É já no dia 26 de novembro, a partir das 14h, que o Auditório do Museu de Arte Contemporânea de Serralves, no Porto, recebe a Conferência “Regenerar o Futuro: Estratégias para Cidades e Indústrias Circulares”.

Organizado pela ASWP, juntamente com a Fundação de Serralves, o encontro reúne especialistas e convidados, que vão abordar a importância da regeneração, um dos princípios fundamentais da economia circular. Em cima da mesa vão estar questões como os desafios, mas também as soluções que já existem, e como é que estas podem ser escaladas no âmbito das cidades e das indústrias. Pode inscrever-se aqui.

Economia circular: o caminho para um futuro sustentável

Faltam praticamente 25 anos para chegarmos a meio do século XXI e as previsões não são muito animadoras. Até 2050, a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) prevê que a perda de biodiversidade e dos ecossistemas florestais irá custar entre 2 e 5 mil milhões de euros anuais. Além disso, segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), cerca de 68% da população mundial vai viver em cidades, o que levará à escassez de recursos e ao aumento das emissões de gases com efeito de estufa.

Estes desafios vêm reforçar a necessidade de descarbonizar as cidades e as indústrias e de as tornar mais circulares. O aumento da população e o crescimento do turismo exigem cidades cada vez mais inteligentes e sustentáveis, enquanto as indústrias precisam de encontrar formas de dissociar o crescimento económico do aumento das emissões de carbono e do uso excessivo de recursos.

E a resposta a estes problemas pode estar na economia circular. De acordo com a Fundação Ellen MacArthur, a economia circular pode reduzir as emissões globais de CO2 provenientes dos principais materiais da indústria em 40% até 2050, o que equivale a 3,7 mil milhões de toneladas, o suficiente para atingir quase metade da meta da neutralidade carbónica.

A transição de uma economia linear para uma economia circular prevê que a extração de recursos seja substituída pela sua regeneração e pela construção de capital natural. As estratégias regenerativas representam, assim, um papel essencial para que seja possível manter os materiais e produtos em uso durante o máximo tempo possível na economia, reduzir o desperdício e devolver os recursos ao solo, preservando a biodiversidade.

E é precisamente isso que se vai discutir na Conferência ASWP/Serralves 2024: como é que a regeneração pode ajudar as sociedades modernas a transitar para um modelo mais sustentável e circular, com vista a alcançar a neutralidade carbónica até 2050.

ASWP: há nove anos a promover a economia circular em Portugal

Criada em 2015, a Associação Smart Waste Portugal é uma associação sem fins lucrativos, que tem como objetivo impulsionar a economia circular nas várias cadeias de valor, através da educação, inovação, colaboração e criação de novos negócios.

Contando com mais de 150 associados, a ASWP incentiva a cooperação entre diversas entidades, públicas e privadas, nacionais e internacionais, destacando-se enquanto catalisadora da circularidade no ecossistema empresarial português, impulsionando oportunidades de negócio e garantindo práticas regenerativas.

Sempre com o propósito de potenciar a economia circular, ao longo dos últimos nove anos, a Associação tem vindo a desenvolver e promover várias iniciativas, como o Pacto Português para os Plásticos, a Plataforma Vidro+ ou o Smart Waste Young Professionals. Além disso, também dinamiza grupos de trabalho, nos quais stakeholders da cadeia de valor desenvolvem temas relacionados com a economia circular.

A ASWP também organiza e participa regularmente em conferências, workshops e webinars sobre economia circular, que procuram promover boas práticas e iniciativas de vários setores. E conta, ainda, com uma área de biblioteca no seu site, onde agrega estudos, relatórios, planos e contributos para a economia circular, criados pela própria Associação ou por parceiros.

A Conferência ASWP/Serralves 2024 tem o Observador como media partner e será apresentada por Nelson Ferreira, host da Rádio Observador. Se tem interesse em saber mais sobre regeneração e economia circular, ainda vai a tempo de se inscrever, preenchendo o formulário disponível online. O futuro está na mão de todos nós.