António Guterres manteve-se, ao longo do último ano e meio, como o nome em melhor posição nas sondagens para as eleições presidenciais de 2026. Desde fevereiro de 2023 que o secretário-geral da ONU surge nos lugares cimeiros das sondagens da Intercampus para o Jornal de Negócios e o Correio da Manhã. O antigo primeiro-ministro Pedro Passos Coelho aparece em segundo lugar nas intenções dos portugueses sobre quem deverá ser o próximo ocupante do Palácio de Belém. Como destaca o Público esta segunda-feira, a saída de António Costa da pista de corrida às presidenciais, com a sua nomeação à presidência do Conselho Europeu, fez com que o testemunho da corrida presidencial socialista passasse em força para o atual secretário-geral da ONU.

O provável candidato da área política à esquerda é seguido por Ana Gomes, que já foi candidata presidencial, e Catarina Martins, eurodeputada do Bloco de Esquerda, mas segue à frente a uma distância considerável de ambas. As duas não foram, respetivamente, além dos 6,9% e 6% nos estudos da Intercampus. Na ala direita, Passos Coelho está à frente de André Ventura e Luís Marques Mendes. O social-democrata tem sido o potencial candidato à direita mais consistentemente apoiado pelos inquiridos. O antigo primeiro-ministro tem uma média de 14,3% de intenções de voto, a segunda mais alta. É seguido por André Ventura, com uma média de 9,8%.

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Na sondagem mais recente, após a certeza do novo rumo de António Costa, Guterres subiu ainda mais e obteve 19,3% das intenções de voto, o valor mais alto de qualquer eventual candidato no último ano e meio, como destaca o Público.

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Sondagem. Costa é o favorito para as presidenciais e surge à frente de Passos Coelho e António Guterres

O mandato de António Guterres à frente da ONU só termina a a 31 de dezembro de 2026, cerca de um ano depois da data marcada para as eleições presidenciais — janeiro de 2026. Para se poder candidatar à Presidência da República teria de abandonar mais cedo o cargo que ocupa. António Guterres demitiu-se do cargo de primeiro-ministro do XIV Governo na noite das eleições autárquicas de 16 de dezembro de 2001, após uma dura derrota para os socialistas.

Desde então, dedicou-se em exclusivo à política externa — primeiro como presidente da Internacional Socialista, depois como alto-comissário para os refugiados e  desde janeiro de 2017 até ao momento como secretário-geral da ONU.