Os números não deixam dúvidas: o furacão Irma bateu recordes enquanto fenómeno meteorológico, mas também em termos humanos. Desde ventos que percorreram mais de 70.000 quilómetros quadrados e que “varreram” as ilhas das Caraíbas, até tempestades que deixaram o estado da Florida irreconhecível, o Irma ultrapassou todos os recordes em apenas 11 dias de atividade.
Agora mais calmo, o Irma chegou a atingir ventos de quase 300 quilómetros por hora. Quase que atingia o recordista Allen, o furacão de 1980 que chegou a ventos de 305 quilómetros por hora. Ainda assim, o Irma destaca-se por ter sido o furacão que durante mais tempo registou esses valores tão elevados, ao manter-se com ventos tão elevados durante 37 horas.
O Irma foi o primeiro furacão no Atlântico, desde o “Hugo” de 1989, a atingir a categoria 5. Permaneceu durante esse estado durante uma média de 3 dias. Foi também a primeira vez que, num tão curto espaço de tempo, dois furacões assolaram os Estados Unidos, atingindo a categoria de nível 4. O dano causado por ambos leva a crer que 2017 seja considerado o ano mais caro em despesas relacionadas com estes furacões.
O Irma conseguiu também ser o furacão com maior energia acumulada. Da acordo com o National Oceanic and Atmospheric Administration, que mediu o nível de força enquanto ciclone, o Irma conseguiu ser o furacão com uma Energia Acumulada de Ciclone de 66.8 — seis vezes mais forte do que o Harvey, com um valor de 11.1.
Os dados relativos ao número de pessoas retiradas de suas casas e à operação de evacuação levadas a cabo mostram que o Irma foi responsável pela retirada de mais de 5.000 pessoas das ilhas das Caraíbas e de mais de seis milhões no estado da Florida. Foi a maior evacuação na história norte-americana.
https://observador.pt/2017/09/10/liveblog-furacao-irma-florida/