O chefe da prisão de Guantánamo considera “irrealista” o encerramento dentro de dois anos do controverso centro de detenção que Barack Obama promete fechar antes de terminar o seu mandato, em janeiro de 2017.
Desde que chegou ao poder, no início de 2009, “o Presidente Obama quer fechá-lo e, quando esse dia vier, nós executaremos a ordem”, sublinhou numa entrevista na sexta-feira, citada pela AFP, a partir do seu quartel-general em Guantánamo.
Contudo, “penso que é uma esperança irrealista” vê-la fechar Guantánamo antes do termo da minha missão no verão de 2016, admitiu David Heath.
O coronel supervisionou, esta quarta-feira, a primeira libertação de um prisioneiro desde que assumiu funções, a 24 de junho, como “guarda da prisão”.
“Depois de treinar várias vezes, é bom ver que correu bem”, disse, dois dias depois do repatriamento Fawzi al-Odah, um cidadão do Koweit detido há 13 anos na prisão dos Estados Unidos em Cuba.
Esta libertação foi a primeira em cinco anos, apesar de 79 outros reclusos terem sido declarados “libertáveis” pelas autoridades norte-americanas, alguns dos quais desde 2010.
Uma quinzena de outros está prevista para este inverno, disse fonte da Defesa norte-americana à agência noticiosa francesa AFP.
Contudo, entre os 148 detidos em Guantánamo, muitos há quase 13 anos e sem acusação ou julgamento, “inúmeros” são inimigos dos Estados Unidos, disse o comandante da prisão, que se localiza numa base naval dos Estados Unidos na ilha de Cuba.