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Ian Waldie/Getty Images

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Medo de assédio, riscos para a saúde e o boom da moda balnear: o topless na praia tem os dias contados?

Nas praias francesas, as mulheres despem-se cada vez menos e o topless está em mínimos históricos. Riscos para a saúde e o medo de assédio encabeçam preocupações. E em Portugal?

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A ideia de que o topless possa estar em desuso pode ser um choque para quem encara o bronzeado perfeito, sem marcas e praticamente contínuo, como a grande missão do verão. Mas a imagem de seios a popular os areais pode estar mesmo ameaçada, pelo menos em França, com um inquérito do Instituto Francês de Opinião Pública (Ifop) a mostrar que cada vez menos mulheres francesas se despem de preconceitos: apenas 19% o fazem, por comparação com 22% em 2019 e 34% em 2009. Em Portugal há a suspeita empírica de quem tem familiaridade com o monoquíni: o topless já viu melhores dias.

O inquérito do Ifop realizado a 1.510 pessoas do sexo feminino mostra como, na faixa etária dos 18 aos 49 anos, apenas 16% praticam topless contra 43% em 1984, e apenas 15% das jovens com menos de 25 anos o fazem. Entre os 50 e os 64 anos, são 23% as que continuam a despir a parte de cima do biquíni, seja por uma questão de conforto, seja pelo tom tisnado que o sol consegue oferecer. Os números parecem mostrar uma questão geracional.

“Se estás a fazer topless é porque estás a pedi-las”

Há, segundo estes dados, motivos diferentes que explicam o cenário que para uns e outros pode ser desolador: se, por um lado, as mulheres com mais de 40 anos estão sobretudo preocupadas com os riscos para a saúde, com a crescente consciencialização em torno do cancro da pele, a maioria com menos de 30 anos temem “agressão sexual, física ou verbal” e “olhares lascivos de homens” (entre os motivos está também o medo de ser vista como uma mulher indecente, medo de comentários negativos ou da reação do parceiro sexual e receio de exposição inapropriada nas redes sociais).

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O inquérito, citado também pelo The Times, revela que 49% das francesas já sofreram uma ou outra forma de assédio nas praias, do olhar fixo ao apalpão, e 16% ouviram comentários ofensivos — quase quatro mulheres em cada 10 admitiram ter adotado estratégias para não serem alvos em praias ou piscinas.

Desde a década de 1970, quando o estado francês se recusou a banir o topless nas praias, que a semi-nudez faz parte do postal de verão do país — agora os números avançados pelo inquérito parecem mostrar que o movimento #MeToo chegou também ao areal. “O topless em público nas praias no verão parece ser cada vez menos um símbolo da emancipação feminina e cada vez mais uma técnica arriscada de banhos de sol”, chegou a dizer François Kraus, do Ifop.

Foi precisamente um episódio de assédio que fez com que uma jovem portuguesa de 24 anos, que prefere não ser identificada por motivos profissionais, deixasse de fazer topless ao fim de dois anos a tirar a parte de cima do biquíni na praia, sempre na companhia do namorado ou de amigos. Certo dia estava numa praia na linha de Cascais, recorda, e no paredão estavam dois homens a passear. “Um deles sai do paredão e começa a vir na minha direção, fica a poucos metros de mim enquanto fala com o outro aos gritos.” A jovem não consegue precisar com exatidão as palavras, mas recorda-se do teor da mensagem: seria algo como “ESTOU QUASE A CHEGAR!” e “VAIS VER QUE VOU LÁ!”.

“Senti-me bastante intimidada. Na altura fiquei com muito medo, estava acompanhada do meu namorado, mas não me senti protegida. Senti que era um alvo fácil para aquele tipo de homem, de um machismo para o qual não estava preparada”, conta. “Há muito aquele sentimento de que, por estar a fazer topless, estava a pedi-las.” Se numa primeira fase chegou a questionar as razões por que fazia topless, com receio de ser uma atitude exibicionista, mais tarde chegou à conclusão de que os motivos eram irrelevantes: era uma questão de liberdade. Ainda assim, acabou por desistir. Não se sentia segura.

"Senti-me bastante intimidada. Na altura fiquei com muito medo, estava acompanhada do meu namorado, mas não me senti protegida. Senti que era um alvo fácil para aquele tipo de homem, de um machismo para o qual estava preparada."
Testemunho anónimo ao Observador sobre um episódio de assédio na praia

Questionada pelo Observador, a Autoridade Marítima Nacional esclarece que na presente época balnear, que arrancou a 15 de maio, não foram registadas quaisquer ocorrências face a situações de topless ou de nudismo nas praias marítimas sob a sua jurisdição. Importa lembrar que a lei portuguesa, tendo em conta o decreto-lei 96-A/2006, relativo às contra-ordenações aos banhistas, não refere nada sobre topless.

Mas o vaticínio sobre a prática não é de agora: já em 2014 a edição francesa da Elle mirava com preocupação para o hábito que então estaria perto da extinção — em 2009 também o The Guardian se interrogava sobre o assunto. Entre as principais razões citadas há sete anos estavam questões de saúde, mas também a perceção pornográfica do ato e a associação dos seios ao ativismo. Desde que Brigitte Bardot despiu a parte de cima do biquíni na icónica Riviera Francesa nos anos 60 que o topless está associado à libertação feminina e também à igualdade de género na cultura gaulesa.

Brigitte Bardot Sunbathing on Beach

Brigitte Bardot faz topless na praia

Bettmann Archive

Do biquíni ao monoquíni: como o topless chegou ao areal

A nudez nas praias foi conquistada ao longo dos anos, bem como a glorificação do bronzeado que, em tempos, era representativo de camadas sociais mais empobrecidas, ligado ao trabalho feito de sol a sol. Embora os benefícios da água tenham sido redescobertos no século XVIII, a Revolução Industrial fez do banho uma prática comum — em 1850, em França, a aristocracia descobria o gosto pela natação e pelas praias da Normandia, e no final do século XIX, agora em Portugal, crescia o gosto pela beira-mar, tal como salienta Elsa Mangas Ferraz do Museu Nacional do Traje.

São realidades que fazem surgir um “tipo específico de traje de banho” feito em tecido de lã e que podia ser composto por seis peças: das calças à camisa larga e comprida, com cinto, touca, meias e até sapatos, cujo principal objetivo era ocultar o corpo. Por esta altura, esclarece Dina Dimas, também ela conservadora no museu, o bronzeado ainda não era apreciado mas isso muda quando o tom tisnado da pele começa a ser associado a viagens — o gosto pelo bronze também é impulsionado por Coco Chanel nos anos 20, incentivando as mulheres a desnudar partes do corpo, como braços, pernas e ombros. À medida que a moda de banho se vai impondo, também os fatos de banho se vão reduzindo, surgindo materiais sintéticos e artificiais que permitem que os mesmos se moldem ao corpo e fiquem secos mais depressa.

Bikini At The Molitor Swimming Pool, 1946.

Micheline Bernardini exibe, em 1946, o primeiro biquíni, criado pelo estilista Louis Reard (© Keystone-France / Gamma-Keystone via Getty Images)

Antes do monoquíni e da tendência do topless invadir as praias, o biquíni fazia história — primeiro pelas mãos do costureiro francês Jacques Heim, cujo modelo de duas peças separadas incluía cuecas altas de cintura subida que tapavam o umbigo; anos mais tarde lança o “Atome” (átomo), anunciado como o “fato de banho mais pequeno do mundo”. É, no entanto, Louis Réard, dono de uma boutique de lingerie em Paris, a quem se deve a criação daquilo que hoje é considerado o biquíni, ao reduzir a parte inferior a “dois simples triângulos de tecido unidos por finos cordões fazendo com que a mulher exibisse o umbigo, os quadris e as nádegas”, escreve Elsa Mangas Ferraz a propósito da exposição “Vamos a banhos! – Breve história dos trajes de banho”. A peça revolucionária deve o seu nome ao Atol de Bikini, nas Ilhas Marshall, onde dias antes tinham sido feitos ensaios nucleares.

É só na década de 60 que surge o monoquíni. Mais uma vez a criação, em 1964, parte de um homem. O designer Rudi Gernreich adapta a parte inferior do fato de banho transformando-o numa só peça, permitindo o topless: a metade inferior era relativamente coberta, com fios que se alongavam até ao redor do pescoço deixando os seios totalmente expostos. A criação foi pensada para a revista Look, depois de Gernreich ter dito à publicação Women’s Wear Daily, em 1962, que os seios estariam a descoberto dali a cinco anos. Conta o Los Angeles Times, Gernreich, que morreu em 1985, chegou a ser “denunciado pelo Vaticano, pelo Kremlin e por muitos clérigos americanos. Recebeu centenas de cartas, muitas com ameaças de violência”. Já a Vanity Fair escreve que o Papa Paulo VI (1897-1978) baniu os católicos de usar o monoquíni. Certo é que a peça concedeu-lhe fama mundial.

Para Maria João Mota Veiga, professora de História da Moda da Escola de Moda de Lisboa, peças de roupa como a minissaia e o próprio biquíni, cujo uso vulgariza-se na década de 60, estão mais relacionadas com a vontade em mostrar o corpo do que o monoquíni que não teve a mesma projeção ao nível da moda de praia, embora abra, é certo, as portas ao topless no sul de França. Uma tendência que demora a chegar em Portugal, à data ainda sob as restrições do Estado Novo. “Essa adesão só foi possível a partir do 25 de abril. Ainda assim, penso que ela demorou mais tempo a chegar.” Do ponto de vista da moda — e um dos motivos para a eventual falência do topless — há o inconveniente do monoquíni em não permitir tanta inovação. “A moda é criar e inovar e o biquíni permite muito mais criatividade, é por isso que as mulheres voltaram a aderir a esta peça.”

Swimwear! O biquíni é muito mais do que um biquíni

Todas as pessoas entrevistadas para este trabalho fazem a mesma observação empírica: também em Portugal o topless estará a perder o fôlego. Maria João Mota Veiga aponta essencialmente o dedo ao mercado de roupa de praia que se tornou bastante mais relevante no país e que encontra maior criatividade nas duas peças do biquíni. O boom incrível, diz, aconteceu nos últimos cinco a seis anos, com diferentes marcas a surgirem, uma realidade bastante distinta daquela de há 10 anos, quando os biquínis brasileiros eram escolha frequente — prova disso são os chinelos Havaianas que também serão presença assídua nos armários nacionais. “Acho que tem que ver com o facto de a praia ser um destino para os portugueses. Não é só roupa de praia, são os acessórios — as almofadas, os panos, as toalhas — tem que ver com os nossos hábitos e vivências.”

Fundadoras da Cantê

ANDRÉ DIAS NOBRE / OBSERVADOR

Há 10 anos a marca Cantê, que abriu caminho para dezenas de outras etiquetas nacionais de swimwear, surgia no mercado para ser precisamente uma alternativa aos biquínis brasileiros. Ao Observador, Rita Soares e Mariana Delgado comentam como a indústria da moda de praia em Portugal tem ganhado cada vez mais espaço e permitido que a mulher se sinta cada vez mais à vontade no areal e com menos preconceitos, mesmo que em causa não esteja um corpo escultural. Mas ao invés de quererem mostrar mais, o foco tende a ser outro. “As pessoas gostam de mostrar o biquíni”, dizem, referindo que a peça já representa um nível de investimento diferente — afinal, há biquínis com estrutura e boa construção capazes de custar tanto como um bom sutiã e respetiva cueca.

Há dez anos todas nós vibrávamos com os biquínis brasileiros. Quando Mariana e eu acabámos o curso não existia uma marca portuguesa. Quando algo começa a parecer que tem sucesso, começa a contagiar tudo o que está à sua volta. Isso faz de nós mais exigentes. O facto de haver mais marcas faz com que haja mais pessoas a falar de swimwear, mas só vinga quem tem qualidade. Há muitas marcas a aparecer mas também há muitas a desaparecer, algumas delas não conseguem dar o salto”, diz Rita Soares.

As fundadoras da Cantê notam também a constante preocupação por parte de algumas clientes para que os materiais não sejam transparentes. “Existe esse pudor em relação à roupa de praia. Existe uma cultura de a mulher se aceitar mais e de estar mais à vontade, mas depois, culturalmente, a vontade de mostrar mais ou menos o corpo depende dos locais onde se está.” Entre as clientes há, no entanto, de tudo um pouco: se ao início diziam que os biquínis da marca eram muito pequenos no rabo, atualmente é o contrário. “Acho que existe um grupo de mulheres a explorar mais diferentes formatos de biquínis, mas ainda temos uma franja grande de mulheres que é bastante conservadora”, esclarecem.

Inês Basek, da Dama de Copas, é perentória: às marcas não interessa muito vender só a parte de baixo e, atualmente, um biquíni é todo um outfit. Ao mesmo tempo que cresce a diversidade na roupa de praia, também o conforto na areia e no mar é preocupação de quem vende, até porque no lado oposto do topless pode estar quem não se sente à vontade com o próprio corpo: “Há mulheres que evitam ir à praia porque têm problemas com o peito, com o corpo — um bom fato de banho ou biquíni que dissimule o tamanho do peito ou que o sustente ajuda… há clientes que às vezes choram no provador”.

Pamela Anderson

Pamela Anderson, nos anos 90, ajudou a popularizar o uso do fato de banho (© Kypros/Getty Images)

Não é por acaso que se assiste ao ressurgimento do fato de banho. Para as fundadoras da Cantê esta sempre foi uma peça que se vendeu bem, com Rita e Mariana a reconheceram também que de há cinco anos para cá contam com mais versões no portefólio. Além de os fatos de banho tornarem corpos mais elegantes, se bem escolhidos, a dupla assinala a versatilidade da peça que já não mora apenas na areia e debaixo do sol, fazendo também as vezes de body ao ser usado com peças de roupa como calças, calções e saias, por exemplo.

Na Cantê não se vendem monoquínis em si, embora haja uma linha basic que permite a compra das peças em separado. E o que é que isso nos faz lembrar? Os tempos em que era moda misturar partes de cima e de baixo desiguais, numa procura incessante pela variedade. “Ainda há pessoas que fazem isso, mas a grande maioria compra a parte de cima igual à de baixo.”

A socióloga Ana Oliveira concorda com o fator moda no desuso do topless: “Acho que há varias ordens de razão que contribuem para mudanças das práticas, uma delas será a área da moda ligado ao consumismo. A indústria da moda balnear é tão variável e colorida que despedir pode ser encarado como uma oportunidade perdida”.

Topless e feminismo? “Um aparente paradoxo”

Adriana Bebiano, de 60 anos, já deu por si a comentar com o marido como as únicas pessoas que vê a fazerem topless na praia são turistas da sua geração — mulheres mais jovens são poucas. Ela que começou a despir a parte de cima do biquíni em 1974, ano de revolução, juntamente com as amigas à época. Nos anos 80, diz, “fazíamos topless com toda a tranquilidade: andávamos nas praias mistas e falávamos com homens em topless, com pessoas de todas as idades. Era algo muito aceite”. A diretora do doutoramento em Estudos Feministas na Universidade de Coimbra não sabe precisar quando começou a existir uma mudança de comportamento.

Clara também se recorda da mãe e das amigas fazerem topless na praia, ela que aos 25 anos se diz adepta da prática, sobretudo depois de influenciada por uma amiga originária dos Países Baixos. Diz que é tudo uma questão de estar à vontade com o próprio corpo mesmo não adorando o peito: a vontade em desligar-se dos complexos foi meio caminho andando para se deixar levar.

Beach People

Moment Editorial/Getty Images

Embora para ela seja cada vez mais normal fazer topless, admite que sente a estranheza alheia, daí que escolha praias com poucas pessoas ou de difícil acesso. Também recorda olhares incómodos e mesmo hoje não consegue dizer que está 100% confortável: se vai à agua opta por vestir a parte de cima e se está sozinha tenta rodear-se de outras mulheres. “Lembro-me de estar numa praia e um miúdo pequeno perguntar à mãe porque estava tanta gente sem a parte de cima do biquíni. A mãe remeteu para a questão do bronze, nunca ninguém reflete sobre os homens também estarem em topless”, lamenta.

Se mostrar o peito está de certa forma conotado com a libertação do corpo feminino, o que dizer do possível declínio da prática? Adriana Bebiano não tem dúvidas e fala num “aparente paradoxo”, ao não ligar o topless exclusivamente às questões feministas, mas sim às culturas juvenis dos anos 60 provenientes de França, dos EUA e também do Reino Unido — “É a cultura juvenil dos sixties que só chega a Portugal nos anos 70”.

A explicação passa pelo facto de os movimentos feministas à época apostarem sobretudo nas reivindicações de questões sociais. O corpo não tinha a relevância que tem hoje, embora a sua importância seja atualmente “transnacional”. Por esse motivo, “diria que existe um aparente paradoxo entre um maior despudor das mulheres jovens em relação ao corpo por comparação com as gerações anteriores e a não prática do topless”.

Se o biquíni, em termos de imagem, “contribuiu para o assumir a visibilidade do corpo das mulheres” e tornou-se à posteriori “um ícone da libertação do corpo feminino”, o monoquíni não terá o mesmo peso na história, diz Adriana Bebiano. “O topless esteve sempre mais circunscrito do que quem usava biquíni”, apesar de ser mais vulgar em Portugal nos anos 80.

É precisamente essa década, destaca a professora de História da Moda, que existe uma grande difusão do nu integral em anúncios, seja de perfumes ou até de protetores solares. “Agora [a nudez] é tão comum que não tem interesse nenhum. Na altura era novidade. Agora é banal e isso pode ser um dos motivos porque não se faz tanto topless.”

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