Após as eleições presidenciais norte-americanas, surgiram várias publicações nas redes sociais a indicar que a cantora Beyoncé cancelou todos os concertos que tinha planeado em “estados vermelhos”, isto é, aqueles que votaram no Partido Republicano e em Donald Trump.

A artiata norte-americana terá alegadamente tomado a decisão por causa da vitória de Donald Trump. Durante a campanha, Beyoncé fez campanha ao lado de Kamala Harris e chegou a discursar durante um evento. Além disso, a candidata presidencial democrata usava mesmo a música Freedom, da cantora, para entrar em comícios partidários.

“Beyoncé anunciou uma decisão corajosa, declarando que não vai atuar em alguns estados vermelhos. Este boicote inesperado surpreendeu os fãs e gerou um debate intenso em todo o país”, lê-se numa das publicações.

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Estes posts surgem, no entanto, num momento em que Beyoncé não tem qualquer digressão planeada — nem nos Estados Unidos, nem na Europa.

O rumor de que Beyoncé tinha boicotado concertos em estados republicanos surgiu inicialmente no portal SpaceXMania, que escreveu que a cantora “fez uma publicação no Instagram com uma mensagem que causou celebrações e desapontamento” e em que anuncia “que não pode fazer concertos em estados que votaram em líderes que não apoiam a igualdade e a unidade”.

Porém, essa publicação no Instagram nunca existiu. E o site SpaceXMania é satírico. Na descrição do site, lê-se que é a principal fonte para “notícias parodiadas e comentários hilariantes satíricos”. “Queremos enfatizar que nada neste site é real.”

Conclusão

Apesar de Beyoncé ter participado na campanha de Kamala Harris, não é verdade que a cantora norte-americana tenha cancelado os concertos em estados que votam tipicamente no Partido Republicano. O rumor partiu de um site satírico. 

Assim, de acordo com o sistema de classificação do Observador, este conteúdo é:

ERRADO

No sistema de classificação do Facebook, este conteúdo é:

FALSO: As principais alegações do conteúdo são factualmente imprecisas. Geralmente, esta opção corresponde às classificações “falso” ou “maioritariamente falso” nos sites de verificadores de factos.

NOTA: este conteúdo foi selecionado pelo Observador no âmbito de uma parceria de fact checking com o Facebook.

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