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O chefe da diplomacia norte-americana, Antony Blinken, afirmou esta quarta-feira, em Paris, que está “muito próximo” um acordo sobre uma trégua na Faixa de Gaza, que é objeto de negociações indiretas entre Israel e o Hamas no Qatar.

“No Médio Oriente, estamos muito perto de um cessar-fogo e de um acordo sobre os reféns”, afirmou Blinken, numa conferência de imprensa com o seu homólogo francês, Jean-Noël Barrot.

Há mais de um ano que o Qatar está empenhado, juntamente com os Estados Unidos e o Egito, em negociações para um cessar-fogo e a libertação dos reféns ainda detidos em Gaza desde o ataque do movimento islamita palestiniano Hamas a Israel, em 7 de outubro de 2023, causou cerca de 1.200 mortos e cerca de 250 reféns.

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Após o ataque do Hamas, Israel desencadeou uma ofensiva em grande escala no enclave, que já provocou quase 46 mil mortos, na maioria civis, segundo as autoridades de Gaza, e um desastre humanitário, desestabilizando toda a região do Médio Oriente.

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Quanto ao Líbano, o secretário de Estado norte-americano antevê uma “paz duradoura”, numa altura em que as tropas israelitas começaram a retirar do sul do país.

Blinken congratulou-se com o facto de “o cessar-fogo se manter” entre Israel e o movimento libanês Hezbollah, quase um mês após a sua entrada em vigor.

“Assistimos recentemente (…) à retirada de mais de um terço das forças israelitas do Líbano. Acredito que o cessar-fogo pode ser uma ponte para uma paz duradoura”, declarou.

Os Estados Unidos e a França fazem parte do Comité Quinquenal, juntamente com o Líbano, Israel e a Força das Nações Unidas no Líbano (FINUL), que deve controlar a aplicação do cessar-fogo e as eventuais violações.

A trégua entrou em vigor a 27 de novembro, após dois meses de guerra aberta entre Israel e o movimento islamista pró-iraniano.

Por outro lado, sobre a Síria, onde há um mês o Presidente Bashar al-Assad foi deposto após uma operação-relâmpago de rebeldes islâmicos pelo grupo sunita Hayat Tahrir al-Sham (HTS), Blinken disse, esta quarta-feira, que os Estados Unidos estão a trabalhar “arduamente” para dar resposta às “legítimas preocupações de segurança” da Turquia e evitar uma ofensiva de Ancara contra os combatentes curdos naquele país.

“O que não é de todo do interesse [da Síria] é um conflito e estamos a trabalhar arduamente para que isso não aconteça”, afirmou.