Quando a telenovela Gabriela estreou em Portugal, em maio de 1977, a “Nova Gente” existia há pouco mais de oito meses mas já dava cartas na imprensa portuguesa, onde até então ninguém tinha ousado fundar uma revista de sociedade. Ainda no rescaldo do 25 de Abril, as pessoas começavam, a medo, a abrir as portas de casa à publicação, a arriscar desvendar festas e a ostentar vestidos. Mas havia um campeonato em que a “Nova Gente” não conseguia competir: a “Tele Semana”, revista que em 1979 viria a ser substituída pela “TV Guia” e resumia a programação semanal dos canais da RTP, era a única a deter o exclusivo dos resumos da novela, que na altura trazia os portugueses colados ao ecrã.
Como toda a gente queria saber o que ia acontecer nos próximos episódios, Jacques Rodrigues, o homem recém-chegado de Angola que tinha criado a “Nova Gente” a partir de uma garagem escura em Queluz, decidiu que ia dar aos leitores aquilo que eles queriam. “E a única maneira de o fazer era roubar os resumos ou ir desviá-los ao Brasil”, recorda ao Observador, 46 anos depois, Abel Dias, fotógrafo e colaborador da revista desde o primeiro dia e ao longo dos 17 anos seguintes.
Por muito que o fotógrafo garanta que copiar outras publicações nunca tenha feito parte das linhas vermelhas de Jacques Rodrigues, o dono do grupo Impala, que esta quinta-feira de manhã foi detido pela Polícia Judiciária por suspeitas de corrupção e fraude no valor de 100 milhões de euros, naquela altura o editor optou pela segunda hipótese. Podia até ter feito a “Nova Gente” à imagem da “Gente” italiana — “Era o mesmo cabeçalho, fez o mesmo logótipo e pôs por cima o ‘Nova’, em letras mais pequenas” —, mas roubar resumos de novelas à concorrência seria demasiado.
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Daí até estarem os dois num avião, rumo ao Rio de Janeiro, foi um fósforo. “Como ele não conhecia ninguém, e eu tinha lá muitos amigos, pediu-me para ir com ele”, recorda Abel Dias. “Devo ter sido o único empregado que passou um mês e meio com ele. Ficámos num apartamento na zona mais baratinha do Rio de Janeiro, na Rua Uruguaiana, uma coisa parecida ali com o Intendente. Ele é que achou que era muito bom, porque era no centro, mas no Rio de Janeiro o centro é para trabalhar, ninguém mora ali. Era um T0, dormíamos em dois divãs, eu de um lado, ele do outro.”
Desses dias de convivência estreita com o “patrão”, o fotógrafo recorda alguns dos traços que ainda hoje definem Jacques da Conceição Rodrigues, o self-made man com a 4.ª classe que criou um império que foi muito para além das revistas (e que começou a ruir há largos anos, a par das notícias que davam conta de despedimentos coletivos, salários em atraso e outras dívidas por saldar). Já na altura era uma pessoa tímida e low profile, com aversão aos holofotes que durante décadas apontou aos que retratava nas suas publicações; já na altura tinha “um trato muito difícil” com os funcionários; e já era também um “romântico”.
Então casado com a primeira mulher, Olga Maria Simaria Viçoso, mãe de seis dos seus nove filhos, Jacques Rodrigues ter-se-á perdido de amores por uma atriz da Globo — que não terá correspondido. “Era uma pessoa calada, mas tinha uma parte muito engraçada: apaixonava-se muito, dá para ver aliás pela quantidade de mulheres que teve. No Brasil, apaixonou-se por uma atriz de novelas. Chorava e tudo”, conta o fotógrafo, que diz que ao longo dos 17 anos em que trabalhou como freelancer para a Impala chegou várias vezes a bater com a porta, por se incompatibilizar com o diretor-geral da empresa.
“Ele era audacioso, reconhecia-lhe isso e aprendi muito com ele. O que era sempre péssimo era o trato: era o ‘quero, posso e mando e quem não está bem a porta de saída é ali ao fundo’. Saí várias vezes, mas depois voltava, para além de fotografar também escrevia, e ganhava muito bem”, justifica. “E, mesmo assim, comigo não era tão mau como com outros empregados, porque estava lá desde o início e porque era o ‘abre-portas’, foram buscar-me porque eu conhecia a sociedade. Com os outros era muito difícil, saía do gabinete aos gritos e entrava na redação aos gritos: ‘Vocês são umas bestas!!! O que é isto?!’”.
De Angola “com as mãos a abanar” ao império das revistas do social (e não só)
Proprietário de um império que, para além de alguns dos títulos mais sonantes da imprensa cor de rosa portuguesa (com a “Maria” à cabeça”), chegou a reunir lojas de perfumes, uma fábrica de roupa, uma rede de boutiques, uma agência de viagens e até um hotel, o Ondamar, em Albufeira, no Algarve, Jacques Rodrigues é uma figura muito pouco mediática e reconhecida na sociedade portuguesa.
“Não há uma única entrevista pública dele. Ninguém sabia quem ele era, não ia a festas, não gostava de aparecer, muito pelo contrário, sempre se resguardou muito da vida pública. Era uma figura muito reservada, por variadíssimas razões”, analisa ao Observador um antigo quadro da Impala, que prefere manter o anonimato e não discorrer sobre os motivos que sempre levaram Jacques Rodrigues, hoje com 83 anos, a querer manter-se na sombra.
Espécie de detentor ex-aequo — com Francisco Pinto Balsemão — do título de “Barão dos Media Português”, Jacques Rodrigues, que chegou a deter 6,75% da SIC, aquando da fundação do canal, foi do zero aos milhões em menos de nada. “Semanalmente, mais de dois milhões de mulheres leem as suas revistas”, escreveu o Expresso em 1992, num dos poucos artigos que alguma vez lhe foram dedicados — pelo menos até começarem a ser conhecidas as notícias sobre as suspeitas de corrupção que recaem agora sobre si.
Na altura, já não vivia no apartamento da Venda Nova, na Amadora, onde a família se instalou à chegada a Portugal, mas noutra freguesia, bem mais seleta, do mesmo concelho: Alfragide. E o plano não era ficar por ali: o terreno na Quinta da Marinha, onde vive atualmente (apesar de a casa ter sido, entretanto, arrestada pela justiça), naquela que quem o conhece descreve como uma “mansão”, também já estava comprado e as obras estariam prestes a arrancar.
A Sábado, que em agosto de 2021 dedicou um extenso trabalho aos negócios do empresário, descreve a casa, cuja fachada esteve esta quinta-feira em todos os telejornais do país, como “algo semelhante a uma loja de decoração em Nairobi”, onde há esculturas de impalas e outros animais selvagens, abajures com padrões de zebras e sofás e cadeirões cobertos com peles de leão e outras feras.
Na altura em que o Expresso publicou o artigo sobre o empresário, a “Nova Gente” tinha sido fundada há apenas 16 anos, escassos meses depois de Jacques Rodrigues regressar a Lisboa, onde tinha chegado a trabalhar como tipógrafo, antes de emigrar.
“Veio de Angola com uma mão à frente e outra atrás”, recorda Abel Dias. “No início éramos pouquíssimas pessoas: eu, o Jacques, um contabilista, a Maria Alzira Bento, que era a chefe de redação, a Linda, uma telefonista que é prima dele, a Maria Guadalupe, que era a nossa socióloga, o Zé Marques, que era fotógrafo também, e o Carlos Ventura Martins, que também veio com ele de Angola.”
Fernanda Dias, hoje com 68 anos, chegou algum tempo depois, já a empresa tinha crescido e migrado da garagem para um edifício na Avenida Miguel Bombarda, em Queluz de Baixo. Durante 12 anos, trabalhou com Jacques Rodrigues, primeiro como redatora, mais tarde como diretora da “Nova Gente”. Lembra-se de o ver desenhar a revista à mão, num estirador, como fazia em Angola, onde trabalhou como paginador em revistas de banda desenhada, “alguma erótica”, outras de cowboys.
“Houve uma altura, logo no final da década de 1970, em que ele ficou sem dinheiro nenhum e teve de despedir uma série de pessoas. As pessoas que puderam ficar recebiam o salário em senhas de gasolina”, recorda a ex-jornalista, que descreve o antigo chefe como “uma pessoa muito peculiar”. “Tanto tem muito bom coração, como é um tirano. Mas a parte da tirania vem mais ao de cima”, diz. “Por exemplo, assim que teve dinheiro outra vez foi buscar novamente as pessoas que tinha tido de despedir. O dinheiro começou a abundar mais tarde, e não só com revistas, estamos a falar de um império. Ele foi crescendo e diversificando a sua atividade. Lidava com uma série de outras empresas e começou a crescer muito em termos de dinheiro mas depois também começou esta coisa de mudar de empresas, por dinheiro ali, tirar dinheiro acolá. E depois muitas coisas também foram fechando.”
“Conheço muitas pessoas que passaram muito e foram muito maltratadas na Impala”
Quando saiu da Impala, uma dúzia de anos depois de lá ter chegado, ainda a empresa não tinha mudado para o icónico edifício de Ranholas, no fim da IC19, Fernanda Dias cortou relações com o empresário. “Ele acha que toda a gente esteve sempre contra ele e que as pessoas nunca lhe deram o devido valor. Achava sempre que os outros se achavam melhores do que ele e que o copiavam. Por isso é que quando alguém saía da Impala ele achava que era uma traição. Ficámos muitos anos sem nos falarmos”, conta.
Curiosamente, aponta Abel Dias, Jacques Rodrigues é que terá feito carreira a copiar outros títulos de sucesso. “A ‘Nova Gente’ foi uma cópia da revista italiana, a ‘Mulher Moderna’ foi uma cópia da ‘Donna Moderna’, acho que a única que não copiou foi a ‘Maria’. Depois, claro, era processado.”
Apesar de não ter saído a bem da empresa, Fernanda Dias, que até foi a jornalista escolhida por Jacques Rodrigues para, a meio da década de 1980, levar a ‘Maria’ para Espanha, nunca quebrou o elo com as redações das revistas por onde passou. “Fui para Madrid com o advogado que agora foi um dos indiciados, o Natalino Vasconcelos. Ainda foram lançadas umas oito ou 10 revistas, talvez, e depois aquilo fechou. Foi uma experiência: arranjar uma redação, jornalistas e fotógrafos, para lançar uma revista que ninguém conhecia — e acho que ninguém conheceu a não sermos nós”, começa por se rir, para depois agravar o tom. “Isso não invalida tudo o que aconteceu depois com as outras pessoas.”
Por muito que esse nunca tenha sido o seu caso, que nunca tenha tido um ordenado em atraso ou sofrido abusos verbais por parte do chefe, garante que isso não aconteceu com grande parte dos colegas que lá deixou. “Conheço muitas pessoas que passaram muito e foram muito maltratadas na Impala. Era muito bruto nas coisas que dizia. Só acho estranho que só agora tenha acontecido o que aconteceu. Já foi divulgado e denunciado tantas vezes que ele ficava a dever a jornalistas e a outras pessoas.”
O antigo funcionário da Impala que falou ao Observador sob anonimato, alguns anos depois de sair da empresa, onde esteve durante duas décadas, não descreve um cenário diferente: “Achava que toda a gente era incompetente e que ele era o único capaz e não se coibia de o dizer.”
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Para além dos gritos, assinalou a Sábado em 2021, os abusos materializaram-se frequentemente em modo escrito. “Um pouco de vergonha ficava-vos bem!”; “O que se apresenta é fraco! Muito fraco! Assim, não é de estranhar os ordenados em atraso e despedimentos!”; “Mas que raio é ‘isto’? Cada vez pior! Qual é o vosso objetivo?”; “Demitam-se! Não aprovo a capa!”, citou a revista, a partir de uma série de e-mails a que teve acesso.
O único departamento da empresa em que o então diretor-geral não se imiscuía era no comercial — “Sentia que não dominava e era uma parte muito importante. De resto, tinha uma intervenção diretíssima. Durante muito, muito tempo foi assim, tinha uma presença muito direta com os jornalistas e com os gráficos e semanalmente era ele que aprovava as capas de todas as revistas”, revela o mesmo funcionário, que prefere permanecer anónimo.
Outra das suas características, destaca, era o facto de “se estar a borrifar para hierarquias”: “Se precisava de uma coisa pedia a quem quer que fosse, não ia falar com o diretor ou com o chefe de redação. Achava que enquanto patrão teria esse direito — e na verdade tinha, mas isso fez com que algumas pessoas dentro da empresa jogassem com esse acesso direto que tinham ao chefe para, em bom rigor, acabarem por ter mais poder do que os próprios diretores”.
Apesar de ligar pouco a cargos, Jacques Rodrigues sempre fez questão de se rodear de pessoas de confiança — que é como quem diz, da sua própria família. Na administração das várias empresas que criou, diz este antigo funcionário, os gestores sem qualquer ligação à família Rodrigues eram uma minoria. “Não havia nenhum gestor de primeira linha, tirando da área financeira e da comercial — que eram áreas demasiado importantes — que não fosse da família. A filha mais velha, a Paula Rodrigues, e uma das ex-mulheres, a Lucília Simões, eram as duas administradoras. E o Natalino Vasconcelos, que foi o advogado da empresa durante anos e chegou a fazer parte do Conselho de Administração, como presidente da mesa, não sendo da família era como se fosse. Tinha com o Jacques uma relação de amizade e confiança de toda a vida.”
As mulheres que conheceu na empresa e os filhos que foram para lá trabalhar
Ao todo, Jacques Rodrigues tem nove filhos, de relações que manteve com quatro mulheres diferentes.
Olga Viçoso foi a primeira e a única com quem casou. “Era uma pessoa muito simples, tinha vindo com ele de Angola. Se alguma das mulheres dele o ajudou foi ela”, diz Abel Dias, que chegou não apenas a visitar a humilde casa da família, ainda no bairro da Venda Nova, mas também a provar os seus cozinhados.
Nessa altura, eram tão poucos que Jacques Rodrigues ainda aparecia nos almoços e jantares que organizava com os funcionários (décadas mais tarde, e antes de finalmente os trocar por bilhetes para o circo, nem sequer comparecia nos jantares de Natal da Impala). Ainda assim, não foi num desses convívios que o fotógrafo se sentou à mesa dos Rodrigues: “A Dona Olga era cozinheira, e era ela que fazia as receitas da revista os ‘Segredos de Cozinha’. Ela fazia as coisas em casa e eu ia lá fotografar e depois comer”.
Do casamento que manteve durante anos com Olga, Jacques Rodrigues teve seis filhos. Quase todos chegaram a trabalhar na Impala, diz um antigo funcionário. “São a Paula, que foi administradora; a Anabela, que também é diretora de um departamento; a Cristina, que esteve muito tempo a tratar das empresas no Brasil; a Alexandra, que também foi funcionária, mas no departamento de contabilidade, mas nunca teve nenhum lugar de direção; o Hugo, que era paquete, no departamento de distribuição; e o Jorge Humberto, que já morreu.” À frente de terceiros, diz toda a gente, tratavam-se sempre como se não fossem pai e filhos. “Era o senhor Jacques e a dona Paula ou a dona Lucília.”
De acordo com várias fontes, depois do divórcio, Jacques Rodrigues nunca quis voltar a casar. As várias relações que teve terão começado todas em contexto laboral: “Conheceu-as todas na empresa”, conta o mesmo funcionário que não quer ser identificado. “A Baldina Gil, a mãe do Jacques Júnior, também trabalhou lá, mas há muito tempo, era telefonista. Nos últimos anos, apesar de já não estar lá, ia frequentemente à empresa, recebia uma remuneração qualquer e tinha carro da empresa.”
Já Lucília Simões, mãe de Cláudio, que é neste momento administrador da DescobrirPress, a empresa que detém as publicações da Impala, chegou a trabalhar como secretária de Jacques Rodrigues, e Maria José — “Zeza”, como é carinhosamente chamada — não só trabalhou no hotel Ondamar como chegou a ser babysitter de Cláudio, de quem agora é madrasta.
Também ela teve um filho com o antigo patrão — Tiago, hoje com 13 anos —, e também ela assumiu entretanto funções de responsabilidade na empresa. “Quando começou a ter parte mais ativa no negócio estava como diretora e sócia gerente da Impala Books, só mais tarde assumiu a direção de marketing da empresa. Hoje, não sendo maioritária, é a sócia com maior percentagem de capital da Impala Capital, a holding familiar. O Jacques Rodrigues passou para ela a quota de 10% que detinha”, explica a mesma fonte.
A história de como Jacques Rodrigues, nascido em 1940, se envolveu com Zeza, 34 anos mais nova, foi comentada à boca pequena na Impala durante muito tempo, antes de finalmente ser assumida pelo casal.
Por largos meses (ou anos?), os funcionários insatisfeitos, com salários em atraso ou pagos às prestações, e de tempos a tempos com a espada do despedimento coletivo sobre as cabeças, divergiram para outro tema, o do novo romance de Jacques Rodrigues. “Sabia-se desde há muitíssimo tempo que haveria ali uma ligação entre eles os dois”, recorda um deles ao Observador. “Conheceram-se no hotel Ondamar, onde ele, a Lucília e o filho de ambos, o Cláudio, iam muitas vezes passar os fins de semana, e onde a Maria José trabalhava.
Consta que depois ele a trouxe para cima para ser babysitter do Cláudio e terá sido aí, ou mais tarde, que começou a relação.”
Passados tantos anos, com “Zeza” à frente não apenas do departamento de marketing mas também da organização de eventos da empresa, Jacques Rodrigues acabou mesmo por quebrar a sua regra de ouro e passou a marcar presença nos jantares de Natal, que voltaram a realizar-se em 2017, e a assistir até às galas da revista “Nova Gente”. “Sempre foram pessoas que nunca demonstraram apetência por ter uma vida social ativa, todos eles. A Maria José foi a primeira a quebrar essa linha, gosta de aparecer, de fazer festas”, conta um antigo funcionário.
Exceção feita à “mansão” na Quinta da Marinha, também nunca ostentaram, garante a mesma fonte. Talvez por isso tenha caído tão mal quando, há uns anos, em pleno processo especial de revitalização (PER), Jacques Rodrigues apareceu em Ranholas ao volante de um novo carro topo de gama.
“Supostamente no pior momento da empresa, em que estava num PER e pediu aos credores para prescindirem de uma parte significativa dos seus créditos, para ajudarem a empresa a recompor-se, o Jacques Rodrigues encomenda um Porsche Panamera, que não era propriamente um carro discreto”, revela o antigo quadro da Impala, que não quer ser identificado. “Não é o comportamento típico de alguém que sabe o mal que está a fazer a algumas pessoas.”