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O primeiro-ministro de Espanha, Pedro Sánchez, considerou esta quarta-feira “especialmente relevante” para a Península Ibérica e todo o sul da Europa a escolha do ex-líder do governo português António Costa para presidente do Conselho Europeu.
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Numa intervenção no parlamento espanhol, em Madrid, Sánchez sublinhou que Costa é “um socialista” e “um bom amigo de Espanha”.
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A sua eleição parece-me especialmente relevante para a Península Iberica, para o sul da Europa e também para Espanha porque nos vai ajudar a por o foco em dois assuntos prioritários para o nosso país: o sul da Europa e a agenda social“, afirmou o socialista Pedro Sánchez.
O líder do governo espanhol defendeu que a União Europeia (UE) “não deve voltar aos cortes ou às duas velocidades que querem alguns”.
Tenho a certeza de que António Costa pensa da mesma maneira e nos vai ajudar a levar o Conselho Europeu na boa direção“, acrescentou.
Sánchez apresentou esta quarta-feira aos deputados espanhóis as conclusões dos Conselhos Europeus de junho, em Bruxelas, nos quais os chefes de Estado e de Governo dos 27 países da UE chegaram a um acordo sobre os nomes para os cargos de topo das instituições europeias.
O ex-primeiro-ministro português António Costa foi eleito presidente do Conselho Europeu para um mandato de dois anos e meio e toma posse em 1 de dezembro deste ano.
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António Costa será o primeiro português e o primeiro socialista à frente do Conselho Europeu, e vai suceder ao belga Charles Michel (no cargo desde 2019) na liderança deste orgão, que junta os chefes de Governo e de Estado da UE.
Os líderes dos 27 Estados-membros propuseram também Ursula von der Leyen, do Partido Popular (PP, direita) para um segundo mandato à frente da Comissão Europeia e nomearam a primeira-ministra da Estónia, Kaja Kallas (liberal), para alta representante da União Europeia para os Negócios Estrangeiros e a Política de Segurança. Ambas terão de sujeitar-se à votação no Parlamento Europeu.
Sobre Ursula von der Leyen, o primeiro-ministro espanhol disse que apesar de serem de partidos diferentes, os dois trabalharam nos últimos anos “de maneira leal, construtiva, com respeito e afeto mútuo”, o que permitiu pôr em marcha políticas e iniciativas “muito ambiciosas”, que beneficiaram os cidadãos e, em especial, os espanhóis, destacando os fundos Next Generation, para responder ao impacto da pandemia.
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Quanto a Kaja Kallas, Sánchez destacou o “compromisso com a segurança do povo ucraniano e todos os povos europeus” e disse estar certo de que dará continuidade ao trabalho do atual representante da União Europeia para os Negócios Estrangeiros, o espanhol e socialista Josep Borrell.