Os EUA declararam que o grupo paramilitar Forças de Apoio Rápido (RSF) está a cometer genocídio no Sudão, na região de Dafur, e impôs sanções ao líder do grupo.
Numa nota do Departamento de Estado dos EUA, Antony Blinken escreveu que, em abril de 2023, as Forças Armadas Sudanesas (SAF) e as Forças de Apoio Rápido (RSF) deram início a um “conflito de brutalidade absoluta que resultou na maior catástrofe humanitária do mundo” e sublinhou que em dezembro desse mesmo ano concluiu que membros destas organizações tinham “cometido crimes de guerra”, nomeadamente “crimes contra a humanidade e limpeza étnica”.
Além de apontar que as RSF continuaram a “direcionar ataques contra civis”, Blinken escreveu que “assassinaram homens e crianças — até mesmo bebés”, que escolheram “mulheres e meninas de certos grupos étnicos para violar e outras formas de violência sexual brutal” e que “atingiram civis em fuga, assassinaram pessoas inocentes que estavam a fugir do conflito e que impediram civis de chegar a bens essenciais”. Desta forma, concluiu, “os membros da RSF e milícias aliadas cometeram genocídio no Sudão”.
Os EUA garantiram estar comprometidos na responsabilização de quem cometeu estas “atrocidades”, a começar pelas sanções impostas ao líder da RSF, Mohammad Hamdan Daglo Mousa, conhecido como Hemedti, “pelo seu papel nas atrocidades sistemáticas cometidas contra o povo sudanês”.