Um parecer positivo da Agência Europeia do Medicamento (EMA) para a vacinação contra a Covid-19 de crianças não bastará para a Comissão Técnica de Vacinação aconselhar as autoridades de saúde portuguesas a iniciarem a administração em menores entre os cinco e os 11 anos. Não chega sequer que a vacinação de crianças se prove segura e eficaz, ressalva o epidemiologista Manuel Carmo Gomes, que pertence àquele grupo de consultoria da Direção-Geral da Saúde (DGS), em declarações ao Observador: “O simples facto de haver uma vacina que é eficaz e que é segura não basta para decidir logo que se vai administrar, calma. Os benefícios têm de ser claramente superiores aos riscos, tem de ser algo quantificável”.

Não está afastada a possibilidade de apenas algumas crianças — as que sofrem de comorbilidades associadas a um maior risco de desenvolver um quadro clínico severo de Covid-19 — serem vacinadas.

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