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O multimilionário Elon Musk participou na quarta-feira na conversa entre o líder da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, e o Presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, confirmou esta quinta-feira um elemento da presidência ucraniana à agência France Presse (AFP).

“Posso confirmar”, disse este responsável, sob anonimato, quando questionado sobre a informação avançada pelo meio de comunicação norte-americano Axios.

Outra fonte ucraniana de alto nível relatou à AFP que Donald Trump “passou o telefone” ao proprietário da rede X, que depois falou brevemente com Zelensky.

“Trump deu-lhe [a Musk] o telefone, estavam juntos algures. O Presidente [ucraniano] agradeceu-lhe pelos Starlinks [os sistemas de ligação por satélite fornecidos pelo milionário à Ucrânia]”, disse esta fonte.

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“Falaram brevemente. Mas a conversa principal, claro, foi com Trump”, acrescentou. Ainda segundo esta fonte, Donald Trump e Volodymyr Zelensky “não discutiram realmente nada de substancial, foi uma conversa para se cumprimentarem“.

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Zelensky, por seu lado, já descreveu o diálogo com o político norte-americano como produtivo, mas acrescentou que não consegue prever que “ações específicas ele irá tomar”.

O republicano, que venceu na terça-feira as presidenciais nos Estados Unidos contra a democrata e atual vice-Presidente norte-americana, Kamala Harris, tem, sido crítico do apoio financeiro e militar dos Estados Unidos a Kiev para enfrentar a invasão russa e disse que acabaria com a guerra em 24 horas, mas sem nunca explicar como o faria.

Antes da sua eleição, lançou também a incerteza sobre o compromisso com os aliados europeus da NATO, a maioria dos quais parceiros de Kiev.

Quanto a Elon Musk, desempenhou um papel sem precedentes na campanha de Donald Trump, gastando mais de 110 milhões de dólares (102 milhões de euros) da sua fortuna para ajudar a eleger o magnata nova-iorquino e organizou uma série de reuniões de campanha a favor da candidatura republicana, no disputado estado da Pensilvânia.

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Espera-se que o dono da rede X se junte à futura administração de Donald Trump, mas os contornos precisos do seu papel não foram ainda revelados.

Trump e Putin já declararam a sua disponibilidade para retomar o diálogo que o atual Presidente, Joe Biden, interrompeu no seguimento da invasão da Ucrânia, em fevereiro de 2022.