A presidente do partido de extrema-direita francês Frente Nacional (FN), Marine Le Pen, defendeu hoje que a França “não pode nem deve acolher mais clandestinos” e sublinhou a necessidade de devolver os refugiados aos seus países de origem.
“É trágico que haja povos na miséria, mas também que o nosso país se afunde nela, que deixe milhões de compatriotas no esquecimento”, declarou no encerramento da Universidade de Verão do seu partido em Marselha, sul do país.
Le Pen, que dedicou grande parte do seu discurso à atual “carga migratória”, considerou que ela ameaça “a identidade nacional” e é fruto do “laxismo dos Governos anteriores”.
“Não é egoísta pensar no nosso povo quando somos dirigentes de um país. Pelo contrário, é a primeira missão que devemos estabelecer para nós”, acrescentou a presidente da FN, para quem a França “não tem nem os meios nem a vontade nem a energia para ser mais generosa com a miséria do mundo”.
Marine Le Pen criticou que o seu país se tenha mantido “passivo perante o novo ‘diktat’ alemão”, referindo-se à proposta conjunta de fixar quotas obrigatórias de acolhimento de refugiados, e advertiu que esses imigrantes, uma vez instalados num país da União Europeia, vão ter liberdade de circulação.