Marcelo Rebelo de Sousa não se mexe um passo: a sua candidatura presidencial só deve ser “ponderada depois” das legislativas, até porque a questão das presidenciais “perturba” as eleições de dia 4 de outubro. E depois quer dizer, possivelmente, bem mais perto das presidenciais: o comentador da TVI apoiou Santana Lopes, quando este defendeu um retardamento nas candidaturas presidenciais, admitindo até que estas só apareçam em dezembro, em cima do prazo de apresentação. Até porque se está a a assistir a “uma modificação de cenários” e o resultado das legislativas terá uma influência nos candidatos a Belém. “Nada está seguro”, alertou, embora admitindo que Santana teve uma “posição de algum bom senso”.

Quanto à sua própria candidatura, que Marques Mendes garantiu no sábado que está garantida, Marcelo limitou-se a dizer que a TVI será a primeira a saber devido ao contrato que mantém com a estação de televisão.

Marcelo dá já como garantida uma segunda volta nas presidenciais, face ao aparecimento de várias candidaturas à esquerda. E diz-se sem certezas sobre qual dos candidatos que podem receber o apoio do PS passaria à derradeira votação: Maria de Belém ou Sampaio da Nóvoa? Para Marcelo, Belém entra no eleitorado centro-direita e Sampaio da Nóvoa ao eleitorado mais à esquerda do PS.

Para o comentador, esta disputa está a dividir o PS, num claro reflexo de como as presidenciais podem prejudicar as sete semanas que ainda faltam para as legislativas. “O PS está a ver-se a braços com um problema interno concreto. Este fenómeno altera a lógica das legislativas e perturba”, avisou o professor durante o seu espaço de comentário habitual na TVI.

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