As autoridades já realizaram 34 das 60 buscas previstas a casas, escritórios e empresas relacionados com o Banco Espírito Santo. Segundo nota da Procuradoria-Geral da República, em causa estão suspeitas de crimes de burla qualificada, abuso de confiança, falsificação de documentos, branqueamento de capitais e fraude fiscal. Suspeitas levantadas pelo próprio Banco de Portugal (BdP) na sequência da auditoria forense que está em curso.
“No âmbito de investigações, dirigidas pelo Ministério Público, realizam-se durante o dia de hoje várias diligências, designadamente 34 buscas domiciliárias, uma a advogado e seis buscas a entidades relacionadas com o exercício da atividade financeira”, lê-se na nota.
Ainda de acordo com esta nota, estão no terreno 14 magistrados do Ministério Público – do Departamento Central de Investigação e Ação Penal e do Departamento de Investigação Ação Penal (DIAP). Estão ainda dois peritos do DIA e 200 elementos da Unidade Nacional de Combate à Corrupção da PJ e da Autoridade Tributária.
A investigação conta com a colaboração do BdP e da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários.
Fonte da PJ disse ao Observador que ainda não foram constituídos arguidos no processo. E que não houve detidos.
Segundo o jornal Público, as buscas envolvem ainda a área de informática do Novo Banco (herdada do antigo BES), localizada no Taguspark, em Porto Salvo, Oeiras. É aqui que está concentrada toda a estrutura de backoffice e área tecnológica da instituição financeira.
Segundo avançou a TVI 24, o juiz Carlos Alexandre acompanhou a operação na sede do BES, que terá como alvo Ricardo Salgado e antigos administradores da instituição. Também a moradia do antigo homem forte do banco em Cascais foi um dos alvos na operação.
Ainda segundo o Público, o alvo das rusgas foi a sede do BES, instituição que ficou com os ativos considerados problemáticos, e não a sede do Novo Banco, que ficou com os ativos bons.