O Infarmed deu, esta quinta-feira, um parecer positivo aos kits para testes de despistagem da Covid-19, mas com condicionantes: terão de ser realizados mais ensaios de esterilidade, tanto nas zaragatoas como no meio de transporte viral — os principais elementos dos kits — e um estudo alargado de desempenho da zaragatoa, com uma maior amostra.
De acordo com o documento, a que o Observador teve acesso, estes kits, que foram produzidos no âmbito de um consórcio entre o Algarve Biomedical Center (ABC) da Universidade do Algarve, o Instituto Superior Técnico (IST) e as empresas Hidrofer e Logoplaste, só poderão voltar a ser distribuídos se o ABC, que é encarado como o fabricante pela autoridade nacional do medicamento e produtos de saúde, aceitar as condições impostas. Ao que o Observador apurou, as condicionantes foram aceites e os kits já voltaram a ser disponibilizados.
Este parecer surge quase duas semanas depois de o Infarmed se ter recusado a dar um parecer positivo e ter proibido a distribuição destes kits. Uma decisão que foi comunicada a 22 de maio, quatro dias após a autoridade ter recebido o relatório de segurança obrigatório — que deve ser prévio à disponibilização de qualquer dispositivo médico. No entanto, nessa altura, já tinham sido distribuídos pelo menos 48 mil kits para centros de investigação e utilizados para fazer testes em lares de idosos e creches — a distribuição começou a ser feita a 23 de abril.
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