A polícia britânica informou esta sexta-feira que 595 pessoas foram detidas e, destas, 150 foram acusadas pela sua participação nos protestos de extrema-direita e nas contramanifestações anti-xenófobas do passado fim de semana.

Os protestos tiveram origem no esfaqueamento mortal de três meninas, uma delas lusodescendente, e numa vaga de desinformação que indicava um requerente de asilo como responsável, quando na verdade era cidadão britânico, filho de imigrantes ruandeses.

A extrema-direita reagiu com mais de 20 protestos caracterizados por pilhagens, ataques a restaurantes de comida estrangeira e um ataque a um hotel que acolhe migrantes.

Um homem de 28 anos de Leeds foi condenado esta sexta-feira a 20 meses de prisão por publicar uma mensagem na rede social Facebook aos seus amigos e seguidores sugerindo-lhes que fizessem explodir o hotel Britannia, onde estão hospedados requerentes de asilo.

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A condenação deste jovem, que terá de cumprir metade da pena sob custódia, é a primeira do género noticiada no Reino Unido desde o início da violência de extrema-direita que abala o país há mais de uma semana.

Entretanto, também dois contramanifestantes de Leeds foram também condenados por agressão — a 20 meses de prisão e a um ano de pena suspensa — por espancarem manifestantes de extrema-direita durante um comício nesta cidade.

O Conselho Nacional de Chefes de Polícia garante ainda que identificou “centenas de suspeitos graças à tecnologia de reconhecimento facial”, de acordo com o jornal The Guardian.