O principal assessor do multimilionário Donald Trump, candidato republicano à presidência dos Estados Unidos, demitiu-se depois da polémica causada por comentários ofensivos proferidos pelo magnata contra uma jornalista.
Roger Stone revelou na rede social Twitter que se demitiu da equipa de Donald Trump – e não foi demitido, como tinha sido anunciado – por não se identificar com a mensagem que o multimilionário fez passar com recentes declarações numa entrevista na CNN.
Na quinta-feira, Donald Trump participou no primeiro debate entre dez norte-americanos que disputam o lugar de candidato pelo partido Republicano à Casa Branca. No debate, foi alvo de várias perguntas feitas pela jornalista Megyn Kelly, da televisão Fox.
Na sexta-feira, já na CNN, num comentário sobre o debate, Donald Trump afirmou que Megyn Kelly teve uma postura mais severa porque estava menstruada; uma afirmação que, para vários comentadores políticos, passou dos limites.
Além da saída do assessor principal, a campanha de Donald Trump sofreu outro revés por causa daquelas declarações, com o discurso do multimilionário a ser vetado num importante encontro em Atlanta organizado pelo blogue conservador RedState.
“[Donald Trump] não é um político profissional e é conhecido por ser direto, mas há linhas que não devem ser ultrapassadas, incluindo para quem é direto a falar e para os políticos não profissionais. A decência é uma delas”, afirmou o diretor do blogue RedState, Erick Erickson.
Donald Trump, 69 anos, é uma figura muito conhecida nos Estados Unidos em parte pelo seu caráter direto e extravagante. Fez fortuna no setor imobiliário, é igualmente proprietário da organização do concurso Miss Universo e produtor do formato de televisão “O Aprendiz”.
No debate de quinta-feira, Donald Trump não descartou a possibilidade de se apresentar como independente caso não seja escolhido como candidato do Partido Republicano às presidenciais norte-americanas de 2016.