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Expo Milano 2015

Expo Milano 2015

Expo 2015: Portugal não quis ir, o Brasil levou-nos na mesma

São 140 países, 20 milhões de visitantes. Portugal não foi, mas há quem não tenha esquecido que, quando o tema é comida, Portugal tem peso. E é à boleia do Brasil que chegamos a Milão.

Divinus halitus terrae. A respiração divina da terra. A frase, gigante, dá as boas vindas aos visitantes.

São onze da manhã e já o recinto do centro de exposições de Milão está cheio. As portas abriram às dez da manhã e desde então os visitantes não pararam de chegar. Escondidos do sol já quente de maio, voluntários distribuem mapas a quem passa. O recinto é grande, e toda a ajuda é bem vinda.

“Só temos em italiano e em francês”, diz um deles. O inglês sai-lhe com dificuldade, mas o sorriso não desvanece. Está contente por estar ali — por fazer parte daquilo tudo.

A cidade italiana acolhe até outubro a Expo 2015, dedicada ao tema da alimentação. Pela segunda vez consecutiva, o Governo decidiu que Portugal não iria estar presente, uma decisão que não foi imune às críticas. Mas, mesmo assim, há quem não se tenha esquecido que, de comida, percebem os portugueses.

A "Arte de Cozinha" do português Domingos Rodrigues, o primeiro livro de receitas em português (1680)

Rita Cipriano

Apesar de não ter um pavilhão, Portugal acabou por arranjar forma de entrar no evento mundial. Não por iniciativa própria, mas pelas mãos dos brasileiros, que não se esqueceram da importância da gastronomia lusa. Dentro de uma vitrina, no pavilhão do Brasil, estão expostos vários livros de culinária portugueses, a única referência a Portugal em toda a exposição. Entre eles, está o primeiro livro de receitas editado no país — a Arte da Cozinha, de Domingos Rodrigues.

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O livro foi, durante anos, o único do género escrito e editado em português. Publicado em Portugal em 1680 foi, durante mais de um século, a principal referência na preparação da comida da aristocracia e da realeza. Uma das famosas receitas de Domingos Rodrigues incluía um prato de galinha com presunto, marmelos, vinagre e açúcar.

A exposição de livros portugueses é apenas uma pequena parte da enorme exposição montada pelos brasileiros. O pavilhão, organizado em torno do tema Alimentando o Mundo com Soluções, pretende mostrar um Brasil diferente, sem samba ou futebol, e líder na exportação de alimentos. É um espaço de “intercâmbio de imagem”, que serve para mostrar o valor da gastronomia e produção agrícolas brasileiras. E os brasileiros têm consciência disso.

"Encaramos as Exposições como um espaço de circulação de sentidos, de intercâmbio de conhecimento e comercial”.
Christine Garcia-Concheso, diretora do pavilhão do Brasil

Ao Observador, Christine Garcia-Concheso, diretora do pavilhão, explicou que o objetivo do espaço era “garantir que as pessoas levem uma boa memória” e “fiquem a conhecer um pouco mais sobre o Brasil”. “Queremos que fiquem a saber que somos um grande produtor e exportador de alimentos, com investimentos feitos em pesquisa, tecnologia e inovação, buscando sempre conciliar a alta produtividade com a preservação do meio ambiente.”

Falta de dinheiro? A Holanda levou rulotes

Apesar do papel que a agricultura tem na economia portuguesa, o Ministério da Agricultura decidiu que a presença de Portugal na Expo 2015 não era fundamental. No início do ano, o gabinete de Assunção Cristas explicou a decisão com o custo de ter de montar um pavilhão próprio. Isso levou a que a Confederação de Agricultores de Portugal (CAP) acusasse o Governo de desperdiçar uma “oportunidade única”.

Mas a verdade é que, apesar dos custos, não parecem faltar soluções mais económicas. Os clusters são uma delas. A ideia era fornecer um espaço aos que não desejavam ter um pavilhão próprio, permitindo-lhes assim participar na exposição de uma forma mais económica e simplista. “Estas ‘aldeias’, localizadas em vários pontos, permitem aos países representar a história da sua comida, cultura e tradição que os caracteriza”, explicou ao Observador Giordana Zagami, porta-voz da feira.

Estes espaços — uma novidade da Expo 2015 — equivalentes aos de um grande pavilhão, são ocupados por diferentes países, distribuídos por temática alimentar. Um dos clusters é dedicado à cultura Mediterrânica, onde estão representados países como Grécia, Malta ou Líbia. Era aí que poderia estar também Portugal.

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Mas há quem prefira puxar pela imaginação, sem ter de puxar pela carteira. A Holanda, por exemplo, trocou a ideia de ter um grande pavilhão por um espaço ao ar livre, ocupado por uma série de rulotes, que vendem comida típica. É um dos locais mais concorridos da feira. E é também uma maneira diferente — e mais barata — de representar o país e a sua gastronomia. Bregje Klassen, da Houben, explicou ao Observador que o objetivo era reproduzir o espírito de um festival de verão. “Temos imensos festivais na Holanda, e era algo que queríamos trazer para aqui. É um espaço aberto e ninguém tem de estar na fila para nada.”

Na rulote da Houben vende-se worstenbrood, uma espécie de folhado de salsicha feito artesanalmente com “a melhor carne de porco da Holanda”, garante Bregje. Na rulote do lado, vendem-se sandes de guisado. Mas há muito mais por onde escolher. Há sumos naturais, batatas-fritas holandesas e, para os mais corajosos, hambúrgueres de algas e de queijo frito. Mas não só. A música também está garantida, com um palco montado à entrada do espaço. “Temos montes de comida holandesa e música. Acho que é muito agradável estar aqui sem um pavilhão. As pessoas podem vir cá quando quiserem”, referiu Bredje.

A Expo de todos, menos de Portugal

Desde que recebeu a Expo 98, Portugal só esteve ausente de duas exposições mundiais — uma em Yeosu, na Coreia do Sul, em 2012, e agora na de Milão. Ambas foram organizadas durante o governo de Pedro Passos Coelho, primeiro-ministro desde 2011.

No início do ano, o Ministério da Agricultura justificou a decisão pelos “custos de ter um pavilhão próprio, estimado entre seis a oito milhões de euros”, um valor ao qual seriam acrescentados “outros substanciais investimentos a uma necessária produção, dinamização e manutenção de um pavilhão durante seis meses”. Ao Observador, o gabinete de Assunção Cristas voltou a repetir o mesmo discurso, acrescentando que “não estando obviamente em causa o interesse a importância” do evento “na tomada de decisão”, o Governo optou “por o país não estar presente”.

“Não estando obviamente em causa o interesse e a importância do mesmo na tomada de decisão, e mediante não só os elevados custos mas também as opções disponíveis em termos de localização de espaços não serem consideradas as mais adequadas, optou o Governo por o país não estar presente no referido evento”, referiu o ministério.

A decisão não foi imune às críticas. Para a Confederação de Agricultores de Portugal (CAP), a participação de Portugal seria, sem dúvida, uma “oportunidade única”. Luís Mira, secretário-geral da CAP, explicou ao Observador que “a presença de Portugal seria benéfica para o setor agro-alimentar e para o país de uma forma geral”, frisando que “esta é uma iniciativa particularmente relevante, até porque é dedicada à temática da alimentação”.

"É claro que esta é uma iniciativa particularmente relevante, até porque é dedicada à temática da alimentação e, desse ponto de vista, é uma oportunidade única."
Luís Mira, secretário-geral da CAP

Em 2014, Portugal exportou um total de 5.450 milhões de euros em produtos agrícolas, o que se refletiu num crescimento de 7,7% face ao ano anterior. Quando os dados foram dados a conhecer, Assunção Cristas considerou-os “um excelente desempenho”.

Um desempenho que podia ter sido melhorado com a participação em feiras internacionais relacionadas com o setor agrícola, garante Luís Mira. “As feiras internacionais, e esta em particular, pela sua dimensão e notoriedade, contribuem para a internacionalização das empresas do setor” e para “o aumento das exportações nacionais e para o desígnio de equilibrar a balança comercial agro-alimentar do país”.

Aliás, as vantagens de participar na Expo são unânimes. Christine Garcia-Concheso, do pavilhão brasileiro, acredita que a participação em feiras como a de Milão funciona como “um espaço para o intercâmbio de imagem”. “Estamos a expôr os nossos valores, cultura, políticas sociais e capacidade produtiva. Encaramos as Exposições como um espaço de circulação de sentidos, de intercâmbio de conhecimento e comercial”, disse ao Observador.

Com o tema Alimentando o Mundo com Soluções, o pavilhão apresenta o Brasil como um país onde existem “soluções para a aumentar a produtividade” e para “continuar a alimentar mais de 180 países”. “Sim, exportamos alimentos para 180 países”, exclamou. E será isso que os 15 mil visitantes diários do pavilhão brasileiro ficarão a saber. “O objetivo de estar num evento como este é trazer para perto uma imagem do Brasil que vai para além da natureza exuberante, da alegria exibida durante o Carnaval e da habilidade com a bola nos pés. Queremos adicionar a isso a imagem de um país com uma alta produtividade”.

O pavilhão de Espanha, dedicado à gastronomia espanhola

Getty Images

Teresa Lizaranzu, comissária-geral do pavilhão espanhol, também partilha da opinião de Garcia-Concheso. Para ela, a Expo é uma “janela privilegiada”, que permite transmitir o que de melhor se faz em termos de produção alimentar em Espanha.

“Espanha ocupa uma posição privilegiada na produção e comercialização de alimentos. É um dos principais exportadores de azeite, vinho, conservas, frutas, vegetais e enchidos”, referiu, acrescentando que “também tem muito para oferecer em termos de gastronomia”. O pavilhão serve para mostrar aos visitantes tudo o que Espanha tem para oferecer e que, de acordo com Lizaranzu, se resume nas palavras “tradução e inovação”.

Do jardim chinês à catedral francesa

A última Expo em que Portugal participou foi a de Xangai, na China, em 2010. Na altura, a presença portuguesa foi considerada um sucesso. Uma das razões foi a ousadia do pavilhão português, construído à base de cortiça, que chegou mesmo a receber o “Pémio de Design”, atribuído pelo Bureau Internacional de Exposições. A participação portuguesa foi co-financiada por várias empresas, entre elas a Corticeira Amorim, que forneceu gratuitamente a cortiça necessária para a construção do edifício.

A Expo de Xangai foi a maior organizada até à data. O evento, inaugurado a um de maio de 2010, recebeu 240 países e cerca de 73 milhões de visitantes. Ao longo de seis meses, o pavilhão português recebeu mais de quatro milhões de visitas. Ao visitante número quatro milhões, um estudante chinês de 19 anos chamado Jin Yinghui, foi oferecida uma camisola da seleção nacional assinada por Cristiano Ronaldo. Emocionado, Jin Yinghui disse na altura que nunca mais a iria despir. “Vou dormir com ela”, disse aos jornalistas.

Apesar dos pavilhões a perder de vista, a Expo de Milão é bem mais pequena do que a chinesa. Ao todo, são 140 os países e organizações representados. Uns dão mais nas vistas do que outros, mas todos, à sua maneira, arranjaram uma forma de estarem presentes em Milão. Da Europa, além de Portugal, só faltam os nórdicos e a Croácia. Até a Grécia teve direito a um espaço, bem mais pequeno e discreto do que a maioria.

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O pavilhão brasileiro está localizado junto da entrada oeste. A construção, feita de madeira, é uma das principais atrações da feira. No espaço central, foi construída uma rede suspensa onde se pode caminhar. As crianças não resistem e esperam irrequietas numa fila só para terem a oportunidade de saltitar pela rede brasileira.

No interior, há plantas, flores e frutas do país. Um gosto a Brasil. Fala-se de arte e de comida, duas faces da cultura brasileira que caminham de mãos dadas. Sinal disso são as estátuas de Cateano Dias, um dos mais celebrados artistas baianos, que levou à exposição um conjunto de cabeças humanas feitas de açúcar.

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À porta do pavilhão chinês, ali muito perto, foi construído um labirinto florido e lá dentro, entre figuras de terracota, há um espetáculo de luz e cor que se assemelha a uma grande seara de trigo. Com 4.590 metros quadrados, é o segundo maior pavilhão da Expo 2015.

O pavilhão de França, uma impressionante catedral gótica construída em madeira, tem utensílios de cozinha a forrar as paredes e do teto caem peixes prateados. Na Índia há bijuteria à venda e no pavilhão do Vietname, rodeado por colunas feitas de bambu, foi criado um lago.

20 milhões de visitantes previstos

A Expo de Milão não traz apenas benefícios aos que ali estão representados. Também existem vantagens para o país organizador. “O país que recebe este tipo de eventos beneficia em termos de evolução, inovação e no rendimento económico”, disse ao Observador Piero Galli.

Com um investimento público inicial de 1,3 mil milhões de euros, a Expo de Milão espera gerar muito mais do que isso. Só com a venda de bilhetes, o evento espera arrecadar 500 milhões de euros. Em termos de impacto económico, o valor encaixado está estimado em cerca de 10 mil milhões de euros. Só no sector turístico espera-se um encaixe de cinco mil milhões.

Bernabó Bocca, presidente da Federalberghi, a federação italiana de hoteleiros, não nega a importância da exposição para a economia do país. À ANSA, frisou a “importância de eventos desta escala” no país. “A feira pode mesmo dar um estímulo à recuperação do sector”, disse à agência de notícia italiana.

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Desde o dia um de maio, data da abertura, a Expo de Milão já atraiu vários milhares de pessoas, um número que excedeu todas as expectativas da organização, como explicou ao Observador Piero Galli, diretor-geral do evento. “Superou em muito as nossas expectativas. Penso que estamos mais do que satisfeitos, esperávamos muito menos gente”, afirmou. “Normalmente, nos primeiros meses depois da abertura, a afluência costuma ser baixa. Apesar de o tempo não ter estado muito bom nos últimos dias, a afluência tem sido maior do que esperávamos.”

Até 31 de maio, a Expo de Milão espera receber 20 milhões de visitantes. Galli está otimista. “Está dependente de alguns fatores, mas penso que iremos conseguir ultrapassar essa estimativa”, disse confiante. “Mas, por agora, o nosso dever é interpretar os números e ter sucesso. Ainda estamos a limar arestas e a afinar as coisas para que a Expo possa funcionar de uma forma eficiente.”

"Superou em muito as nossas expectativas. Penso que estamos mais do que satisfeitos, esperávamos muito menos gente."
Piero Galli, diretor-geral da Expo 2015

A Expo de Milão é muito mais do que boa comida e pavilhões bonitos. Com o tema Feeding the Planet, Energy for Life, pretende ser uma das maiores exibições de sempre dedicadas ao tema da alimentação, com discussões e debates em torno deste tema . Acima de tudo, tem como objetivo procurar responder a uma questão vital — como assegurar a produção de comida de uma forma sustentável.

Para Piero Galli, é exatamente aí que reside a importância do evento. “É importante para a humanidade e para o país. As pessoas que aqui estão, e as crianças que vieram com as escolas, têm a oportunidade de estar expostas à mensagem da Expo e de ficarem a conhecer os tópicos e os desafios que irão enfrentar no futuro”, explicou o diretor-geral.

Nem todos estão contentes no país da massa

Em Itália, a Expo não deixou também de gerar debate e controvérsia. Na data da abertura da feira, centenas de pessoas saíram à rua em protesto, causando uma onda de violência na cidade italiana. Montras foram partidas, carros foram incendiados. Tudo isso por consideraram que a “Expo é uma máquina de queimar dinheiro público“, como referiu um dos protestantes ao Guardian. “Prometeu criar postos de trabalho e estimular a economia, mas está a ser gerida com trabalho voluntário e desperdiçou milhões em infraestruturas sem sentido.”

Outros consideram o orçamento exagerado e não entendem a necessidade de construir novos acessos ao centro de exposições, localizado a 16 quilómetros do centro da cidade. As obras sofreram inúmeros atrasos, o que se refletiu na necessidade de gastar mais um milhão de euros para tapar os pavilhões por terminar. Para além disso, no ano passado, acusações de corrupção levaram à detenção de vários gestores e ex-membros do parlamento ligados à Expo.

"Diz ser uma celebração da slow food, da agricultura local e da comida saudável, mas é patrocinada por empresas como a Coca-Cola e o McDonald's".
Manifestante

Por entre quem lá trabalha todos os dias, há quem não esconda o entusiasmo de fazer parte de uma das maiores exposições mundiais. Júlia, estudante de Milão, decidiu voluntariar-se para trabalhar na Expo 2015 para poder “viver a experiência do lado de dentro”. Para ela, não se trata apenas de trabalho, é muito mais do que isso. “É muito importante para mim estar aqui”, disse ao Observador. “Queria conhecer pessoas novas e fazer parte da experiência. Tem sido fantástico, estou a adorar.”

O entusiasmo de Júlia não parece ser partilhado por todos. Para John, um nova-iorquino de férias com a namorada em Milão, a exposição “é ok”. “Não é incrível, mas também não é terrível”, comentou, parecendo muito pouco convencido.

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Apesar disso, os pavilhões cheios mostram que esta Expo é muito mais do que “ok”. Bregje Klaasseen, norueguês, concorda. De visita ao filho, aproveitou a oportunidade para ficar a conhecer a exposição. “É muito interessante. É bom ver tantos países diferentes, de todos os lugares do mundo, a apresentarem a sua cultura”, contou ao Observador. “E o tempo também está bom!”

Polémicas à parte, uma coisa parece ser certa — a Expo apresenta-se sempre como uma oportunidade única para os países e organizações aí representados. E nenhum deles parece ter dúvidas quanto a isso. E, a verdade, é que é assim desde 1851, data em que foi organizada a primeira exposição mundial em Londres. Mais do que uma montra de culturas, a Expo é, acima de tudo, uma grande hipótese de negócio — à qual Portugal não quis ter acesso.

 

O Observador viajou até Milão a convite do IKEA.

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