O pedido de Donald Trump para o tribunal nova iorquino levantar a ordem de silêncio que lhe foi imposta foi recusado esta quinta-feira. A ordem de silêncio refere-se ao caso de pagamentos irregulares à atriz Stormy Daniels em 2016 e impede o candidato republicano à Casa Branca de falar publicamente sobre os procuradores, magistrados e as suas famílias.

O juíz Juan Merchan impôs a ordem de silêncio ao ex-Presidente no final de março, devido aos comentários que Trump fez sobre um magistrado e a sua filha na sua rede social, Truth Social. Contudo, partes desta ordem acabaram por ser levantadas depois da condenação em tribunal, no final de maio.

Ex-Presidente Donald Trump condenado por 34 crimes no caso Stormy Daniels

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Donald Trump foi considerado culpado de 34 crimes relacionados com falsificação de documentos para ocultar um pagamento de Daniels. O objetivo era impedi-la de falar sobre um antigo encontro sexual enquanto Trump concorria à Casa Branca pela primeira vez.

Entretanto, os advogados do antigo Presidente apresentaram um recurso no tribunal de Nova Iorque, para que a ordem de silêncio fosse levantada na sua totalidade, pedido esse que foi recusado esta quinta-feira. “Contrariamente às alegações do peticionário, as provas apresentadas em oposição à sua moção no Supremo Tribunal demonstram que as ameaças recebidas pelos funcionários do Ministério Público após o veredito do júri continuaram a representar uma ameaça significativa e iminente”, pode ler-se no documento do tribunal, citado pela CNN.

A decisão foi tomada pelo Departamento de Apelos, que confirmou que Juan Merchan pode manter a ordem de silêncio inalterada. Apesar de Donald Trump já ter sido considerado culpado, o caso continua a levantar ondas. Para além do recurso à ordem de silêncio, a defesa do ex-Presidente também tinha pedido que lhe fosse atribuída a imunidade parcial, segundo uma decisão do Supremo Tribunal de Justiça norte-americano.

Sentença de Trump no caso Stormy Daniels adiada para 18 de setembro

Este pedido foi mais bem-sucedido: Juan Merchan aceitou avaliar o pedido da defesa, adiando a leitura da sentença para o dia 18 de setembro.