771kWh poupados com a
i

A opção Dark Mode permite-lhe poupar até 30% de bateria.

Reduza a sua pegada ecológica.
Saiba mais

Mapa de novos casos na Europa a 19 de outubro de 2021
i

A Letónia é o país com maior taxa de infeção em Portugal e no mundo

Our World in Data

A Letónia é o país com maior taxa de infeção em Portugal e no mundo

Our World in Data

Reino Unido tem mais casos e Letónia a maior taxa de infeção: pandemia acelera na Europa, 5 gráficos para ver como

Há países europeus com a pandemia sob controlo, mas outros que têm visto crescer o número diário de casos e mortes. Tendência na Europa também é de subida acentuada. Taxa de vacinação continua baixa.

O Reino Unido não registava tantos novos casos de infeção com SARS-CoV-2 desde meados de julho. Há vários dias que a Rússia ultrapassa diariamente o máximo de novos casos de infeção e mortes com Covid-19. O aumento de casos na Letónia levou ao encerramento de escolas e restaurantes por um mês.

As notícias são recentes e marcam um novo aumento dos casos de infeção na Europa. Curiosamente, a região sul parece ser aquela com melhores resultados neste momento, conforme mostram os dados e gráficos da plataforma Our World in Data.

Primeiro, a pandemia afetou mais os países da União Europeia. Agora, é o resto da Europa

A tendência é clara: desde meados de setembro, há um crescimento acentuado no número de novos casos de infeção na Europa — na União Europeia começou um pouco mais tarde e é menos acentuado, mas o crescimento também é evidente.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

Muda uma coisa, no entanto. Se, nas quatro primeiras vagas (março-abril e novembro de 2020 e janeiro e março-abril de 2021), a União Europeia tinha mais novos casos por milhão de habitantes do que a Europa, em termos gerais, agora, os países europeus no global seguem com uma diferença de cerca de 75 casos por milhão de habitantes diariamente.

[Comparação entre o total dos países da Europa com os 27 Estados-membros da União Europeia. Casos diários (média a sete dias) por milhão de habitantes desde o início da pandemia.]

A média de mortes em cada dia também tem vindo a crescer desde meados de julho, tanto na União Europeia como no continente europeu, embora não de forma tão abrupta como durante a vaga de novembro de 2020. Mais uma vez, se a União Europeia tinha mais mortes por milhão de habitantes nas primeiras vagas, agora é o global europeu que segue à frente do grupo dos 27 — mais de duas mil mortes diárias desde a segunda semana de outubro.

Parte da diferença pode estar na taxa de vacinação: a União Europeia tem cerca de 64% da população totalmente vacinada, enquanto no geral do continente europeu esse valor desce para os 54%.

Cinco países com 20% (ou menos) da população vacinada

A taxa de vacinação é, certamente, um dos fatores a ter em consideração. A Bulgária, fruto da desconfiança no governo e autoridades públicas, é um dos países com mais baixa taxa de vacinação da Europa — pouco mais de 20% da população está totalmente vacinada. Ucrânia, Bósnia e Herzegovina e Bielorússia têm todas menos de 20% da população vacinada e a Moldávia (como a Bulgária) está apenas ligeiramente acima.

[Percentagem de pessoas que, em cada país da Europa, já completaram o esquema de vacinação contra a Covid-19.]

No extremo oposto estão países como Portugal, Espanha e Islândia que têm, respetivamente, 88, 81 e 82 por cento da população totalmente vacinada contra a Covid-19. Os países europeus que mais doses administraram até ao momento foram a Alemanha, Rússia e França — respetivamente, 110, 99 e 97 milhões de doses, que correspondem a 68, 35 e 75% da população vacinada.

[Número diário de novas infeções (média a sete dias) por milhão de habitantes, nos países europeus.]

Na Bulgária, os casos de infeção diários estão a subir desde meados de julho e já ultrapassaram os 3.000 (média a sete dias), aproximando-se dos valores máximos registados nas vagas de novembro de 2020 e março de 2021 (inferiores a 3.700). O número de mortes com Covid-19 também acompanha o crescimento dos casos, desde final de julho, e está quase numa média de 100 por dia.

Letónia é o país com maior taxa de infeção no mundo

Ainda assim, a Bulgária, com uma média diária de 440 casos por milhão de habitantes (média a sete dias), não é dos piores casos da Europa, nem tão pouco dos Balcãs. Na península, é a Sérvia que tem a incidência de novos casos mais alta — uma média de quase 920 por milhão de habitantes —, seguida da Roménia, com quase 760. Mais a norte, Estónia e Lituânia aproximam-se dos 900 casos diários por milhão de habitantes e até o Reino Unido está neste grupo, com uma média de 640 casos.

[Evolução da média diária de casos de infeção na Letónia desde o início da pandemia. Gráfico da evolução da média a sete dias.]

O pior registo em termos de casos, no entanto, vai para a Letónia, que já ultrapassou os dois mil casos diários — o dobro do máximo das vagas anteriores —, mais de 1.100 por milhão de habitantes. O governo decidiu fechar escolas, restaurantes e espaços de lazer e impor recolher obrigatório durante um mês, até 15 de novembro.

Cerca de 79% dos novos casos acontecem em pessoas não vacinadas ou parcialmente vacinadas, os internamentos subiram 56% na última semana e os casos graves registaram um aumento de 62,8%. De notar também que cerca de 20% da população tem mais de 65 anos (em Portugal são 21,5%).

“A Letónia é o número 1 na taxa de infeção a nível mundial.”
Daniels Pavluts, ministro da Saúde da Letónia

Chipre e Áustria com maior taxa de positividade nos testes de diagnóstico

Em termos absolutos, o Reino Unido, que na segunda-feira chegou quase aos 50.000 novos casos, é o país europeu com maior número de novas infeções (quer no dia 18 quer na média a sete dias). Esta segunda-feira, houve ainda outros países com contagens altas: Ucrânia e Roménia acima dos 10.000, Bélgica com mais de 9.000 e Alemanha com mais de 6.500 (que sobe para mais de 9.300 quando se considera a média a sete dias).

Mas há outros países que, mesmo com números de infeções ainda baixos, denotam a tendência crescente, como os Países Baixos. Apesar da média de 3.500 casos diários (a sete dias), os Países Baixos têm vindo a crescer nas últimas duas semanas — só na última semana cresceu cerca de 50% em relação à semana anterior. Outros exemplos são a Bélgica, República Checa e Polónia — todos eles no centro da Europa —, que também estão a crescer mais de 50% em relação à semana anterior.

[Evolução no número de novos casos, por milhão de habitantes, em seis países no centro da Europa desde 1 de outubro. Gráfico da evolução da média a sete dias.] 

A Áustria, por sua vez, é o segundo país da Europa com mais casos de infeção detetados por mil testes feitos — mais de 35 por dia —, ultrapassada pelo Chipre (com 57 casos por cada 1.000) e seguida pela Grécia (com quase 18 casos por cada mil testes). Para comparação, Portugal deteta cerca de cinco casos por cada 1.000 testes realizados.

Em número de mortes, a Rússia apresenta os valores mais altos em termos totais (estando perto de mil por dia). A taxa por milhão de habitantes é, no entanto, mais baixa — perto de sete na média da última semana, num país que tem quase 145 milhões de habitantes. No grupo dos países com mais mortes diárias (média a sete dias) estão a Roménia com 18, a Bulgária com 14 e a Lituânia com 11 — que representam em termos absolutos 345, 96 e 30 mortes diárias (em média), respetivamente.

A Bósnia e Herzegovina é, neste momento, o país europeu com a maior taxa de letalidade (na relação dos mortos com Covid-19 entre os infetados com o coronavírus), com 4,6%, seguido da Bulgária (4,12%) e da Hungria (3,63%).

Assine o Observador a partir de 0,18€/ dia

Não é só para chegar ao fim deste artigo:

  • Leitura sem limites, em qualquer dispositivo
  • Menos publicidade
  • Desconto na Academia Observador
  • Desconto na revista best-of
  • Newsletter exclusiva
  • Conversas com jornalistas exclusivas
  • Oferta de artigos
  • Participação nos comentários

Apoie agora o jornalismo independente

Ver oferta

Oferta limitada

Apoio ao cliente | Já é assinante? Faça logout e inicie sessão na conta com a qual tem uma assinatura

Ofereça este artigo a um amigo

Enquanto assinante, tem para partilhar este mês.

A enviar artigo...

Artigo oferecido com sucesso

Ainda tem para partilhar este mês.

O seu amigo vai receber, nos próximos minutos, um e-mail com uma ligação para ler este artigo gratuitamente.

Ofereça artigos por mês ao ser assinante do Observador

Partilhe os seus artigos preferidos com os seus amigos.
Quem recebe só precisa de iniciar a sessão na conta Observador e poderá ler o artigo, mesmo que não seja assinante.

Este artigo foi-lhe oferecido pelo nosso assinante . Assine o Observador hoje, e tenha acesso ilimitado a todo o nosso conteúdo. Veja aqui as suas opções.

Atingiu o limite de artigos que pode oferecer

Já ofereceu artigos este mês.
A partir de 1 de poderá oferecer mais artigos aos seus amigos.

Aconteceu um erro

Por favor tente mais tarde.

Atenção

Para ler este artigo grátis, registe-se gratuitamente no Observador com o mesmo email com o qual recebeu esta oferta.

Caso já tenha uma conta, faça login aqui.

Vivemos tempos interessantes e importantes

Se 1% dos nossos leitores assinasse o Observador, conseguiríamos aumentar ainda mais nosso investimento no escrutínio dos poderes públicos e na capacidade de explicarmos todas as crises – as nacionais e as internacionais. Hoje como nunca é essencial apoiar o jornalismo independente para estar bem informado. Torne-se assinante a partir de 0,18€/ dia.
Torne-se assinante a partir de 0,18€/ dia.

Ver planos