O BE pediu esta terça-feira que se apure “o que aconteceu nos últimos minutos da vida de Odair Moniz”, que morreu após ser baleado pela PSP, e defendeu a transferência dos agentes envolvidos para funções administrativas.
Numa publicação na rede social ‘X’, a coordenadora do Bloco de Esquerda, Mariana Mortágua, considerou “urgente saber o que aconteceu nos últimos minutos da vida de Odair Moniz”, lembrando que o homem tinha 43 anos e dois filhos e defendendo que não pode haver “impunidade para ninguém”.
É urgente saber o que aconteceu nos últimos minutos da vida de Odair Moniz, 43 anos, dois filhos. Até à conclusão do inquérito, os agentes envolvidos devem ser transferidos para funções administrativas. Compromisso com justiça e igualdade perante a lei. Impunidade para ninguém.
— mariana mortágua (@MRMortagua) October 22, 2024
“Até à conclusão do inquérito, os agentes envolvidos devem ser transferidos para funções administrativas. Compromisso com justiça e igualdade perante a lei. Impunidade para ninguém”, escreveu a líder bloquista.
Um homem em fuga morreu esta segunda-feira após ser baleado pela polícia na Cova da Moura, na Amadora, quando tentava resistir à detenção e agredir os agentes com uma arma branca, tendo já sido aberto um inquérito, segundo a PSP.
A ministra da Administração Interna determinou à Inspeção-Geral da Administração Interna a abertura de um inquérito “com caráter de urgente” sobre a morte do homem.
O agente da PSP que baleou mortalmente na segunda-feira um homem na Cova da Moura, na Amadora, foi constituído arguido e a arma de serviço foi-lhe apreendida, disse esta terça-feira à Lusa fonte da Polícia Judiciária (PJ).
A mesma fonte adiantou que o polícia foi ouvido pela PJ na segunda-feira, tendo sido constituído arguido e a arma apreendida para investigação.
Agente da PSP que baleou mortalmente homem na Cova da Moura constituído arguido pela PJ
Fonte da PSP disse à agência Lusa que se trata de um procedimento normal neste tipo de ocorrências e que o agente se mantém em funções.
Em retaliação, cerca de 30 moradores do bairro do Zambujal, onde morava o homem baleado pela PSP, incendiaram caixotes do lixo, partiram paragens de autocarro e atiraram pedras e garrafas à polícia que tentava impor a ordem.