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O Presidente russo, Vladimir Putin, está “aberto a contactos” com Donald Trump, Presidente eleito dos Estados Unidos, sem quaisquer condições prévias, afirmou esta sexta-feira a Presidência russa.

Donald Trump, que deve tomar posse no dia 20 de janeiro, disse na quinta-feira que estava a preparar uma reunião com Vladimir Putin para “pôr fim” ao conflito na Ucrânia.

O anúncio sobre a posição de Putin foi divulgado esta sexta-feira pela Presidência da Rússia saudando a vontade de Trump em “resolver os problemas através do diálogo”.

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“O Presidente declarou repetidamente que está aberto ao contacto com os líderes internacionais, incluindo o Presidente dos Estados Unidos, incluindo Donald Trump”, disse o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, em conferência de imprensa.

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“Não são necessárias condições, o que é necessário é um desejo mútuo e uma vontade política de resolver os problemas através do diálogo”, afirmou Peskov referindo-se diretamente ao Presidente eleito dos Estados Unidos. 

“Donald Trump está a demonstrar vontade de resolver os problemas através do diálogo. Congratulamo-nos com isso (…) O nosso ponto de partida é um desejo mútuo de nos encontrarmos”, disse Peskov esclarecendo, no entanto, que não existem planos concretos para uma reunião neste momento.

Na quinta-feira, Trump disse: “Ele quer que nos encontremos, e estamos a organizar isso”, antes de uma reunião com governadores republicanos na sua residência Mar-a-Lago, em Palm Beach, no estado da Florida (sudeste). “O Presidente Putin quer que nos encontremos, até o disse publicamente, e precisamos de acabar com esta guerra, que é um verdadeiro desperdício”, acrescentou o magnata.

Durante uma sessão anual de perguntas e respostas transmitida pela televisão, a 19 de dezembro, Putin já tinha dito que estava pronto para se encontrar com Trump “a qualquer momento”. “Se algum dia encontrarmos o presidente eleito Trump, tenho a certeza de que teremos muito sobre o que conversar”, disse na altura.

Durante a campanha eleitoral norte-americana, Donald Trump disse que pretendia pôr fim ao conflito na Ucrânia “em 24 horas”, tendo apelado a um “cessar-fogo imediato” e à realização de conversações.

Putin afirmou anteriormente que está disposto a negociar, desde que as conversações tenham em conta as “realidades no terreno” na Ucrânia, onde as forças russas continuam a avançar no leste, ocupando quase 20% do território.