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Amanda Gorman, de 22 anos, leu o poema "A Colina Que Subimos" no dia em que tomou posse o 46º presidente dos EUA

POOL/AFP via Getty Images

Amanda Gorman, de 22 anos, leu o poema "A Colina Que Subimos" no dia em que tomou posse o 46º presidente dos EUA

POOL/AFP via Getty Images

Caso Amanda Gorman: quem traduz deve ter a mesma identidade de quem é traduzido?

Há uma guerra cultural por causa do poema lido na tomada de posse de Joe Biden. A tradutora holandesa e o tradutor catalão foram afastados. Debatemos o tema com cinco autores-tradutores.

Casaco Prada amarelo, entusiasmo profético, A Colina Que Subimos. Uma mulher negra declama um poema na tomada de posse de um Presidente americano, a mais jovem poetisa de sempre naquele palco. É Amanda Gorman, nascida há 22 anos em Los Angeles, criada com mais dois irmãos por mãe solteira, professora de inglês. Quem se lembrou dela foi Jill Biden, mulher do 46º presidente, que um dia a ouviu dizer poesia na Biblioteca do Congresso, em Washington.

As imagens correram ecrãs em todo o mundo. Joe Biden e Kamala Harris assumiam a liderança dos EUA a 20 de janeiro e Amanda Gorman, convidada, tornava-se fenómeno literário. Harmonia e lucidez no poema, detetou a imprensa americana, narração pessoal e política do momento atual da América, influências de Maya Angelou e Lauryn Hill, mensagem de esperança e fraternidade de uma jovem poetisa ativista — formada em sociologia e autora de três livros. Mas seis semanas depois, começaram os equívocos, sobre os quais aliás Amanda Gorman não se pronunciou até hoje.

A saber: a tradutora holandesa de A Colina Que Subimos foi rejeitada pela editora Meulenhoff, que a tinha escolhido a conselho de Amanda Gorman. Marieke Lucas Rijneveld, International Booker Prize no ano passado, autoexcluiu-se da tradução perante uma vaga de fundo que começou com um artigo de jornal da ativista negra Janice Deul, segundo a qual a tradutora de um poema destes deveria ser jovem, mulher e negra. “Recusar que uma branca, por ser branca, traduza a poesia de uma negra é racismo primitivo”, escreveu esta semana o jornalista Francisco Sena Santos. Será?

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Marieke Lucas Rijneveld desiste de traduzir poema de Amanda Gorman por não ser negra

Nos últimos dias, caso semelhante sucedeu na Catalunha, quando o tradutor Victor Obiols foi desconvidado pela editora Barcelona Univers, por afinal ter o “perfil errado” para verter para catalão A Colina Que Subimos. “Se não posso traduzir uma poetisa que é mulher, jovem e negra, uma americana do século XXI, também não poderia traduzir Homero porque não sou um grego do século VIII a.C. e nem poderia ter traduzido Shakespeare porque não sou um inglês do século XVI”, declarou Victor Obiols ao Guardian. O argumento será válido?

Para Pedro Mexia, é válido. “A necessidade de fazer corresponder a identidade de um tradutor à de um autor parece-me uma limitação da ideia de que a arte, neste caso a literatura, é universal”, diz o poeta e crítico português, também autor de várias traduções: Wallace Stevens, Hugo Williams ou David Mamet. “Por princípio, não vejo um problema do ponto de vista literário pelo facto de o tradutor não ter o mesmo género, a mesma etnia ou a mesma orientação sexual do traduzido. Pedir isso é tão bizarro quanto dizermos que só um ator homossexual pode representar uma personagem homossexual, é limitar a circulação das ideias e das imagens.”

No mesmo sentido, Margarida Vale de Gato diz-nos que a tradução tem relevância como um caminho em direção ao outro. “A tradução existe por causa da diferença, procurando aproximações, transportes, contágios. Historicamente, ela tem permitido, justamente por isso, grandes viragens culturais”. Porém, a escritora e investigadora de Estudos Americanos na Faculdade de Letras de Lisboa — tradutora de Edgar Allan Poe, Charles Dickens, W.H. Auden ou Allen Ginsberg — também apoia a visibilidade e oportunidade para os negros na literatura.

Se “é importante ficarmos vigilantes para não nos entrincheirarmos em argumentos sobre identidade de raça e de sangue, que quanto a mim tornam redutora não só a democracia como a tradução”, em simultâneo “precisamos de atender cada vez mais” ao equilíbrio na igualdade de acesso dos negros. “Até porque tendemos a estar cegos à circunstância de haver neste momento, felizmente, mais negros a formarem-se e a consolidarem experiências profissionais de alto nível na área das letras” explica Margarida Vale de Gato, segundo a qual o artigo “até agora mais equilibrado” que leu sobre a polémica de Amanda Gorman, e com que concorda “inteiramente”, é o de uma académica australiana, Mridula Nath Chakraborty, publicado a 11 de março na plataforma The Conversation.

Salvato Teles de Menezes, tradutor há quase 50 anos, explica que, sendo a tradução “uma interpretação do tradutor perante o texto”, a interpretação será tanto mais rica e fiel quanto mais informação o tradutor possuir sobre o texto. “Para isso é necessário, em princípio, conhecer todo o contexto do autor, mas não vejo que a diferença de características étnicas, ou outras, como a idade, possam ter aqui interferência. Traduzi Saul Bellow, que é um autor judeu com marcas claríssimas dessa pertença cultural, e não senti qualquer impedimento. Aliás, saiu agora uma tradução que fiz de Um Tambor Diferente, do escritor negro americano Melvin Kelley, e o narrador coloca-se na posição daqueles que têm voz no sul dos EUA, ou seja, os brancos. Ele está a contar uma história de negros nos anos 30, 40, mas fá-lo através das vozes dos brancos. Portanto, um autor com certa característica étnica, e podemos aplicar a mesma lógica ao tradutor, não está impedido de tratar realidades ou inventar personagens que não têm nada que ver com as suas próprias características. Aliás, Melvin Kelley usa até alguns artifícios de um grande escritor branco chamado William Faulkner, que inventou um condado que não existe, Yoknapatawpha County. E Melvin Kelley inventa um condado que também não existe.”

Manifestação Black Lives Matter em Lisboa em junho do ano passado

ANDRÉ DIAS NOBRE / OBSERVADOR

Parece consensual que o afastamento quase simultâneo de dois tradutores de um mesmo texto literário é uma situação anómala, provavelmente inédita, e configura uma guerra cultural. Parece dever-se ao debate que tem surgido no espaço público Ocidental acerca das heranças do colonialismo e do lugar nos negros em sociedades cuja cor de pele maioritária é considerada branca.

A escritora de origem guineense Gisela Casimiro diz-nos que “isto estar a acontecer é muito importante e não vai parar tão cedo”, é a “sequência lógica da discussão que o movimento Black Lives Matter trouxe” — um movimento que começou nos EUA contra a violência policial sobre negros e que ganhou enorme expressão em 2020, incluindo episódios de violência, depois do homicídio às mãos da polícia do cidadão negro George Floyd. O caso Amanda Gorman não se esgota na abordagem literária, suscita uma dimensão política.

Neste sentido, Gisela Casimiro entende a questão está a ser mal colocada, porque “o problema diz respeito ao alicerce, não àquilo que estamos a ver à superfície e que tem sido discutido com desdém”. Refere-se a comentários nas redes sociais que procuram desvalorizar ou parodiar a reivindicação de uma tradutora negra para a poetisa americana.

“Li comentários de autores brancos, homens, cisgénero [não transgénero], a criticarem esta discussão e a criticarem o poema. Mas estas são as pessoas que têm sempre voz, que acham que é melhor não se levantar estas questões porque assim fica tudo bem. Mas fica tudo bem para quem? Para quem sempre esteve bem. Quando por uma vez se quer dar voz a uma pessoa negra, a uma tradutora para o poema de Amanda Gorman, ficam muito indignados ou fazem troça. Acontece que aquele poema não corresponde apenas a palavras que qualquer um pode traduzir. Ela escreveu o poema, ela disse o poema, ela foi vista a dizer o poema. Isto é fundamental, porque os negros não são só um nome ou um número, têm um corpo, uma mente, uma voz. Amanda ocupou um lugar, teve uma presença. Criar um lugar, dar um lugar, ocupar um lugar. Porque é que não queremos entender o que Amanda Gorman quis dizer no poema e o que este momento tem de histórico e fundamental?”

NETHERLANDS-LITERATURE-PORTRAIT-PRIZE

Marieke Lucas Rijneveld desistiu de traduzir Amanda Gorman

ANP/AFP via Getty Images

Tânia Ganho, tradutora desde há duas décadas, também vê a questão mal colocada, mas noutra vertente. O debate “está a tomar uma dimensão meramente cosmética”, diz, porque “estamos a falar do telhado e não das fundações do edifício, estamos a falar de Marieke e a usá-la a ela e ao tradutor catalão como bodes expiatórios em vez de estarmos a falar da sociedade e do sistema”. “Não vamos lutar pela inclusão, excluindo. O sistema é machista e racista, mas não vamos mudá-lo afastando uma tradutora por ser branca, ou seja, reduzindo-a à cor da pele, o que constitui uma discriminação. Se invertêssemos as coisas, poderíamos ter um autor branco que se recusasse a ser traduzido por um homem negro do Senegal, por achar que ele não entenderia as suas referências culturais”, sublinha Tânia Ganho, antes de levantar várias interrogações.

“Porque é que a editora holandesa tem agora de procurar tradutores negros, que não tem na sua carteira de tradutores? E porque é que eles não estão na maior parte das editoras europeias? Isso é uma questão profundíssima e não se resolve com um ataque a dois indivíduos, porque as editoras vão continuar a funcionar da mesma maneira. Teríamos de analisar os números: a percentagem da comunidade negra em cada país europeu, o número de negros que acedem ao ensino superior, que áreas profissionais escolhem, se estão interessados na tradução e porque é que não estão na tradução? Fecham-lhes as portas, é uma área que não apela a muitos negros? Não me parece que tenhamos estas respostas”, indica Tânia Ganho.

"As pessoas brancas fazem as coisas à sua maneira para as pessoas brancas, porque imaginam que os negros não vão ler, por não terem educação ou não terem meios para comprar livros, logo, só dão voz ao tradutor branco."
Gisela Casimiro

Voltemos a Gisela Casimiro. A escritora, também colunista no portal Buala e na revista Contemporânea e uma das responsáveis pelo Instituto da Mulher Negra em Portugal, analisa: “Parte-se do princípio de que os portugueses leem pouco, que as minorias ainda devem ler menos, e daí concluiu-se que é indiferente quem traduz. Não é. As pessoas brancas fazem as coisas à sua maneira para as pessoas brancas, porque imaginam que os negros não vão ler, por não terem educação ou não terem meios para comprar livros, logo, só dão voz ao tradutor branco. Se as editoras não conhecem um tradutor negro, será que se dão sequer ao trabalho de perguntar a alguém se conhece? Será que se lembraram algum dia de abrir uma call para que pessoas de todos os tipos pudessem concorrer? Se os tradutores não são trabalhadores fixos das editoras, e são contratados por cada trabalho, porque é que um negro não é chamado ou não tem oportunidade de concorrer?”

Neste argumento, a apontar para a igualdade de oportunidades, Pedro Mexia converge. “Claro que há domínios com subrepresentação de grupos étnicos minoritários ou outros. Parece-me uma evidência. Portanto, se a questão é ‘porque é que não deram o poema a um tradutor negro?”, pondo-se o assunto do ponto de vista da igualdade de oportunidades, a reclamação é totalmente justa”, diz-nos o crítico. “Outra coisa é sugerir um imperativo: só um tradutor negro é que pode traduzir este poema. Parece-me absurdo. Dizer que uma pessoa não pode traduzir alguém que é completamente diferente dela, do ponto de vista da identidade, significa em última análise que essa pessoa também não pode ler, ou pelo menos não pode ler bem, um autor com identidade diferente. E se assim fosse eu não poderia ler James Baldwin, porque a minha experiência de vida não tem nada a ver com a dele. Ora, uma das funções da literatura é precisamente pôr-nos em contacto com opiniões, vidas e experiências diferentes.”

Gisela Casimiro não disputa a universalidade da literatura e deste poema em particular. Não sustenta que negros ou, por exemplo, pessoas deficientes “tenham de ser traduzidos, revistos ou ilustrados por pessoas com essas mesmas características”, porém indigna-se com quem, a seu ver, não identifica na escolha de uma tradutora branca uma perpetuação de desigualdades. “As pessoas negras também têm formação, também estudam, também têm competências, são capazes, são profissionais, simplesmente são invisibilizadas. Para os que são como Amanda Gorman, que se olham ao espelho e têm uma cor de pele semelhante à da Amanda Gorman, que têm familiares ou que elas próprias passaram por situações como as que ela apresenta no poema, faz muita diferença ter o poema traduzido por uma negra e não estamos a fazer um bom serviço se depois à primeira oportunidade arranjamos o primeiro tradutor que nos vem à cabeça.”

“Traduzir é ir ao encontro da diferença, ir além das fronteiras e das barreiras, estabelecer um diálogo onde não havia um diálogo. O que interessa é a minha competência linguística e cultural."
Tânia Ganho

Das muitas perguntas que o assunto suscita, mais aquelas que são apresentadas pelo cinco escritores-tradutores que falaram com o Observador, há uma que merece especial atenção: o que é que o caso Amando Gorman nos diz sobre a interpretação que é feita do trabalho de um tradutor? Que é, afinal, traduzir?

Responde Salvato Teles Menezes, que já verteu “muitas dezenas de livros” do inglês, do espanhol e do francês: “O tradutor tem de entender o contexto cultural e a identidade do autor e por isso mesmo é de toda a conveniência, antes de iniciar a tradução, procurar informar-se devidamente sobre o ambiente cultural e as características subjacentes à própria construção do texto. Isso requer estudo, investigação e preocupação em ser rigoroso. Quem for sério neste trabalho, desenvolve previamente todos os esforços ao seu alcance poder abordar o texto que tem perante si e para encontrar as soluções que permitam ao leitor perceber o original. Já traduzi vários autores negros, Ralph Ellison, por exemplo, e tanto quanto a minha consciência permite avaliar fui sempre competente na transmissão dos valores identitários plasmados nessas obras.”

Acrescenta Tânia Ganho, tradutora de Agatha Christie, David Lodge, Maya Angelou, Angela Davies, Alice Walker, Alan Hollinghurst, Elif Şafak, Leïla Slimani, tantos outros: “Traduzir é ir ao encontro da diferença, ir além das fronteiras e das barreiras, estabelecer um diálogo onde não havia um diálogo. Para ser tradutora, preciso de dominar duas culturas, duas línguas, e o que vou fazer é a ponte entre uma e outra, precisamente para levar um autor e uma obra a um espaço onde esse autor e essa obra não seriam entendidos sem o meu papel de tradutora. O que interessa é a minha competência linguística e cultural. Aliás, a tradução não é uma transposição fidedigna do original, é outra obra de arte, outro produto criativo, com marcas pessoais do tradutor.”

Gisela Casimiro parece dizer a mesma coisa, mas conduz o tema para um caminho eventualmente menos óbvio para quem não seja negro. Afirma que “isto não tem só a ver com a capacidade do tradutor”, até porque “não é uma questão de quotas, de ter de ser dar a tradução a uma pessoa negra para ocupar uma quota”. “Quero, sim, que se pergunte porque é que nas editoras as equipas não têm pessoas negras que possam também ser consultadas e porque é que não se chama um tradutor negro.”

Mas a probabilidade de o poema ser traduzido por um branco é altíssima por estarmos na Europa? Tal como num país africano seria altíssima a probabilidade de um poema de um branco ser traduzido por um negro? Gisela Casimiro não discorda e lança perguntas sob a forma de desafios: “Mas na Europa não existem tradutores negros? Onde é que eles estão? São sequer considerados? A estrutura de todas as editoras em Portugal, por exemplo, tem diversidade? Não estou só a falar de pessoas negras, mas também de pessoas de outras nacionalidades, porque elas vivem em Portugal.”

"Já traduzi vários autores negros, Ralph Ellison, por exemplo, e tanto quanto a minha consciência permite avaliar fui sempre competente na transmissão dos valores identitários plasmados nessas obras.”
Salvato Teles de Menezes

Cabe igualmente interrogar se a competência cultural o tradutor não será tanto maior quanto ele partilhe afinidades identitárias com o autor. Será, certamente, no dizer de Gisela Casimiro. “Escrevo poemas sobre vários temas, com que qualquer pessoa se pode identificar, e quem ler não saberá de que cor sou. Agora, há muitas coisas em que, sendo negra, se ler numa tradução de um branco, vou ficar ofendida e vou pensar que não é assim que um negro fala. Com quantos negros é que os tradutores brancos falam antes de traduzirem um livro? Convivem com negros? Traduzem a partir de quê? A que é que recorrem, que pesquisa fizeram?”, interroga-se a autora Erosão (2018). “As pessoas que fazem parte de minorias têm diferenças entre si mas também muitos pontos em comum e olham para outras pessoas marginalizadas, o que é uma vantagem e pode ser aproveitado para as funções de tradução.”

Tânia Ganho responde com a própria experiência profissional. Por um lado, diz que como autora — que também é, desde 2005 — quer ser “traduzida pelo tradutor mais competente, que não é branco ou negro, mas a pessoa que se sente diferente de mim e se vai dar ao trabalho de me enviar emails a dizer que não percebeu uma passagem e precisa de mais informação.”

Por outro lado, refere a tradução que fez em 2018 de A Cor Púrpura, de Alice Walker. “Como a linguagem do livro inclui deturpações de linguagem típicas de um estrato social mais desfavorecido nos EUA, que coincide em muitos casos com a comunidade negra, decidi adaptar para português e para isso peguei em textos de um autor angolano, Luandino Vieira, e de uma autora moçambicana, Paulina Chiziane, e fui ver estudos linguísticos sobre as principais deturpações linguísticas nos países africanos de língua portuguesa. Acho que resultou muito bem. Ou seja, a tradutora não pode estar cingida à sua cor de pele e à sua comunidade, tem de ir ao encontro do outro que está no texto, sendo certo que tudo o que faz é sempre um trabalho aproximativo.”

É aliás a pensar nas pontes culturais geradas pela tradução que Tânia Ganho sugere que a polémica da tradutora holandesa poderia ter sido resolvida sem o afastamento de Marieke Lucas Rijneveld. “A tradutora e a autora poderiam por exemplo ter publicado, a par com a tradução, um texto conjunto onde dissessem que tinham decidido trabalhar juntas e ir além da cor da pele, porque acreditam na inclusão e na fraternidade, e afirmassem que as editoras têm de olhar para dentro e ver se os funcionários não são quase todos brancos.”

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