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As Forças de Defesa de Israel anunciaram que mataram cinco combatentes palestinianos durante uma operação em larga escala na Cisjordânia. Um dos militantes que Israel diz ter “eliminado” é Muhhamad Jabber, conhecido como Abu Shuja, um comandante local da Jihad Islâmica palestiniana.
O exército israelita revelou que Abu Shuja e os quatro homens foram mortos durante um tiroteio com as forças israelitas na manhã desta quinta-feira depois de o grupo se ter escondido no interior de uma mesquita na cidade de Tulkarm.
Num comunicado publicado na rede social X, as Forças de Defesa de Israel (IDF, na sigla em inglês) indicam que Abu Shuja era “o líder de uma rede terrorista” no campo de refugiados de Nur Shams, nos arredores de Tulkarm. “Além disso, esteve envolvido na execução de vários ataques terroristas, incluindo um tiroteio que levou à morte de um civil israelita”, pode ler-se. Referiam-se à morte, em junho, de Amnon Muchtar, de 67 anos, que foi baleado no automóvel que conduzia na cidade de Qalqilya, também na Cisjordânia.
The terrorist Muhhamad Jabber, "Abu Shujaa”, was eliminated following exchanges of fire during counterterrorism operations in Tulkarm.
Jabber, "Abu Shujaa”, was the head of a terrorist network in Nur Shams. Additionally, he was involved in carrying out numerous terrorist… pic.twitter.com/0Z7Hv5OREc
— Israel Defense Forces (@IDF) August 29, 2024
A “operação antiterrorista” israelita desta quinta-feira contou com o apoio da Polícia de Fronteiras de Israel e do serviço de informações interno, o Shin Bet. As IDF indicaram que além dos cinco mortos um combatente palestiniano foi detido e um polícia fronteiriço ficou ferido, sem gravidade, e levado para um hospital.
A Jihad Islâmica confirmou, entretanto, a morte do comandante. “Como parte da resposta ao assassinato do nosso líder, os nossos combatentes foram capazes de fazer uma emboscada a uma força de infantaria no eixo de Manshiyya, atrás da mesquita Abu Ubaida”, disse a fação do grupo em Tulkarm, citada pela agência de notícias Reuters.
Abu Shuja já tinha sido sobrevivido a vários ataques. Segundo a Al Jazeera, em abril deste ano alguns meios de comunicação israelitas noticiaram que o comandante teria morrido numa incursão de três dias ao campo de refugiados Nur Shams, relatos que rapidamente foram desmentidos pelo batalhão a que pertence. A Associated Press acrescenta que por essa altura Shuja se tornou um herói para muitos palestinianos e que quando surgiu pela primeira vez em público, no funeral de outros membros da Jihad Islâmica, foi carregado aos ombros perante uma multidão entusiasmada.
Depois disso, o comandante ainda sobreviveu a uma tentativa de assassinato, no final de Junho. As IDF lançaram três mísseis contra a sua casa, em Nur Shams, um ataque que resultou na morte de um familiar do dirigente da Jihad Islâmica.
A operação israelita em larga escala na Cisjordânia começou na quarta-feira à noite. O Hamas disse que desde então dez dos seus combatentes foram mortos e o Ministério da Saúde palestiniano, controlado pelo grupo, falou em 11 baixas, sem especificar se eram civis ou militantes.