25 de janeiro. The Sun escreve que William tem visitado Kate todos os dias

É certo que nos tempos correntes “se não há foto, não aconteceu”, como se costuma dizer, mas o The Sun faz o seu ponto de situação e garante que William tem visitado Kate no hospital todos os dias. Por política da Clínica de Londres, crianças não são permitidas, pelo que a ausências dos pequenos príncipes seria natural.

26 a 28 de janeiro. Carlos III e Camila fotografados no acesso à clínica

Carlos III dá entrada na Clínica de Londres para o esperado tratamento à próstata e a captação desse momento é permitida aos fotógrafos que se reúnem no exterior do edifício. Ao final da tarde, a rainha Camila é vista a sair do local (não terá sido registada a sua chegada). A revista People adianta ainda que o soberano terá aproveitado para visitar a nora. Camila voltaria a ser vista a fazer nova visita ao marido, algo que se mantém nos dois dias seguintes. As entradas e saídas, prontamente registadas pela imprensa, contrastam com o plano seguido pelos príncipes de Gales e acrescentam uma nota de suspense.

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28 de janeiro. Calleja volta à carga e fala em “coma”

Concha Calleja não larga o caso Kate. Desta feita, a espanhola diz mesmo que a princesa terá sido submetida a um “coma induzido” devido a complicações na sequência da cirurgia. Em pouco tempo, outros meios fazem eco deste cenário.

29 janeiro. O Rei acena ao povo

Carlos III e Camila são fotografados à saída do hospital, com boa disposição e agradecendo na sua conta oficial os desejos de rápidas melhoras.

1 de fevereiro. Kensington sacode pressão

Continuam a ecoar as palavras da jornalista Concha Calleja.”É um disparate completo”, rebate Kensington, através do diário The Times, no rescaldo da insistência da espanhola, e numa rara resposta a este tipo de rumores.

2 de fevereiro. Ainda Concha Calleja

Calleja defende a sua dama, admite que “tocou um nervo” e insiste perante os milhares de seguidores que confia a “100%” na sua fonte. Apesar do desmentido do Palácio, a teoria do coma nunca chega a sair de cena, pairando no ar.

5 de fevereiro. É tornado público o diagnóstico de cancro

O tratamento à próstata do Rei traz desenvolvimentos. A 5 de fevereiro, Buckingham emite um comunicado revelando o diagnóstico de cancro — sem especificar nunca a natureza do mesmo. É para “evitar especulações”, garantem, que decidem partilhar a informação sobre o estado de saúde do monarca, de novo contrastando com a estratégia de relações públicas pensada para Kate Middleton. Carlos vê-se forçado a adiar parte das “funções públicas”, mas continuará a “assumir negócios do Estado e papelada oficial”.

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6 de fevereiro. Uma furacão mediático e uma visita relâmpago

A notícia da doença do Rei corre mundo, gera preocupação e traz para jogo um novo protagonista, até aqui de costas mais ou menos voltadas, e instalado no outro lado do Atlântico. Perante os desenvolvimentos, o príncipe Harry voa para Londres para se encontrar com o pai. O momento de breve reunião terá durado menos de uma hora, com o príncipe a regressar aos EUA no dia seguinte.

7 de fevereiro. Um Middleton em férias e William em público

James Middleton, irmão de Kate, partilha um vídeo em família que mostra as suas férias nos Alpes. A publicação gera dois tipos de reação. Por um lado, boa parte do público é tentada a confiar que o estado de Kate não será assim tão grave. Em sentido oposto, é aqui que se desata uma das teorias conspirativas paralelas: onde estão os pais de Kate, já que Carole e Michael não são vistos em público desde o anúncio da cirurgia?

No mesmo dia, William participa do seu primeiro evento oficial desde que o diagnóstico de Kate foi tornado público, uma cerimónia de investidura no Castelo de Windsor. Esse momento de entrega de medalhas é escrutinado ao milímetro nas redes, especulando-se que o príncipe não se encontra na sua melhor forma. “Gostaria de aproveitar esta oportunidade para agradecer, também, as amáveis mensagens de apoio à Catherine e ao meu pai, especialmente nos últimos dias”, dirá ainda o herdeiro do trono num evento nesse dia. “Significa muito para todos nós.”

9 de fevereiro. A caminho de Sandringham

Primeiro Daily Mail, depois The Sun e Sunday Times. Em fase de interrupção escolar no calendário dos príncipes, a família terá trocado Windsor por Anmer Hall, em Sandringham. Tudo indica que a princesa de Gales está “a recuperar bem”. Não há no entanto quaisquer fotos que registem as supostas movimentações do casal, ao contrário de anos anteriores em que foram vistos a circular para o interior ou exterior dos jardins do parque de Windsor.

10 de fevereiro. A mensagem do Rei

O Palácio de Buckingham publica uma mensagem pessoal de Carlos III em que o monarca expressa os seus “sinceros agradecimentos” pelas mensagens de apoio que recebeu desde que anunciou seu diagnóstico. Fora as já conhecidas declarações oficiais, o público estranha que Kate não tenha feito algo semelhante.

11 de fevereiro. Aos olhos de todos

O Rei e a rainha Camila são fotografados quando vão à igreja de Santa Maria Madalena, em Sandringham.

13 de fevereiro. Mais uma imagem pública

A chegada de Carlos e a mulher a Clarence House, em Londres, também é registada pelos fotógrafos.

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14 de fevereiro. Outra Middleton em férias

Pippa Middleton é fotografada com o marido e os filhos de férias nas Caraíbas. De novo, que é feito dos pais de Kate?, perguntam os mais inquietos.

16 de fevereiro. Harry mais próximo?

O The Times revela que o príncipe Harry estaria empenhado em restabelecer os laços com o pai, atendendo a esta fase de convalescença, uma aproximação que acabaria por ser afastada do horizonte, pelo menos até ver. Nesta semana, os Sussex são vistos no lançamento dos Jogos Invictus, no Canadá, e são notícia pelo rebranding do seu site.

17 de fevereiro. A informação dúbia

O timing de um artigo no Daily Mail volta a levantar suspeitas. Richard Eden conta naquele jornal que William e Kate visitaram uma escola onde planeiam inscrever o seu filho mais velho, George. Eden é forçado a esclarecer no X, mais tarde, que a visita decorreu antes da cirurgia da princesa. Mas há quem pense que o artigo foi escrito como manobra de distração e prova recente do bom estado de saúde de Middleton.

18 de fevereiro. Os Reis voltam a Sandringham. E William vai aos BAFTA sozinho

Carlos e Camila voltam a deixar-se fotografar junto à igreja de Santa Maria Madalena. Em dia de BAFTA, a passadeira vermelha dos prémios do cinema britânicos ressente-se da ausência de Kate, uma das principais estrelas na chegada. William comparece a solo e protagoniza uma das fotos mais bizarras saídas do evento.

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19 de fevereiro. De regresso a Adelaide Cottage?

Os media britânicos registam que recomeçaram as aulas de George, Charlotte e Louis. Finda a pausa letiva, deduz-se assim que o casal Gales terá regressado a Adelaide Cottage. Mas continuamos em terreno de suposições.

20 de fevereiro. William comenta a situação em Gaza

Kate e William escrevem regularmente mensagens a dois a uma só voz, com recurso ao seu papel timbrado, mas não é inédito que o príncipe se tenha manifestado a título individual como aconteceu neste dia. William emitiu um comunicado pessoal sobre a crise em Gaza. Mas não conseguiu desviar atenções. Por esta altura já os internautas tomavam por garantida uma crise conjugal.

21 de fevereiro. Carlos com Sunak

Mostrando que continua a conjugar as suas funções com o processo de convalescença, Carlos III encontra-se com o primeiro-ministro Rishi Sunak em Buckingham.

23 de fevereiro. O Rei lê cartões (parece básico, mas dizem que funciona)

É um daqueles formatos de comunicação com o público testado com eficácia, por mais que os anos passem. Se dúvidas restassem da sua vitalidade, é lançado um vídeo do Rei a ler cartões enviados por súbditos preocupados com o seu estado de saúde. Mais uma vez, a estratégia difere em muito da rota traçada por Kensington.

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27 de fevereiro. A ausência de peso e uma morte trágica

É um dos dias mais férteis para tensões extra. Em cima da hora, sabe-se que William falha a presença no serviço religioso realizado em homenagem a Constantino da Grécia, seu padrinho, onde se esperava até que fizesse uma leitura. O Palácio de Kensington sustenta que a sua ausência se deve a “uma questão pessoal”. Mas com Kate fora do radar, rapidamente disparam as teorias de que o estado de saúde da princesa ter-se-ia agravado. Apesar de o palácio garantir que a mudança de planos nada tem a ver com a princesa, os rumores permanecem.

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Ao final da tarde do mesmo dia, mais uma notícia-choque. O Palácio de Buckingham anuncia a morte de Thomas Kingston, casado com Lady Gabriella Kingston, filha do príncipe Michael de Kent, primo em primeiro grau da falecida rainha (que ao lado da mulher estivera na homenagem a Constantino, em Windsor). Vários media reforçam a ideia de que a ausência de William também não está relacionada com a morte de Kingston. As redes vão urdindo o seu trabalho conspirativo e recordam que Thomas namorou em tempos a irmã de Kate, Pippa Middleton.

28 de fevereiro. Kensington aborda as “teorias da conspiração selvagens”

Por esta altura, todo o tipo de teorias correm livremente. Kate já estará morta (ou está a gravar um reality show), há uma dupla a receber treino para substituí-la, o casamento dos príncipes é um embuste, e William poderá ser o homicida de Kingston, que por sua vez tinha um fraquinho por Meghan Markle. Em mais um passo nada usual, um porta-voz do Palácio de Kensington presta declarações ao The Sun: “Fomos muito claros desde o início que a princesa de Gales estava fora até depois da Páscoa e o Palácio de Kensington só forneceria atualizações quando algo fosse significativo”.

29 de fevereiro. O reforço da mensagem. E William na sinagoga.

Porta-vozes de Kensington asseguram que a informação divulgada no dia anterior chega a outros meios, nomeadamente fora do Reino Unido. De novo, cita o Page Six, “o Palácio de Kensington deixou claro em janeiro os prazos da recuperação da princesa”. Em Londres, William visita uma sinagoga de Londres, encontra-se com sobrevivente do Holocausto e condena a onda de antissemitismo que eclodiu após os ataques do Hamas em 7 de outubro. “Tanto Catherine quanto eu estamos extremamente preocupados com o aumento do antissemitismo de que vocês falaram tão eloquentemente esta manhã, e sinto muito que tenham passado por isso”, frisa o herdeiro do trono, fazendo questão de incluir o nome da mulher.

1 de março. Um “ferimento catastrófico”

O primeiro dia de março volta a ser tumultuoso. Por um lado, num evento em Gales, William ignora uma pergunta da imprensa sobre a saúde de Kate. Enquanto isso, é finalmente revelado o motivo da morte de Thomas Kingston um “ferimento catastrófico na cabeça”, resultado da arma encontrada junto ao corpo. O suicídio é a causa pontada pelos meios que tratam o assunto.

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Thomas com a mulher em Wimbledon, em julho de 2023 © Getty Images

2 de março. A pausa da Rainha

Com 13 compromissos extra associados à sua agenda nas últimas semanas, a Rainha Camila prepara-se para uma curta pausa para retemperar forças. Pelo menos assim indica o The Times, citando fontes de Buckingham, que informam que a mulher de Carlos III só regressará a 11 de março. Já o The Sun avança que Camila deslocar-se-á no dia seguinte num voo privado rumo a um destino de sol fora de portas. Espanha é o destino no horizonte.

3 de março. Os Rei na Austrália

De boa saúde e pronto para longas deslocações, é como o primeiro-ministro australiano Anthony Albanese, espera que Carlos III esteja mais por diante. O responsável anuncia que começam a ser agilizados os preparativos para receber o casal britânico ainda este ano, como inicialmente agendado.

4 de março. Aquela imagem de paparazzi de Kate

É ela? Não é ela? É a irmã? Está inchada? Foi tirada hoje? Quantas rodas tem o veículo? 4 de março é mais um dia especialmente agitado. O norte-americano TMZ publica uma imagem de paparazzi de Kate e da sua mãe, Carole Middleton, que seguem no interior de um carro, perto do Castelo de Windsor, com a princesa no lugar do passageiro. O site adianta que a foto foi tirada naquela manhã, possivelmente depois de terem deixado as crianças na escola.

A imagem é republicada com amplo destaque mundo fora, mas em vez de silenciar rumores só contribuiu para aumentá-los. No mesmo dia, vários meios de comunicação do Reino Unido relatam que o Palácio de Kensington não “autorizou” a captação da imagem e afirmam que não a publicarão para respeitar a privacidade de Kate.

Dias depois, a repórter real Emily Andrews garante no Twitter que Kensington “exerceu enorme pressão sobre os media britânicos” para não publicar a imagem.

5 de março. Ah, o tio Gary. E ainda o Trooping the Colour

Se faltava agitação na vida dos príncipes de Gales, eis senão quando o tio de Kate torna tudo ainda mais constrangedor, ao participar num reality show contra a vontade da família. Em entrevista, Gary Goldsmith, ataca as teorias da conspiração sobre a sua sobrinha. “Há uma razão pela qual [a família real] não está a falar sobre isso e eles estão a dar-lhe um pouco de espaço”, diz o concorrente do Big Brother Celebridades. Mas há mais, como o suposto anúncio, e consequente desmentido real, de que Kate iria participar da cerimónia Trooping the Colour em 8 de junho. Embora os media mundo fora se apressem a dar conta de que esta será a primeira aparição pública confirmada da princesa, Kensington faz saber que não confirmara nada. O Ministério da Defesa do Reino Unido vê-se obrigado a retirar a imagem promocional da princesa do seu site.

6 de março. William descarta impacto das redes sociais

Enquanto Carlos se reúne através de videochamada com o primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, o porta-voz de William garante à revista People que o “seu foco está no seu trabalho e não nas redes sociais”.

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7 de março. Quem leva quem à escola. E de novo o tio incómodo

Nova contradição entra em jogo. “A Hello sabe que” William tem levado os seus filhos George, Charlotte e Louis para a escola (e que vai buscá-los) “todos os dias” desde a cirurgia de Kate.  Apesar de não haver indicação de porta-voz, as redes apressam-se a assinalar que a informação surge três dias depois daquela foto em que Kate é vista ao lado da mãe, e em que teria ido levar os filhos à escola. E não compreendem o propósito de uma notícia em que se dá conta de que esta função tem cabido inteiramente a William.

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Voltamos ainda ao tio de Kate, Gary Goldsmith, e a uma intervenção que voltou a deixar algo no ar. Em pleno Big Brother Famosos, uma concorrente, Ekin-Su Cülcüloğlu, pergunta-lhe “Onde está Kate?” Goldsmith responde: “Já que ela não quer falar sobre isso, a última coisa que vou fazer é [falar sobre isso]. Existe esse tipo de código de etiqueta. Se for anunciado, darei a minha opinião”. É este misterioso “se for anunciado” que gera maior comentário das redes onde se discutem todas as teorias e mais algumas.

8 de março. Uma breve pausa para falarmos de Meghan Markle

No Dia Internacional das Mulheres, Meghan Markle diz não compreender a facilidade com que as pessoas lançam ódio umas contra as outras na internet, especialmente mulheres com outras mulheres. A duquesa de Sussex admite ter sido alvo de “cyberbullying” e discurso de ódio durante a gravidez. No reino Unido, William assinala a data nas redes do casal, partilhando mesmo uma imagem (antiga) onde surge Kate.

10 de março. Um mini “gategate”

Será apenas mais um fait divers mas dada a corrente anterior, não há como não referir. Um carro embate contra os portões do Palácio de Buckingham, na madrugada de sábado, pelas 2h30 da manhã. As autoridades terão chegado rapidamente ao local, relatam testemunhas ao Independent. As imagens captadas mostram o momento em que o condutor, já fora do carro, ajoelhado, é cercado pela polícia.

10 de março. Os abusos do irmão de Diana

Como um “gate” nunca vem só, Charles Spencer, irmão da Diana, revela que foi alvo de abusos sexuais quando frequentou um colégio interno. O episódio consta do novo livro de memórias do tio de William e poderia arrumar-se na estante “como desviar atenções de um acidente com outro acidente”.

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10 de março. O Dia da Mãe é o pai de todos os desastres

A publicação que atinge os píncaros da polémica surge no domingo em que no Reino Unido se assinala o Dia da Mãe. Aquilo que deveria servir para colocar água na fervura, acabou por atear ainda mais o fogo. Kensington partilha (por fim) uma imagem de Kate, sentada e rodeada pelos três filhos. Tanto no Instagram como no X, a foto vem acompanhada de uma legenda assinada por C, de Catherine, que agradece o apoio do público. O retrato terá sido feito por William na semana anterior. E está longe da perfeição ou de sanar as piores previsões. Num ápice, os seguidores detetam inúmeros erros na imagem, reveladores de uma intervenção desastrosa do Photoshop ou da IA. Das mangas de Charlotte aos dedos de Louis, sem esquecer o tamanho dos braços de Kate ou a ausência de aliança no dedo da princesa, multiplicam-se as incongruências.

11 de março. Anatomia de uma queda através de uma foto

Diversos media fazem eco dos aparentes erros na fotografia de Kate e as principais agências de notícias e imagem, como Associated Press, Agence France-Presse, Getty, Reuters e Associação de Imprensa da Grã-Bretanha, alertam os clientes para o problema de manipulação e decidem retirar a imagem de circulação. A Sky News vai ao ponto de escrutinar os metadados da foto, para identificar quantas vezes foi gravada, onde e a que horas. Concluem que foi tirada na sexta-feira anterior em Adelaide Cottage, mas o Telegraph acrescenta que a função de copiar e colar foi usada repetidamente, pelo que a imagem final será resultado de diferentes mesclas — e que a cara da princesa teria sido “cortada e substituída.”

No mesmo dia, Kensington divulga um tweet pessoal de Kate (assinado com um “C”), no qual a princesa se desculpa pela confusão, admitindo que “ocasionalmente faz experiências com edição”.

Apesar da pressão de alguns meios, o Palácio informa a Associação de Imprensa que não divulgará a imagem original da princesa e dos filhos. A partir deste ponto é impossível estancar a sangria na internet, onde se assume de vez que Kate Middleton está desaparecida em combate. Nas redes opina-se que a imagem teria sido tirada em novembro, ou que a cara da princesa foi trabalhada a partir de um retrato usado na capa da Vogue de 2016, e não entendem o facto de ser Kate usada como bode expiatório.

11 de março. Uma princesa a olhar para o lado

Mais uma imagem, mais um conjunto de dúvidas. Fotógrafos captam imagens de William e Kate a sair de Windsor. Daily Mail e People citam uma fonte que diz que o príncipe segue para a Abadia de Westminster, onde foi assinalado o Dia da Commonwealth (com o Rei ausente mas a partilhar uma mensagem vídeo), enquanto a princesa tinha como destino um “compromisso privado”. Nas redes, a discussão adensa-se. Se é mesmo Kate, porque surge a olhar para outro lado?

Face à polémica gerada pela foto do Dia da Mãe, nos EUA a CNN admite estar a rever anteriores fotos divulgadas pelo palácio, criticando a falta de transparência. No mesmo dia ainda, William participa da Plataforma de Lançamento do Earthshot Prize.

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12 de março. O “choque” de Kate e ainda a foto do carro. És tu, Rose?

Citando “várias fontes bem colocadas nos círculos reais”, o Daily Mail relata que Kate está “chocada” devido à “repercussão pública” sobre a foto do Dia da Mãe.” Vêm à tona novas teorias da conspiração sobre a foto de William e Kate no carro. X e Tik Tok levantam a hipótese de o príncipe seguir sozinho e de a imagem da princesa ter sido colocada à posteriori. Outros rumores apontam para uma pista antiga. Ao lado de William estaria na verdade Rose Hanbury, também conhecida como a Marquesa de Cholmondeley, de quem se diz, desde 2019, que tem uma relação com o príncipe. Autor da foto, o fotógrafo profissional James Bennett, nega todas estas versões em entrevista ao New York Post: “Não mudamos as nossas fotos no Photoshop, a não ser ajustando os níveis de luz, se necessário”.

12 de março. O guru da comunicação precisa de ajuda

Algo vai mal no reino da comunicação dos Kensington e Lee Thompson, o especialista contratado para projetar a imagem do casal perante os desafios da renovação da monarquia, sai em busca de auxílio. No Linkedin, procura-se candidato para reforçar a entourage de Kate e William. O que fica claro olhando para os anos mais recentes é a roda viva de entradas de saídas do seu staff.

12 de março. As memórias de outra perseguição

É uma comparação pré-anunciada. “Recuemos à fotografia digitalmente alterada de Catherine, princesa de Gales, e as suas raízes estão na tragédia de outra princesa de Gales, Diana, cuja morte em 1997 antecedeu a criação do Facebook em quase sete anos”, nota Mark Landler no New York Times, estabelecendo paralelismo nos casos de assédio. “Eles agora estão a viver o lado negro da exosição pública no faoreste da internet”.

13 de março. Um dia nas corridas

Bem vindos a Ascot, mas em registo um pouco mais invernoso. A rainha Camila, a princesa Ana e a filha, Zara Tindall, e ainda as filhas do príncipe André, Beatrice e Eugenie. Passaram pelo evento que se prolongou até dia 15 de março.

A realeza, os chapéus e os looks no Cheltenham Festival, as corridas de cavalos do inverno

14 de março. Palácio “já  não é uma fonte confiável”

Ao Politico, o diretor global da AFP retoma o tema da foto manipulada e diz que a resposta das principais agências é rara. Para ilustrar a gravidade da desinformação através da imagem, e a consequente reação dos meios, diz que isto costuma verificar-se quando se lida com Irão ou Coreia do Norte.

15 de março. As compotas de Meghan e um vídeo quase em cima de William

O dia é marcado pelo regresso de Meghan Markle ao Instagram, com o seu novo projeto American Riviera Orchard. A novidade teria sempre o devido efeito retumbante dado o contexto anterior, mas conseguiu elevar os níveis de bizarria: a duquesa escolheu lançar a novidade menos de uma hora antes de William discursar em Londres, no Museu da Ciência, no âmbito das celebrações dos Prémios Diana Legacy. O príncipe Harry dirigiu-se aos vencedores através de videochamada, a partir da sua nova morada na Califórnia. Segundo o New York Times, um representante de Meghan confirmou a sua associação ao projeto, mas não deu mais pormenores. O jornal dá ainda conta de que no início de fevereiro foi feito um pedido de registo de marca para “American Riviera Orchard”. O pedido inclui uma loja de retalho, livros de receitas, utensílios de mesa e um catálogo de cremes para barrar: “geleias, compotas, marmeladas, doces de fruta”, será o início da lista citada no jornal e ainda continua com “cremes à base de alho, cremes à base de sésamo”, assim como manteigas de nozes e fruta.

18 de março. “Teorias da conspiração vêm de outro local do mundo”

Dickie Arbiter afasta preocupações e defende que todo o ruído das últimas semanas tem a sua fonte em outro continente. Ao Observador, o antigo secretário de Isabel II defende que tudo corre dentro do previsto e rejeita uma crise de comunicação no seio do Palácio.

18 de março. (Mais um) vídeo polémico

Mal refeitos das últimas fotos em que se avista Kate, um vídeo revelado pelo The Sun parece mostrar a princesa de Gales a caminhar ao lado do marido, em Windsor, relativo ao fim de semana anterior. Kate surge “feliz e descontraída” durante uma ida às compras em Windsor.

O público não fica convencido. No X, sucedem-se as teorias que refutam a autenticidade da imagem. Kate teria outra altura em relação a William, seria Rose Hanbury no seu lugar, ou ainda uma sósia. Se o objetivo era pôr termo aos disparates, claramente não resultou.

18 de março. O Rei está morto, diz a Rússia

Nada como uma dose extra de informação bombástica para apimentar a semana. “O rei Carlos III morreu”, avança a imprensa russa na segunda-feira. A embaixada britânica na Ucrânia rapidamente desmente a informação veiculada. No dia seguinte, Buckingham publica uma imagem do monarca, vivo, claro.

18 de março. Será colostomia? E quem é Jessica Reed Kraus?

Aqui chegados, uma jornalista norte-americana decide elaborar. Segundo Jessica Reed Kraus, que tem mais de um milhão de seguidores nas redes sociais, Middleton foi sujeita a uma colostomia, precisa de um saco para fazer as suas necessidades e a recuperação exige pelo menos 12 semanas, daí a reserva do palácio para evitar constrangimentos. Mas quem é Jessica? No começo de março, o Wall Street Journal traçava o perfil desta figura, não menos polémica que o kategate. Celebrizou-se por avançar notícias em primeira mão de celebridades, ou em disseminar informação de contornos duvidosos. Se na pandemia mal conseguia sustentar a família de seis, conta aquele órgão, depois do caso Depp v. Heard conheceu um verdadeiro boom por partilhar histórias de fontes anónimas sobre a ex mulher do ator, e por tomar partido de Johnny.

18 de março. O plano para a ressurreição de Kate

Com o aproximar da Páscoa, fazem-se apostas sobre a data em que Kate poderá finalmente reaparecer em público. Domingo, 31, alinhada com a família que deverá assistir à tradicional missa, é uma das hipóteses mais fortes. Porém, 17 de abril também se perfila no horizonte, a avaliar pelo The Mirror, que lembra que o dia coincidiria com o regresso à escola dos príncipes, depois das férias da quadra.

19 de março. “Não era eu. estava a trabalhar”, garante sósia de Kate

Lembra-se daquele vídeo do casal em Windsor, carregados de mercearias? E da hipótese de ser uma sósia/dupla no lugar de Kate? O The Mirror tentou esclarecer tudo com Heidi Agan, a mulher de 43 anos muito parecida fisicamente com a princesa que ganha a vida a fazer de Kate em festas, reuniões, eventos de empresas e outros espectáculos. Agan, que trabalhou como empregada de restauração até 2012, recorda que muitos clientes diziam que se parecia com a futura rainha. “Obviamente, houve alguma especulação sobre se eram Kate e William nessas filmagens e fotografias. Na verdade, as minhas próprias redes sociais enlouqueceram porque as pessoas pensam que sou eu, mas eu sei que não sou. Eu estava a trabalhar naquela altura. Acredito 100% que é Kate Middleton e William naquele vídeo.” Deduz-se que a imitadora de Kate estaria a fazer de Kate em outro sítio que não Windsor.

19 de março. Afinal havia outra

A suspeição não é nova mas a agência de fotografias Getty Images revê oficialmente uma fotografia de Isabel II com os netos, tirada por Kate em 2022, e concluiu que a imagem foi “digitalmente melhorada na fonte”.

19 de março. “É um monte de disparates. Eles estavam no ténis no domingo”

Ainda o vídeo da discórdia e, mais uma vez, as eventuais pontas soltas deixadas pela imagem. Só pode ser tudo falso por ainda se veem luzes de Natal ao fundo? O Telegraph esteve no local para tirar a limpo todas as acusações e conclui que as luzes de Natal, sim, permanecem por lá.

“É um monte de disparates”, sentencia Ann Tanner, de 71, que mora em frente à loja onde os príncipes terão ido, e onde irão regularmente. “A princesa vem muito aqui, é mesmo à sua porta e Adelaide Cottage fica a algumas centenas de metros de distância. Eles estavam no ténis no domingo – a minha amiga joga lá e Kate estava a ver crianças, elas estão lá sempre”, acrescenta a mesma fonte.

20 de março. A intrusão na ficha médica de Kate

Soam os alarmes na clínica onde Kate Middleton esteve internada. Pelo menos três funcionários terão tentado aceder a registos médicos privados da princesa, numa clara violação de confidencialidade. A instituição lamenta a quebra de confiança e anuncia a abertura de um inquérito para apurar responsabilidades.

21 de março. Rose e a saga dos artefactos chineses

Depois da trama de adultério, Rose Hanbury vê-se embrulhada em nova e peculiar polémica. Meios como Finantial Times ou Vanity Fair recuperaram fotos antigas da marquesa na sua propriedade e aquilo que acabou por saltar à vista, de forma inesperada, foi o recheio da casa. Os olhos dos leitores passaram a pente fino a decoração de Houghton Hall, edifício do século 18 no interior de Norfolk onde Rose vive com o marido, David Rocksavage, o Marquês de Cholmondeley, e os seus três filhos, e há quem defenda que algumas peças orientais podem ter sido saqueados da China durante o final da dinastia Qing, no final do século 19. Se pensa que esta entrada não passa de uma ridícula brincadeira, a prestigiada revista Time dedicou todo um artigo ao impacto das imagens a Oriente.

“A vida luxuosa da ‘amante’ do príncipe William, Rose, na verdade veio da China”, diz o título de uma publicação na semana passada na Xiaohongshu, uma plataforma de rede social chinesa semelhante ao Instagram. Do Weibo ao Douyin (a versão chinesa do TikTok), e depois ainda no TikTok, YouTube e X, ganhou fôlego a teoria. O marido de Hanbury teria herdado os móveis em questão dos Sassoons (dos quais é descendente por meio de sua avó paterna, Sybil Sassoon, mas acontece que “Os Sassoons começaram a acumular a sua riqueza saqueando a China Qing tardia”, afirma um jornal de Xiaohongshu, citado pela Time. Aqui pode ler mais sobre esta saga envolve têxteis, chá e muito ópio.

21 de março. Arcebispo critica “mexericos”. Downing Street também reage

À Times Radio, Justin Welby, arcebispo da Cantuária, não foge ao tema que marca a atualidade. Contundente, lamenta a “falta de humanidade” do público e a impaciência das redes perante a convalescença da princesa. “É muito pouco saudável”, considera sobre as teorias da conspiração, apontando o dedo aos “antiquados mexericos de aldeia” que se geraram. No mesmo dia, tanto o primeiro-ministro Rishi Sunak como o líder da oposição Keir Starmer censuraram as proporções atingidas pelo caso. “Penso que devemos deixá-la em paz (…) tem direito à sua privacidade”, disse Starmer ao Channel 5. “Há regras muito claras e restritas sobre a informação dos pacientes que devem ser observadas”, instou Sunak através de um porta-voz.

22 de março. Em defesa da “rock star real”

Um dos comentadores mais assíduos do reino, adere às palavras de Welby e defende a necessidade de proteger a “rock star real” Kate Middleton. No The Sun, Piers Morgan escreve que a princesa é “a nossa joia da coroa e deve ser protegida a todo o custo”. Já a Hello! antevê que a família deixe Windsor e rume a Anmer Hall, em Sandringham, em tempo de férias da Páscoa. Poucas horas depois, Kensington encarregar-se-ia, por fim, de resolver um mistério que se arrastava desde o Natal.