O primeiro-ministro, Luís Montenegro, defendeu, esta quinta-feira, que qualquer solução para acabar com a guerra no território ucraniano tem de ser construída com a Ucrânia, advertindo que “nenhum outro entendimento é plausível”.
O Conselho Europeu “decidiu prosseguir com todos os esforços que visam obter um caminho de pacificação, um caminho de cessar-fogo, para construir uma base na qual se alcance um entendimento”, disse Luís Montenegro, em conferência de imprensa, enquanto ainda decorre a reunião do Conselho Europeu, em Bruxelas, capital da Bélgica.
O primeiro-ministro acrescentou que qualquer solução para um cessar-fogo ou resolução definitiva do conflito “não deve deixar de contar sempre com a Ucrânia”.
“Nenhum outro entendimento é plausível”, sublinhou Luís Montenegro.
Durante a reunião desta quinta-feira, o Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, queixou-se das “dificuldades que estão criadas à população ucraniana em virtude de ataques desferidos” a infraestruturas energéticas civis.
Montenegro vê “com satisfação” nova metodologia de Costa no Conselho Europeu
O primeiro-ministro disse, esta quinta-feira, ver “com satisfação” a nova metodologia do novo presidente do Conselho Europeu, António Costa, por esta cimeira europeia, mais curta do que habitual e com menos conclusões escritas, ter permitido uma “discussão mais política”.
“Esta foi a primeira reunião presidida por António Costa […] e foi um motivo de satisfação para todos, mas naturalmente para o Governo português”, dado ter existido “uma nova metodologia, na qual grande parte do tempo foi ocupada com a discussão mais política e menos burocrática ou técnica”, disse Luís Montenegro, falando aos jornalistas portugueses à margem do primeiro Conselho Europeu liderado pelo antigo primeiro-ministro português, em Bruxelas.
Metsola destaca a “vontade” de António Costa de “trabalhar em conjunto”
Montenegro manifestou sempre, aliás, apoio a Costa na corrida à liderança do Conselho Europeu.
O primeiro Conselho Europeu presidido pelo novo líder da instituição, António Costa, foi marcado, esta quinta-feira, pela presença do Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, para garantir apoio comunitário a Kiev face à invasão russa.
Nesta cimeira europeia de “estreia”, foi inaugurado um novo formato de um dia, para ser mais eficaz, em vez dos habituais dois.
Além disso, António Costa decidiu optar por menos conclusões escritas, num texto que aliás foi aprovado logo na manhã de quarta-feira pelos embaixadores dos Estados-membros e, esta quinta-feira, endossado pelos líderes da UE, sendo que a última vez em que um texto foi acordado na íntegra na véspera de um Conselho Europeu foi em 2012.
No passado dia 1 de dezembro, António Costa começou o seu mandato de dois anos e meio à frente do Conselho Europeu, sendo o primeiro socialista e o primeiro português neste cargo.