Um homem morreu e centenas de milhar de pessoas na Grã-Bretanha e na Irlanda ficaram este sábado sem energia, devido aos ventos e chuvas fortes causados pela tempestade Darragh.
Foram registadas rajadas de até 150 quilómetros por hora, quando as autoridades enviaram na manhã deste sábado um raro alerta de emergência por telefone a cerca de três milhões de famílias no País de Gales e no sudoeste de Inglaterra.
O alerta oficial, que veio com um som alto semelhante ao de uma sirene, alertou as pessoas para ficarem em casa e foi enviado para todos os telemóveis compatíveis nas áreas afetadas pela tempestade Darragh.
No noroeste de Inglaterra, um homem de 40 anos morreu quando uma árvore caiu sobre a sua carrinha enquanto conduzia numa autoestrada perto de Preston, a cerca de 58 quilómetros a norte de Manchester.
Na sexta-feira, os meteorologistas do Reino Unido, do Met Office, emitiram um aviso meteorológico vermelho — o tipo mais grave. Milhares de casas, muitas na Irlanda do Norte, no País de Gales e no oeste de Inglaterra, ficaram sem energia durante a noite.
As principais autoestradas e pontes de todo o país foram encerradas devido aos ventos fortes e vários serviços ferroviários foram suspensos.
Na Irlanda, cerca de 400 mil casas, explorações agrícolas e empresas ficaram sem energia devido à tempestade. Alguns voos no aeroporto de Dublin foram cancelados.
A Agência Meteorológica do Reino Unido (Met Office) emitiu um alerta vermelho para ventos fortes devido à passagem da tempestade Darragh. O governo pediu a três milhões de pessoas para se prepararem.
O aviso abrange partes do País de Gales e do sudoeste de Inglaterra.
#StormDarragh sweeps over the UK and Ireland.
There are strong wind gusts and heavy rain currently in Wales, snow in Scotland, and some bands of heavy rain also affecting France.
Latest satellite view + rain detected by radar: pic.twitter.com/AAsyKZNIQo
— Zoom Earth (@zoom_earth) December 7, 2024
O Met Office alertou para “ventos destrutivos”, com rajadas de até 145 quilómetros por hora esperadas nas zonas costeiras e montanhosas. Nas redes sociais e nos media já circulam vídeos da dificuldade de voos a aterrar, árvores derrubadas e outros estragos causados pelas más condições atmosféricas.
Incredible footage shows the skill of the pilots landing at Manchester Airport during Storm Darragh ???? pic.twitter.com/GMWpixrfuK
— Manchester News MEN (@MENnewsdesk) December 7, 2024
Darragh, a quarta tempestade da época, deverá também provocar chuvas fortes, tendo sido emitidos mais de 100 avisos e alertas de inundação em todo o Reino Unido.
Waterfall going backwards between Downhill and Benone on the north coast during storm Darragh. Thanks to Matthew from Castleroe, Coleraine, for the video. #StormDarragh pic.twitter.com/lv7zY9jD68
— Barra Best (@barrabest) December 7, 2024
Cerca de três milhões de pessoas que vivem na zona de alerta vermelho deverão receber um alerta sonoro no seu telemóvel avisando-as de ventos fortes, anunciou o governo.
#StormDarragh Hits Cardiff, Wales, UK ????????
This morning, #Storm Darragh made landfall bringing powerful winds. Massive trees uprooted. pic.twitter.com/W8OEcccwSO
— Weather monitor (@Weathermonitors) December 7, 2024
Compilation so far during #StormDarragh in and around North Devon.
Stay safe, things are getting pretty bad out here now! pic.twitter.com/8UN1EMYc9q
— UK WEATHER CHASE (@UKWeatherChase) December 7, 2024
O som e as vibrações estão programados para durar cerca de 10 segundos, mesmo que os telemóveis estejam no modo silencioso.
O alerta vermelho é o aviso mais grave que os meteorologistas podem emitir e é utilizado “com pouca frequência”, segundo o Met Office.
“Esta será a maior utilização de sempre do sistema (de alerta de emergência) fora de um cenário de exercício“, acrescentou um porta-voz num comunicado.
A Darragh surge duas semanas depois de a tempestade Bert ter assolado grande parte da Grã-Bretanha, causando inundações “devastadoras” em partes do País de Gales e cortando a eletricidade a milhares de casas na Irlanda.
Os cientistas alertam regularmente para o facto de as alterações climáticas estarem a aumentar a força destrutiva das tempestades, ciclones, furacões e tufões em todo o mundo.
Os oceanos mais quentes libertam mais vapor de água, que fornece energia adicional às tempestades, cujos ventos se intensificam. O aquecimento da atmosfera permite-lhes também reter mais água, o que favorece a ocorrência de chuvas intensas.