A mãe de Colt Gray, o rapaz de 14 anos que na semana passada matou quatro pessoas numa escola na Geórgia, Estados Unidos da América (EUA), revelou a familiares que ligou para a escola 30 minutos antes de o ataque a tiro ter lugar, referindo uma “emergência extrema” a envolver o seu filho a um funcionário da Apalachee High School. Pediu que o seu filho fosse “localizado” e que fosse verificado se estava bem.
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O relato é de Annie Brown, irmã de Marcee Gray, que, em declarações ao The Washington Post, deu conta das comunicações entre a escola e a família na semana anterior ao ataque, sendo conhecidos os “pensamentos homicidas e suicidas” do adolescente. Segundo a tia, que mostrou as mensagens de texto que trocou com a irmã ao jornal norte-americano, o funcionário escolar que falou com a mãe de Colt Gray, pouco antes de este ter começado a disparar contra colegas e professores, admitiu que o seu filho tinha estado a falar sobre um tiroteio na escola nessa manhã.
Na sequência do telefonema, um membro da direção da escola foi à sala de aula de Álgebra onde o rapaz de 14 anos deveria estar a ter aulas. Colt Gray já se tinha ausentado e os tiros ouviram-se minutos depois.
A tia do atirador não referiu diretamente o que levou a irmã a avisar a escola, mas Charles Polhamus, o avô do suspeito, disse ao New York Post que Marcee Gray correu para a escola imediatamente depois de receber uma mensagem de texto do seu filho que dizia apenas “Desculpa, mãe”.
Depois de ser ouvido, o adolescente foi acusado de quatro crimes de homicídio. O pai do rapaz também foi detido e presente a tribunal. As autoridades estatais entendem que Colin Gray permitiu conscientemente que o seu filho Colt Gray tivesse a arma que usou no ataque de quarta-feira.
Fontes revelaram à CNN que a arma foi uma prenda de Natal. Assim, o homem de 54 anos foi acusado de quatro acusações de homicídio involuntário, duas acusações de homicídio em segundo grau e oito acusações de crueldade contra crianças, anunciaram as autoridades esta quinta-feira.