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JOÃO PORFÍRIO/OBSERVADOR

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Hugo Soares: "Rui Rio promove e instiga o confronto interno"

Hugo Soares acusa Rui Rio de promover a guerrilha interna no partido, recusa-se a classificar o PSD como sendo de direita ou centro e diz que há caciques eleitorais no PSD que são "casos de polícia".

O antigo líder parlamentar do PSD, Hugo Soares, é o braço-direito do candidato Luís Montenegro e foi um dos rostos da oposição a Rui Rio nos últimos dois anos. Agora, sem surpresas, apoia o amigo Luís nas diretas e é um dos estrategas da candidatura. Ainda assim, em entrevista ao programa Vichyssoise, da Rádio Observador, Hugo Soares disse — na fase do “carne ou peixe”, em que tem de escolher uma de duas opções — que preferia ser ministro de Rio do que vice-presidente de Montenegro na oposição, porque isso significaria que o PSD tinha regressado ao poder.

Hugo Soares tinha classificado o “veto” da direção de Rio, que o colocou fora das listas deputados, como uma “medalha”. Agora confessou que se sentiria honrado em receber uma medalha quer de Cavaco Silva, quer de Marcelo Rebelo de Sousa, embora prefira o último por estar em funções. Só não quis dizer se preferia passar férias com Salvador Malheiro ou António Costa, mas confessou que preferia refiliar António Capucho do que André Ventura.

[Pode ouvir aqui a entrevista na segunda parte da Vichyssoise desta semana]

“Temos caciques que são casos de polícia”. Hugo Soares, ex-líder parlamentar do PSD, na Vichyssoise

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A última vez que o ouvimos falar sobre esta disputa do PSD, que está a decorrer neste momento, dizia apenas que não seria surpresa para ninguém que o vissem ao lado de Luís Montenegro. Nunca declarou formalmente o apoio a Montenegro. Não tem nenhuma surpresa na manga, suponho.
Nessa ocasião eu desloquei-me a Espinho para um jantar em que comemorávamos uma vitória autárquica. Não era também ainda o tempo de falar sobre as eleições internas. Disse nessa ocasião que não era surpresa para ninguém que eu apoiasse a candidatura de Luís Montenegro porque tenho para mim que o Luís Montenegro é o melhor preparado para poder não só ser o presidente do PSD, mas liderar o PSD. Que é bastante diferente daquilo que estamos habituados ao conceito de presidir. Precisamos de um líder que tenha capacidade técnica, capacidade política e qualidades humanas para poder ser um grande primeiro-ministro de Portugal. Porque o PSD só existe para servir os portugueses. É por isso que eu entendo que devo estar ao lado de Luís Montenegro.

Portanto, isso significa que Rui Rio é presidente, mas não é líder?
Eu não disse isso. Esta campanha onde estamos agora, e que culminará com a eleição de Luís Montenegro no dia 11 [de janeiro] presidente do partido, deve ser feita pela positiva. E eu estou numa lógica de puxar e evidenciar as qualidades daquele que eu entendo que deve ser candidato a primeiro-ministro e a seguir primeiro-ministro. Eu acredito que ele é aquele que tem capacidades de liderança capazes de catapultar o PSD para uma grande vitória eleitoral.

Pegando nessas palavras, um dos soundbites que ficou da apresentação de candidatura de Luís Montenegro é de um candidato que quer ganhar as próximas autárquicas e depois as legislativas. Já foi criticado por alguns dirigentes do PSD, nomeadamente, David Justino. Não há aqui um excesso de ambição ou uma ambição irrealista tendo em conta os últimos resultados do PSD?
Se estiver a falar dos resultados eleitorais recentes do PSD, posso acreditar que faça confusão a algumas pessoas que o PSD queira ganhar eleições. Mas reparem: o PSD perdeu estas eleições legislativas com o pior resultado dos últimos 36 anos, mas tinha ganho as duas últimas anteriores. As de 2011 e as de 2015. O PSD não é um partido que ganha às expectativas, nem às sondagens, o PSD não é um partido de oposição. Nós estamos na oposição, mas o PSD é um partido de poder. E é o partido, e creio que os portugueses sabem isso, transformador de Portugal, que é o catalisador da vontade dos portugueses, da nossa sociedade civil em termos um país melhor, uma economia mais pujante e contas públicas certas. Ora, um candidato à liderança do PSD só se pode propor a liderar o PSD se quiser ganhar todas as eleições que vai disputar. Se for de outra forma, então não é candidato à liderança do PSD, é de um outro partido qualquer, que existem, mais pequenos, mas que não estão habituados a ganhar eleições. Ora, eu não concebo que alguém que quer presidir ao PSD possa dizer que não vai a jogo para ganhar todas as eleições. Costuma-se dizer que a nossa ambição, o tamanho do nosso sonho, é aquilo que nós queremos e aquilo que desejamos. Ora, o PSD não pode sonhar pouquinho, não pode querer pouquinho, nem poucochinho, que é uma expressão muito em voga na política portuguesa. O PSD quer ganhar eleições para governar, para poder melhorar a vida das pessoas, dos portugueses, do cidadão em concreto. É por isso que é evidente que Luís Montenegro só pode querer candidatar-se a presidente do PSD se for para ganhar eleições.

"O PSD não é um partido de oposição. Nós estamos na oposição, mas o PSD é um partido de poder."

E essa ambição desmedida é de um PSD que é um partido de direita?
A ambição desmedida é mesmo um bom conceito, porque a vontade e ambição desmedida é mesmo a de não ter medida para os votos e para a confiança dos eleitores. Nós queremos ter todos. E isso vai responder à sua pergunta. O PSD é, ao longo da sua história, um partido onde cabe gente mais à direita e gente do centro-esquerda. Do centro-direita ao centro-esquerda. E só é partido de poder e partido transformador de Portugal como foi com Cavaco Silva nas duas maiorias absolutas, como foi, de resto, quando ganhámos com Durão Barroso ou na eleição de Passos Coelho. O PSD só é um partido vencedor de eleições quando é um partido que tem todos esses eleitores. Quando o PSD entende que deve ocupar um nicho eleitoral, então o PSD está claramente a perder a sua vocação de poder. E a grande riqueza do PSD é essa pluralidade, é essa unidade interna que nasce dessa pluralidade. Que é aquilo que lhe dá a hipótese de poder governar Portugal. Ora, essa discussão que alguns querem fazer ideológica, de colocação do PSD no espaço política, acho que é completamente despicienda. Não faz sentido. Nem nesta ocasião, nem noutra porque o PSD foi aquilo que sempre foi: um partido que vai do centro esquerda ao centro direita, que ocupa um espaço da sociedade portuguesa de grande relevância porque é o partido transformador da sociedade portuguesa e, portanto, não pode querer para si esse rótulo. Essas discussão só interessa aos que querem colar o PSD a um determinado nicho eleitoral. E eu não quero, quero ganhar a eleição para governar Portugal com todos os portugueses.

Mas e isso que acontece agora com a atual direção do PSD?
Não sei, nem tem interesse fazer essa discussão agora. Quando estava a dizer que gostava que esta campanha se fizesse pela positiva, tem muito a ver com a necessidade que o PSD possa não só unir internamente, agregar todos dentro do PSD, mas sobretudo, porque só assim o PSD cresce, conseguir ir buscar os melhores à sociedade civil. Os melhores carpinteiros, os melhores agricultores, os melhores economistas, os melhores médicos, aqueles que fizeram sempre do PSD um partido interclassista que vai do centro esquerda ao centro direita, mas que com eles conseguimos ganhar a sociedade portuguesa para a transformar.

Há quem diga que com esta candidatura regressa o passismo mas sem Passos Coelho. Acha que Pedro Passos Coelho se revê nesta candidatura? Os que o apoiavam são mobilizados com esta candidatura de Luís Montenegro?
Há uma coisa que eu lhe digo, esta candidatura não renega o legado que Pedro Passos Coelho deixou ao país. Não é o passismo sem Passos Coelho. A candidatura de Luís Montenegro é a candidatura do projeto político de Luís Montenegro. Agora se me pergunta se tenho muito orgulho do meu percurso político ao lado de Pedro Passos Coelho, quero dizer que tenho muito orgulho pelo que fizemos pelo país. O povo português em 2015 demonstrou o s eu tributo ao que Passos Coelho fez do país. Depois de quatro anos de governação dificílima, Passos Coelho voltou a ganhar as eleições. Acho que renegar este legado é um PSD que não convive bem com a sua história e está a dizer ao eleitorado que parte dele não é querido.

Mas quem está a renegar esse legado?
Eu não estou a dizer que alguém está a renegar, eu estou a responder à pergunta. Mas sabemos todos que Rui Rio foi crítico da liderança de Pedro Passos Coelho e ao longo dos últimos dois anos foram várias as vezes que a comunicação social fez eco das distâncias que Rui Rio estava a querer criar em relação à liderança de Passos Coelho. Mas isso é perfeitamente legítimo que tenha feito se é esse o caminho dele, isto não é uma crítica mas uma diferença vem distinta que temos em relação a ele.

Hugo Soares foi líder da bancada parlamentar do PSD quando Passos Coelho chefiou o partido

MÁRIO CRUZ/LUSA

O seu sucessor na bancada parlamentar teve uma votação baixíssima para exercer esse cargo. Agora Rui Rio foi eleito com 89,87% dos votos. Acima da sua própria votação…
[Interrompe] Abaixo daquilo que Luís Montenegro teve.

[Risos] Mas Rio é um líder parlamentar mais legitimado do que Hugo Soares era?
Rui Rio tem toda a legitimidade para ser líder parlamentar e desejo-lhe o maior sucesso no exercício das funções porque é o sucesso do PSD que está em causa. Os resultados eleitorais no grupo parlamentar são, por norma, na razão desses números que me diz. Eu brincava quando dizia, mas constatando o facto que Luís Montenegro no grupo parlamentar do PSD, que não era escolhido por Passos Coelho mas pelas estruturas do PSD, teve uma votação mais expressiva do que Rui Rio no grupo parlamentar escolhido, este sim, por Rui Rio. Isso não deixa de ser curioso. O exercício da função de líder parlamentar tem um princípio fundamental que é o da confiança dos colegas parlamentares. Quando isso acontece nessa ordem de valores creio que discutir legitimidade é um bocadinho inócuo.

E até aqui qual foi o maior erro do presidente do PSD?
É pública a minha discordância com a atual estratégia. Julgo que há um conjunto de erros que posso e devo apontar e é por isso que me distancio da candidatura de Rui Rio. A primeira é uma questão de estratégia, em que penso que Rui Rio ao querer reposicionar o PSD conseguiu foi centralizar o PS. O PSD nunca saiu do seu sítio, mas se calhar Rui Rio achou que o PSD estava a governar demasiado à direita e quis tentar colocar o PSD um bocadinho mais à esquerda. Com isso o que fez foi procurar o que António Costa mais queria, dar um ar de moderação e isso é um erro estratégico. O PS estava e está agrilhoado à extrema esquerda portuguesa, ao PCP e ao BE. O PS de hoje não é o PS moderado de Mário Soares. E um erro estratégico de Rui Rio foi não ter percebido que quem se deslocou no espectro político português foi o PS e não PSD. Rui Rio, quando deu a mão a António Costa colocou-se numa posição de muleta do PS. O PSD não é um partido subalterno ao PS, é o maior partido português é um partido de governo. E colocou o PS de novo no centro da moderação da política portuguesa.

Mas o PSD encostando-se ao centro político não era mais expectável que o PS ficasse mais encostado à esquerda?
Deixe-me dizer outra coisa. O segundo erro de Rui Rio é uma questão de gestão interna da unidade do partido. Teve dificuldades porque não quis agregar. Ele promove a crítica, foi critico no passado, mas assume-se, como algumas pessoas , como dono da crítica dentro do PSD, que mais ninguém pode ter uma liberdade crítica que o PSD sempre teve. Essa falta de capacidade de unir, transmitindo confiança aos portugueses e por isso tivemos os resultados eleitorais que tivemos.

"Se alguém perdeu [com a tentativa de derrubar Rio em janeiro] foi o próprio Luís Montenegro, não foi o PSD curiosamente."

É possível unir quando tivemos aquela conferência de Montenegro a um ano das eleições como tivemos?
Está a falar do episódio de Janeiro. O “golpe”, uma expressão de telenovela. O que aconteceu em janeiro foi muito simples, Luís Montenegro, no congresso de há dois anos, foi dizer que discordava e estava com receio que a estretégia que o PSD estava assumir naquele congresso era errada, por aquilo que eu disse aqui agora. Durante um ano e meio Rui Rio protagonizou essa estratégia. Os estudos de opinião davam o PSD na casa dos 25, 26%. Recordar-se-ão que os órgão de comunicação social começaram a noticiar o movimento de comissões políticas distritais do PSD com vista a levarem uma moção de censura ao líder do partido. É uma coisa que não deve acontecer no PSD. O que Luís Montenegro fez foi dizer ao PSD e a Rui Rio de forma leal corajosa franca e transparente porque não se escondeu atrás de ninguém dizer ao partido que estou aqui disponível para clarificar e for esta a vontade do presidente do partido. Costumo levar esta imagem e acho que é um pouco feliz para ilustrar o que aconteceu em janeiro: se eu for no carro com a minha família e sentir que o carro se vai despistar, que não é seguro, que está a causar riscos, eu não espero pela revisão para ir a oficina. O PSD é a minha família política e nós percebemos que estava a caminhar num sentido de despiste eleitoral que infelizmente se veio a verificar. Eu quero dormir com a minha consciência tranquila todos os dias. Dizia Sá Carneiro que o que não pode impedir é que se cale seja sob que pretexto for. O que Luís Montenegro quis fazer foi assumir-se como alternativa.

Mas não houve um erro de estratégia da vossa parte no sentido em que avançaram para esse processo mas não fizeram bem as contas? Porque não saíram vitoriosos…
Não há um erro da nossa parte. A haver podia ter sido um erro de Luís Montenegro porque ele protagonizou aquele movimento sozinho, distanciando-se até do movimento das distritais para que não acontecesse o que muitos poderiam ter levado a cabo, que era a tal moção de censura. Ninguém perdeu coisa alguma. Se alguém perdeu foi o próprio Luís Montenegro, não foi o PSD curiosamente. Porque Rui Rio, como sabem, gosta disto, gosta do confronto interno, ele próprio assume isso. Ele promove-o, é ele que o instiga.

JOÃO PORFÍRIO/OBSERVADOR

Por isso é que pergunto se houve um erro de estratégia, no sentido em que acabaram por reforçar a liderança de Rui Rio.
Se a política for taticismo não tem graça nenhuma. Luís Montenegro protagonizou um momento único na afirmação de uma alternativa à liderança de Rui Rio, o que pediu a Rui Rio foi eleições diretas no partido, e Rui Rio o que fez foi querer aprovar uma moção de confiança no Conselho Nacional. Era evidente que essa moção de confiança seria aprovada e, como sabem, ainda teve muitos votos contra. O campeonato em que Luís Montenegro corria naquela altura era um campeonato de clarificação interna com todos os militantes. O que estava em causa era saber se o partido queria mudar ou não. Rui Rio não quis pôr isso à discussão no partido, levou a questão ao Conselho Nacional e saiu reforçado, portanto, aí o que se pode dizer é que Luís Montenegro acabou por ajudar Rui Rio.

Rui Rio já perdeu alguns apoios, um deles foi de Rodrigo Gonçalves, que é considerado nos bastidores como um dos maiores caciques de Lisboa pela quantidade de votos que consegue juntar. Rodrigo Gonçalves declarou apoio a Luís Montenegro, isto é um apoio que dignifica a candidatura?
Acho muita piada quando as questões são colocadas dessa forma. Nenhuma candidatura pode ou deve enjeitar qualquer apoio de um militante que quer apoiar. Depois, a forma como esses apoios trabalham nas candidaturas e a forma como as pessoas são colocadas numa lógica de mobilização do eleitorado interno do partido é o cerne da questão. O PSD tem um conjunto de pessoas que são vistas como caciques eleitorais. Temos casos que estão a ser investigados pelo Ministério Público de moradas falsas, de pessoas que viviam na mesma casa com o mesmo número de telemóvel… esses casos têm de acabar, como é óbvio. São casos de polícia. O que queremos é que esta campanha seja transparente, seja mobilizadora do eleitorado interno. É importante que quem ganhe estas eleições saia com força e com legitimidade para poder vencer as eleições legislativas. Relativamente aos apoios, temos o apoio de Maria Luís Albuquerque, Matos Coreia, Margarida Balseiro Lopes, que ainda na quarta-feira tornou público o apoio a Luís Montenegro. Mas o que mais me orgulha são os militantes anónimos.

"O PSD tem um conjunto de pessoas que são vistas como caciques eleitorais. Temos casos que estão a ser investigados pelo Ministério Público de moradas falsas, de pessoas que viviam na mesma casa com o mesmo número de telemóvel... esses casos têm de acabar, como é óbvio. São casos de polícia."

Mas não respondeu à pergunta sobre se o apoio de Rodrigo Gonçalves dignifica a candidatura e se pode trazer votos que podem ser preciosos para ganhar estas eleições.
Eu não sei se Rodrigo Gonçalves traz muitos votos ou não, eu sei que há um militante que esteve muito próximo de Rui Rio e que agora apoia Luís Montenegro. Mas podemos falar de mais alguns. O Pedro Alves, que é diretor de campanha de Luís Montenegro, apoiou o dr. Rui Rio; João Moura, que é o presidente da distrital de Santarém, apoiou Rui Rio e agora apoia Luís Montenegro; Carlos Morais, que é presidente da distrital de Viana do Castelo, apoiou Rui Rio e agora apoia Luís Montenegro. Rui Rocha, que foi presidente da distrital de Leiria, apoiou Rui Rio e agora apoia Luís Montenegro. António Leitão Amaro, também. Isto para dizer o quê? Que a grande onda de mudança que aconteceu no partido e que levou a que muitas pessoas deixassem de apoiar Rui Rio para apoiarem Luís Montenegro é precisamente a candidatura de Luís Montenegro, que é mobilizadora e que traz para o PSD uma nova esperança que queremos depois ver repercutida.

"Eu não sei se Rodrigo Gonçalves traz muitos votos ou não, eu sei que há um militante que esteve muito próximo de Rui Rio e que agora apoia Luís Montenegro"

Também Miguel Morgado já disse que votaria em Luís Montenegro.
Ao voto e apoio do Miguel Morgado junta-se outro que é o de Pedro Duarte. Para dizer que, de todos aqueles que se apresentaram como putativos candidatos à liderança do PSD, nenhum deles desistiu ou deixou de o ser para se juntar à candidatura de Rui Rio. O que demonstra bem que de um lado há uma candidatura mobilizadora, galvanizadora, e do outro há uma candidatura de passado que já demonstrou o que valia eleitoralmente.

Mas a candidatura de Montenegro também está a perder alguns apoios para a de Miguel Pinto Luz, apoios que à partida seriam mais facilmente ligados à candidatura de Luís Montenegro e que, afinal, escolheram Miguel Pinto Luz. Pessoas ligadas a Passos Coelho, por exemplo.
Há pessoas que apoiam Miguel Pinto Luz e pessoas que apoiam Rui Rio, e pessoas que apoiam Luís Montenegro. Não perdemos apoios nenhuns. É perfeitamente natural que pessoas que estiveram com Rui Rio apoiem hoje Miguel Pinto Luz, faz parte das regras da democracia.

Falo das pessoas que, em janeiro, estiveram ao lado de Luís Montenegro e que agora estão com Pinto Luz.
Não estou a identificar nenhum caso de apoios que tivessem passado de Luís Montenegro para Pinto Luz.

"A candidatura de Miguel Pinto Luz não prejudica ninguém e engrandece o PSD"

A candidatura de Miguel Pinto Luz prejudica mais quem? Luís Montenegro ou Rui Rio?
A candidatura de Miguel Pinto Luz não prejudica ninguém e engrandece o PSD, porque é um militante distinto do partido que está nesta luta a dar o seu contributo com ideias e com projetos.

Acha que já tem perfil para ser ministro de um eventual futuro governo de Luís Montenegro?
Gostava muito que Luís Montenegro possa vir a escolher os seus ministros, mas não me vejo a exercer nenhuma função em nenhum governo porque, em primeiro lugar, o caminho é muito longo até vencermos as próximas eleições legislativas e o PSD tem de se preparar para ser um partido que ganhe a confiança maioritária dos portugueses. É esse o caminho que eu estarei disponível para percorrer a ajudar Luís Montenegro. Quanto ao resto, não tenho nenhuma pretensão quanto a essa matéria.

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