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O ataque em Southport, que matou três crianças, tem levado a vários distúrbios na região, com a população a sair à rua para uma vigília em homenagem às vítimas, mas também com várias pessoas a optarem pela violência. Uma mesquita perto do sítio do ataque foi atingida por vários objetos, um polícia ficou ferido e houve carros incendiados e danificados. A polícia de Merseyside confirmou a necessidade de travar os distúrbios, nomeadamente com patrulhas adicionais enviadas para o local e pede que a desinformação sobre o suspeito seja travada.
Nas últimas horas há relatos de que o homem responsável pela morte de três crianças é um refugiado que chegou de barco, no ano passado, ao Reino Unido. E também há informações de que o suspeito consta da lista dos serviços secretos britânicos e que já estaria sinalizado pelas autoridades. As constantes declarações levaram a polícia a pedir que se trave a “muita especulação” que tem havido sobre o suspeito. “Já dissemos que a pessoa presa nasceu no Reino Unido e as especulações não ajudam ninguém neste momento”, referiu o chefe da polícia local, Alex Goss, avisando que há quem esteja a usar a especulação para gerar “violência e desordem”.
Nas redes sociais, a rede de mesquitas locais sublinhou mesmo que uma minoria da população está a tentar colar o “ato desumano” à comunidade muçulmana, deixando a garantia de que não é real. “Não devemos deixar que aqueles que procuram dividir-nos e espalhar ódio usem isto como uma oportunidade”, alertam os responsáveis.
O adolescente de 17 anos responsável pelo esfaqueamento numa escola de dança em Southport, no noroeste de Inglaterra, é descrito como “introvertido” e o mais calmo de dois irmãos. Nasceu em Cardiff, depois de a família emigrar do Ruanda para o Reino Unido, e atualmente vive em Merseyside, para onde a família se mudou há dez anos.
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Os antigos vizinhos, citados pelo Daily Mail, consideram que o jovem vem de uma “boa família” e dizem-se “chocados” e tristes” com a notícia. Quem se cruzou com ele quando ainda era uma criança, em Llanrumney, num subúrbio de Cardiff, recorda que treinava karaté com o pai e tinha aulas com Sensei Chico Mbakwe, no salão da igreja local. O treinador diz que era “um típico miúdo normal de cinco anos”, uma “boa criança, uma criança normal, com muita energia”.
Um outro vizinho conta ao jornal inglês que a família tinha dois filhos e que se recorda que “o mais novo era muito quieto, introvertido”, “muito próximo da mãe”, enquanto o irmão era “mais turbulento” e até “mostrava a língua”. Lembra-se de uma família com um “casal comum que lutava para que as coisas dessem certo”, e acredita que deviam ter dinheiro, já que arrendavam uma casa que “não seria barata”.