Uma Rússia desafiadora disse na quarta-feira que as sanções que o Ocidente lhe decidiu aplicar, por causa da crise na Ucrânia, iriam dar um resultado oposto ao esperado e levar a aumentos de preço da energia na Europa.

A reação dos dirigentes de Moscovo ocorre depois de EUA e União Europeia terem decidido a aplicação das sanções mais duras desde a Guerra Fria. Coincide também com uma ofensiva dos militares de Kiev contra os separatistas pró-russos no leste do país, que lhes permitiu reconquistar a cidade de Avdiyivka, situada a uma dúzia de quilómetros da principal cidade controlada pelos rebeldes, Donetsk.

O Ministério dos Negócios Estrangeiros russos avisou os EUA de que estavam a dar um tiro no próprio pé, considerando que estavam a punir o Kremlin por “políticas independentes que Washington considera inconvenientes”.

Moscovo avisou também que os consumidores europeus iriam suportar o peso principal das sanções contra setores vitais russos, como os da energia, das armas e da finança.

“Este é um passo impensado e irresponsável. Vai conduzir inevitavelmente a um aumento dos preços no mercado europeu da energia”, adiantou-se no texto ministerial. Os dirigentes russos rejeitaram ainda as acusações de serem os responsáveis pelo derrube do avião malaio MH17, quando voava sobre a Ucrânia.

 

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