Momentos-chave
Histórico de atualizações
  • Boa noite,

    ficamos por aqui em mais um liveblog de acompanhamento das Legislativas. Regressamos dentro de poucas horas num dia em que mais de 300 mil pessoas se inscreveram para votar antecipadamente.

    Obrigado por ter estado desse lado.

  • André Ventura diz que "toda a narrativa política, da esquerda à direita, passa pelo pelo Chega"

    André Ventura começou o discurso no maior jantar-comício da campanha, na Alfândega do Porto, a dizer que este é “um dos distritos que mais preza a liberdade”, num círculo eleitoral em que o Chega tem tido muita dificuldade nos últimos atos eleitorais e uma das maiores apostas da campanha eleitoral.

    A mensagem que o líder do Chega levou à Invicta era para fora daquelas quatro paredes e dirigida a quem vê no Chega uma “voz incómoda”.

    “Todo o diálogo e toda a narrativa política, da esquerda à direita, passa pelo pelo Chega. A questão é se o Chega vai governar, se vai fazer maioria, a posição que os partidos tomam já não é se são de esquerda ou de direita, é se vão governar ou não com o Chega”, afirmou o presidente do Chega, dando a certeza de que o partido vai ficar “em terceiro” no dia 30 de janeiro.

    A todos os que, na voz de Ventura, tentam “silenciar ou humilhar” o Chega, os que chamam “fascistas, extremistas, radicais” ou “herdeiro de Salazar”, o líder do Chega tem uma mensagem: “Enquanto nos chamam extremistas há um país que se destrói às mãos da corrupção socialista”.

    Numa sala que, ao contrário dos últimos comícios não é de casamentos, André Ventura não está para estender a mão ao amor: “Não nos perdemos em alianças, perdidos de casamento ou de namoro”, garantiu, preferindo focar-se em algumas das bandeiras da campanha: os impostos do combustível, a dúvida pública portuguesa e a auditoria aos gastos do PS nos últimos anos de governação.

    Sobre esse tema, ainda um desabafo: “Lamento muito que nenhum partido à direita de aceitar o desafio. Que medo tem PSD, CDS e IL de fazer auditoria aos gastos do PS?”

  • TAP: Ventura chama "incompetente" a Pedro Nuno Santos e recusa "privatização selvagem à moda da IL"

    André Ventura chamou Pedro Nuno Santos de “incompetente” pela forma como geriu o dossiê da TAP e por não ter sido “estabelecido um calendário a partir do qual a TAP tem de devolver o dinheiro ao Estado”. Na opinião do líder do Chega, a companhia aérea portuguesa devia seguir o exemplo da Lufthansa, que “recebeu dinheiro do Estado alemão mas já o devolveu”.

    À chegada ao jantar-comício na Alfândega do Porto, Ventura sublinhou que o Chega já disse que “não aceitaria uma destruição total da TAP nem uma privatização selvagem à moda da IL”.

    “Queremos uma TAP que sirva os portugueses , mas vamos exigir que essa TAP não sirva só Lisboa, que sirva o Porto, Faro e as rotas nacionais estratégicas”, disse.

    Sobre as sondagens, Ventura referiu que o Chega está numa “posição confortável” no terceiro lugar e admitiu que irá pedir um “sinal de confiança” ao Porto para que também neste círculo — muito difícil para o partido — o Chega consiga um terceiro lugar.

  • Rio ultrapassa Costa pela primeira vez numa sondagem e direita coligada supera esquerda

    A tendência das últimas sondagens vinha dando como certo uma aproximação entre PS e PSD. No entanto, pela primeira vez, a tendência inverteu-se e os sociais-democratas ultrapassaram os socialistas e estão já a um ponto de diferença. Como um todo, a direita também ganha força e poderá compor uma alternativa à governação, ultrapassando a esquerda.

    Segundo a tracking poll da CNN Portugal divulgada hoje, Rui Rio ganharia as eleições com 34,5%, enquanto António Costa não ia além dos 33,5%.

    O Chega consolida-se como terceira força política com 6,5%. No quarto e quinto lugar, regista-se um empate entre BE e IL — ambos os partidos obtêm 5,7%. Seguia-se a CDU (4,7%), o PAN (1,6%), o Livre (1,2%) e o CDS-PP (0,8%).

    Também pela primeira vez a direita coligada consegue ultrapassar a esquerda. Se PSD, Chega, IL e CDS se agruparem obtêm 47,5%. Já do outro lado, mesmo que se tenha em consideração o PAN, a esquerda não supera os 46,7%.

    Esta sondagem foi realizada entre 18 e 21 de janeiro e contou com 152 respostas.

  • Mais um dia sem pedidos de maioria absoluta. E uma tarde em que "até o microfone se assustou" com o diabo

    Os socialistas vão garantindo confiança, mas este é o terceiro dia em que não se fala em maioria absoluta, quando ela já parecia ter desconfinado de vez no PS, depois de Costa ter desafiado os socialistas a pedirem-na sem medos, na madeira. O segundo em que Costa nem sequer pede maioria. E o sétimo, num total de sete, em que se dedica inteiramente a atacar Rui Rio. Ao ponto de até deitar um mircrofone abaixo.

    De manhã em Leiria quando tinha sido confrontado com a falta desse pedido expresso, respondeu que “sobre governabilidade está tudo dito”. E à noite em Viseu, nem uma palavra sobre o assunto. EM vez disso, Costa centra todas as intervenções em Rui Rio e no seu PSD.

    Campanhas para as eleições legislativas de 2022: Comício em Viseu do candidato pelo Partido Socialista, António Costa, secretário-geral do PS e candidato a primeiro-ministro. As eleições legislativas realizam-se no próximo dia 30 de janeiro de 2022. Viseu, 22 de janeiro de 2022. JOÃO PORFÍRIO/OBSERVADOR

    JOÃO PORFÍRIO/OBSERVADOR

    A dada altura do discurso do comício de Viseu, esta tarde, o líder do PS ia tão entusiasmado nas palavras e na enumeração das diferenças face ao PSD e do seu sistema misto de Segurança Social que deu um safanão num dos microfones. A sala deu um salto com o estrondo que se ouviu nas colunas e Costa soltou um “eh lááááááááá!” “Pois é ate o microfone se assustou com esta imagem do diabo”.

    É essa a imagem que tenta recuperar, do PSD e do país de 2015, de quando assumiu funções e Passos Coelho apontava ao despesismo que dizia histórico nos governos PS quando o confrontou em eleições. “Apelo à memória de 2015”, diz agora Costa apontando “a taxa de desemprego de 12,8%. Hoje, mesmo depois de estarmos a atravessar uma pandemia brutal, já está nos 6,4%”.

    Campanhas para as eleições legislativas de 2022: Comício em Viseu do candidato pelo Partido Socialista, António Costa, secretário-geral do PS e candidato a primeiro-ministro. As eleições legislativas realizam-se no próximo dia 30 de janeiro de 2022. Viseu, 22 de janeiro de 2022. JOÃO PORFÍRIO/OBSERVADOR

    JOÃO PORFÍRIO/OBSERVADOR

    Ao exemplo juntou o do crescimento e ainda do aumento de rendimentos, nomeadamente do salário mínimo nacional que “nos quatro anos de governação do PSD e do CDS subiu 20 euros. Só este ano subiu o dobro”.

    “O PSD diz hoje o mesmo do que dizia e fazia quando foi Governo”, argumentou numa colagem total que já tinha sido ensaiada na Madeira.

    “Diabo” voltou na Madeira e o PRR também (Costa não tira a gravata de primeiro-ministro)

    Antes dele tinha falado o líder do PS-Viseu, João Azevedo, que também entrou nesta frente de ataque, embora tenha estado mais empenhado na sua recandidatura às autárquicas de 2025, que anunciou em palco, a uma distância de quatro anos. Lembrou o seu pai político, Jorge Coelho, no apelo ao voto no PS e no “montanhista, um ciclista de montanha” que é António Costa.

    Campanhas para as eleições legislativas de 2022: Comício em Viseu do candidato pelo Partido Socialista, António Costa, secretário-geral do PS e candidato a primeiro-ministro. As eleições legislativas realizam-se no próximo dia 30 de janeiro de 2022. Viseu, 22 de janeiro de 2022. JOÃO PORFÍRIO/OBSERVADOR

    JOÃO PORFÍRIO/OBSERVADOR

  • Cotrim insiste no combate ao voto útil e diz que voto em Rio "pode eventualmente ir dar ao Costa"

    O país precisa da Iniciativa Liberal, diz Cotrim no primeiro comício de campanha do partido. “É o voto verdadeiramente útil porque um voto na IL nunca irá dar ao Costa. Um voto dado ao Rio pode eventualmente ir dar ao Costa.

    “O voto na IL é verdadeiramente útil porque quem vota em nós vota numa alternativa e não uma alternância nos mesmos partidos de sempre. Querem diferente, não votem igual — votem na Iniciativa Liberal”, pede.

    “O voto na IL é o voto mais útil: só nós trazemos o nível de exigência, de independência, determinação, coragem, frescura e energia que os partidos do sistema já perderam, ao mesmo tempo que perderam o ímpeto reformista que já tiveram”, acrescenta.

    No discurso, Cotrim deixou várias críticas a António Costa. Disse, desde logo, que se fosse treinador de futebol “estava a prestes a ser despedido” porque Portugal “desceu de divisão” na Europa. Apontou: “No dia 30 de janeiro está na hora de mudar de Governo. Podemos estar a pouco mais de 6 dias de acabar com 6 anos de geringonça, que durou enquanto se tratava de reverter e destruir o que estava feito, mas nunca serviu para dar uma ideia construtiva de país”.

    Após seis anos de geringonça, Cotrim vê “um primeiro-ministro cansado, sem chama, sem energia, que recorre à mistificação e à mentira como se viu na campanha eleitoral”. Fala dos fact-checkings do Polígrafo para sustentar a tese de que Costa ” disputa o primeiro lugar com outros afamados aldrabões”, referindo-se a André Ventura.

    Alguns dos pontos mais aplaudidos foram aquando de críticas ao BE e PCP — promotores de ideias que “só produziram opressão, miséria e ditaduras inimigas das liberdades que nós liberais tanto prezamos”, diz Cotrim — e da defesa da privatização da TAP: “Comece o Estado por sair da TAP o mais depressa possível”.

    Cotrim aludiu ainda ao programa liberal em matéria de direitos e costumes: quer “um Portugal para todos”, independentemente “da cor de pele, da origem social, do nome de família”, e promete: “A Iniciativa Liberal estará sempre ao lado daqueles que lutam pelas liberdades e direitos humanos”.

    O discurso termina com a canção “People have the Power” (em português, “o poder é das pessoas”), de Patti Smith, e com a já famosa cadela Bala no palco. Já depois da saída de Cotrim ouve-se “I Want to Break Free” (em português, “quero libertar-me”) dos Queen.

  • Cigana trava Ventura para pedir não seja "tão racista", mas "mais humano". O voto segue para Costa

    “Já vai gostar mais dos ciganinhos, agora?” A pergunta surgiu no meio da arruada do Chega, em Braga, à chegada ao Rossio da cidade, e era dirigida ao próprio André Ventura, que ainda trocou umas palavras com Fátima Romero, a mulher que se dirigiu a Ventura, orgulhosamente cigana e defensora da comunidade, e que pede ao líder do Chega que seja uma “pessoa mais humana e que ajude quem precisa”.

    “Os ciganos são seres humanos como outra pessoa qualquer”, dizia, ao defender que “há ciganos doutores, médicos, na Segurança Social, atrás dos balcões, nas limpezas”.

    André Ventura insistia que não tem “nada contra” e que “não é racista”. “Só quero que os ciganos tenham de trabalhar como todos os outros, (…) têm de cumprir as regras que todos cumprem”, insistia o líder do Chega.

    “Todos trabalhamos como na sua etnia todos uns também trabalham e outros não trabalham”, respondia Fátima Romero, que não arredava pé. André Ventura não a deixou sem resposta: “Todos não trabalham. Alguns trabalham, uma grande parte não trabalha.”

    O líder do Chega prosseguia a arruada, enquanto os holofotes se viraram para Fátima. Tem 58 anos, explicou que não trabalha por “ser viúva”, mas “vende nas feiras e paga impostos”. E assegura que não recebe Rendimento Social de Inserção.

    “Queremos que o senhor André Ventura não seja tão racista, que ajude os ciganos porque a nossa etnia é como outra qualquer”, pedia Fátima Romero.

    Aos seus olhos, o líder do Chega é “racista” e, por isso, o voto no dia 30 está definido: “Agora vai tudo votar no Costa, sabia? O senhor Costa é que tem de ser o nosso primeiro-ministro.”

  • Cotrim: "Só há um partido em que é útil votar: a Iniciativa Liberal"

    “Só há verdadeiramente um partido em que é útil votar. Esse partido é a Iniciativa Liberal”, defende Cotrim.

  • Cotrim Figueiredo já discursa

    Cotrim Figueiredo já discursa e começa por dizer que é preciso “fixar três coisas para captar votos nesta última semana: Portugal precisa de crescer. Para crescer, Portugal precisa de mudar. E para crescer Portugal precisa da IL”.

  • Nuno Garoupa ataca o PSD: "Irá viabilizar António Costa se não ganhar as eleições. IL não viabiliza Governos de Costa"

    Um dos discursos mais aplaudidos deste arranque do primeiro comício da Iniciativa Liberal — e que motivou até gritos de “liberal!” na assistência — foi o de Nuno Garoupa, candidato pelo círculo Fora da Europa. Visa o voto útil e ataca diretamente o PSD:

    Quem não quer viabilizar António Costa tem o voto na IL, não é o voto no PSD. Esse é um voto para viabilizar António Costa. Não podemos deixar de insistir nisto”.

    Nuno Garoupa critica depois que “certa direita venha agora dizer que IL é que é a direita fofinha, pouca assumida, ou que tem programa igual ao do BE — não é, é mentira. Votar na IL é votar num partido que não viabiliza Governos de Costa e Governos de esquerda. O PSD assume se não ganhar eleições irá viabilizar António Costa”.

  • Cabeças de lista da IL pelo país discursam e falam de "liberdade de escolha nas escolas" e de PPP na Saúde

    O comício da IL começou com intervenções rápidas e à distância de cabeças de lista da Iniciativa Liberal pelo país — à exceção dos que não puderam estar presentes por agenda de campanha.

    Uma das mais aplaudidas foi Joana Cordeiro, cabeça de lista por Setúbal, que a IL sonha eleger deputada. Joana Cordeiro aproveitou para defender a “liberdade de escolha das escolas” por parte das famílias: “Na IL defendemos que todas as crianças devem ter ensino de qualidade independentemente do rendimento da família. E que as famílias possam escolher a escola que mais se enquadra nas suas preferências, seja privada, pública ou social”.

    Rui Rocha, outro dos cabeças de lista (por Braga) que a Iniciativa Liberal sonha eleger para o Parlamento, também já falou: “Aqui ao pé de mim temos o hospital de Braga. Era uma parceria público-privado até há bem pouco tempo. Uma decisão política decidiu reverter essa parceria e extingui-la”. Pede que a gestão na saúde seja feita com “racionalidade” e critérios de custo-benefício e “não com enviesamento político”.

  • Primeiro comício da campanha da Iniciativa Liberal quase a começar

    Está quase a começar em Lisboa o primeiro comício da campanha da Iniciativa Liberal, que contará com presença e discurso de João Cotrim Figueiredo — presidente do partido — e com intervenções remotas e mais breves dos cabeças de lista da IL pelo país.

  • Rui Rio: "Quando as pessoas são julgadas na praça pública, Portugal não é verdadeiramente democrático"

    Na sessão de esclarecimento que se seguiu ao concerto de Emanuel, desta vez dedicada à Justiça, Rui Rio fez uma breve síntese sobre o entendimento que tem do estado atual daquele setor.

    Para o líder social-democrata, há um problema evidente de “morosidade” dos processos fiscais e administrativos, ao qual se acresce uma cultura de violação permanente do segredo de justiça que é também um ataque permanente à democracia.

    “Os tribunais existem para julgar as pessoas segundo o direito e segundo uma forma justa e o que assistimos. Quando as pessoas são julgadas na praça pública, Portugal não é verdadeiramente democrático”, argumentou Rio.

    “Um país que se quer democrático não pode dizer que a Justiça está bem. As matérias que estão em segredo de justiça são divulgadas e cometem-se os crimes. Quem cometeu o crime de divulgar o que não devia divulgar fica impune”, lamentou.

    Esta cultura, continuou Rio, tem sido responsável por um enorme clima de suspeição sobre a classe política. “Há os que são corruptos? Há. Há os que são e ficam impunes? Há. Mas as pessoas não são todas iguais e há muita gente séria que anda na vida pública”, disse o líder social-democrata, chegando mesmo a argumentar que “em termos de eficácia” da Justiça “as coisas não melhoraram, antes pioraram”, desde o 25 de Abril.

    “Não vale a pena querer ganhar as eleições para depois ir para o Governo e não tratar dos verdadeiros problemas do país com receio dos obstáculos que possam surgir. Não sei se vamos conseguir, mas não vamos ficar de braços cruzados”, prometeu Rio.

    Antes, Rio voltou a criticar António Costa por centrar a campanha socialista na “deturpação” das propostas do PSD. Respondendo diretamente ao secretário-geral do PS, que sugeriu que o social-democrata nada faz a não ser andar na rua e acenar às pessoas, o social-democrata despachou. “Deve ter olhado para o espelho e viu o PS.”

    ELEIÇOES LEGISLATIVAS: Rui Rio, lider do Partido Social Democrata (PSD), durante uma sessão de esclarecimentos em Coimbra, com Salvador Malheiro, sobre o ambiente. As eleições legislativas realizam-se no próximo dia 30 de Janeiro. 21 de Janeiro de 2022, Coimbra TOMÁS SILVA/OBSERVADOR

    TOMÁS SILVA/OBSERVADOR

  • Emanuel lança Rui Rio: "No dia 30 vai chegar ao topo. E eu não sou um profeta"

    Depois de um pequeno concerto de 40 minutos, em Aveiro, o cantar Emanuel acabou por lançar Rui Rio.

    “No dia 30 vai chegar ao topo. E eu não sou um profeta. Fará se fosse”, despediu-se o músico, já depois de ter elogiado a “competência” e “seriedade” de Rui Rio.

    ELEIÇOES LEGISLATIVAS: Rui Rio, lider do Partido Social Democrata (PSD), inicia a sessão de esclarecimentos em Aveiro, com o cantor Emanuel. As eleições legislativas realizam-se no próximo dia 30 de Janeiro. 22 de Janeiro de 2022, Aveiro TOMÁS SILVA/OBSERVADOR

    TOMÁS SILVA/OBSERVADOR

  • Legislativas. Cidade universitária dividida por cores para evitar filas no voto antecipado

    Maioria das secções em Lisboa para voto antecipado em mobilidade para as legislativas concentrada na cidade universitária. Para evitar aglomerações no domingo, foi atribuída a cada faculdade uma cor.

    Legislativas. Cidade universitária dividida por cores para evitar filas no voto antecipado

  • Maria e José, o casal que tem aquilo que Rodrigues dos Santos quer ter: um "casamento" entre PSD e CDS

    É um casal que “em si mesmo é uma coligação”, resume Francisco Rodrigues dos Santos, que este sábado conheceu José e Maria do Céu em Caminha, Viana do Castelo. Um par que deseja “este casamento para a governação de Portugal”: entre PSD e CDS.

    Numa ação de campanha junto da população, Francisco Rodrigues dos Santos cumprimentou José Silva, 72 anos, que elogiou ao líder do CDS a campanha do partido, embora tenha deixado claro que não irá votar nos centristas. O voto será para Rui Rio, que tem “o que os outros não conseguem ter: a força da competência“. José Silva, que diz ter sido um “militante fundador do PSD” e amigo de Sá Carneiro, assume que gostava de ver Rio e Rodrigues dos Santos coligados porque “coligados com o CDS é coligados com Deus”.

    “Acho que o Francisco vai coligar-se com o Rui Rio, que é um homem sério. E julgo que vão fazer uma boa equipa. O CDS sempre fez uma boa equipa com o PSD e desta vez também o vai fazer, temos é de derrotar a extrema direita, são muito perigosos”, argumentou.

    Francisco Rodrigues dos Santos ainda fez uma piada, quando José Silva disse que a esposa simpatiza com o CDS. “Então vocês também são uma coligação!“, atirou, entre risos. “Nós em casa somos como vocês no futuro governo”, respondeu-lhe Maria do Céu. Rodrigues dos Santos aproveitou o repto: “Pode ter a certeza de uma coisa. Todos os votos que o CDS tiver, todos os deputados que eleger, é para termos uma coligação de direita”.

    O líder do CDS foi ainda questionado pelos jornalistas sobre o paradeiro de alguns dos antigos presidentes do partido, que não têm marcado presença nas ações de campanha. “Estão a fazer o seu trabalho, nem sempre aparecem nas TVs, trabalho de formiguinha, dentro dos seus círculos de proximidade.”

  • Emanuel junta-se à campanha de Rio

  • João Oliveira cola BE à direita e diz que voto na CDU "conta como nenhum outro à esquerda" para impedir crescimento da direita

    A primeira arruada — ou desfile como lhe chama a CDU — do período oficial da campanha ficou reservada para este sábado, em terra onde os comunistas prometera reconquistar a autarquia com Maria das Dores Meira, mas falharam há poucos meses.

    Numa tarde de sol e com o parque infantil ali ao lado bem preenchido, há quem comente para o lado que “João Oliveira sai do timbre e cadência própria que tanto o Ferreira como Jerónimo têm” e que isso “é bom”. Seguindo animados para casa, os camaradas que estiveram atentos ao comício foram ali ouvir João Oliveira (que foi apresentado como João Ferreira o que valeu uma gargalhada coletiva) encostar o Bloco de Esquerda à direita, com a viabilização do Orçamento do Estado Suplementar, e frisar que o voto na coligação “conta como nenhum outro à esquerda” para que a direita não cresça.

    Ainda que tenha perdido a autarquia, a implementação comunista é óbvia, o trabalho discursivo fica facilitado. “Ainda bem que aqui são vocês que puxam por mim”, comentou João Oliveira quando os camaradas de braço no ar gritavam pela CDU.

    Atentos à hipótese do bloco central e a tentar canalizar tantos votos quantos possível à esquerda para o evitar, João Oliveira vai avisando do “arranjinho” que António Costa prepara depois de ter aparentemente bloqueado qualquer entendimento com PCP ou BE: “Os arranjinhos com a mesma direita que dizem querer combater”.

    E como à esquerda do PS há vários partidos onde deixar a cruz, cabe a Oliveira em Almada capitalizá-los: “o voto na CDU conta como nenhum outro à esquerda”. Porquê? Lembra João Oliveira que os manuais escolares gratuitos e o passe social foram reivindicações “de 20 anos” que os comunistas não abandonaram e que vingaram.

    E se um cenário pós 30 de janeiro de ingovernabilidade assusta os portugueses, com o país a viver em duodécimos, João Oliveira aproveita a palavra de ouro desta campanha ‘estabilidade’: “A estabilidade está tanto mais próxima quanto mais força tiver a CDU”.

    Ainda que o comício tenha sido bastante participado, a caravana conta com mais uma baixa nos próximos dias: Paula Santos teve um contacto de alto risco e, apesar de ter testado negativo, está em isolamento profilático o que a fez falhar a intervenção prevista para este sábado.

  • O ataque de Catarina às "ideias extraordinárias" da direita (e, por arrasto, do PS) sobre precariedade e "lei da selva"

    Catarina Martins fechou o comício no Porto a atacar a direita — e o PS, embora sem ser pelo nome — a propósito da precariedade e das leis do trabalho, com uma promessa: “Onde a direita quer a lei da selva é a força do BE que vai defender quem trabalha”.

    Num discurso cheio de ataques duros, Catarina resumiu o tema destas eleições a dois pontos: “salário digno e carreira digna”. E disparou: “A mentira da direita de que o que falta aos mais jovens para não viverem com o coração nas mãos depende do mérito ou de ser um colaborador disponível é só isso: uma mentira para o abuso”.

    Campanhas para as eleições legislativas de 2022: Ação de campanha de Catarina Martins, candidato pelo Bloco de Esquerda a primeiro-ministro. Comício na Escola Carolina Michaelis com os candidatos José Soeiro e Isabel Pires. Porto, 22 de janeiro de 2022. FILIPE AMORIM/OBSERVADOR

    FILIPE AMORIM/OBSERVADOR

    Sobre a direita, atacou as “ideias extraordinárias” que têm surgido durante a campanha — “uma das principais é que tudo se resolve com baixa de impostos. Que nos adianta a nós mexer nos impostos se não mexemos nas regras?”. Mais: “A direita tentou convencer que a lei da selva se resolve, não é preciso estar a chatear as empresas com regras e inspeções, se se tiver mérito vai-se lá”.

    Mas em rigor os exemplos que deu também serviriam ao PS, que não chegou a acordo com a esquerda para mudar as leis laborais. E várias das propostas que Catarina Martins referiu constavam desse pacote: “O recibo verde é só uma forma de assaltar. Ninguém deu ainda uma boa razão para existirem empresas de trabalho temporário (…) Porque é que o período experimental há de ser três vezes mais longo do que em Espanha?”.

    Moral da história: “O que falta em Portugal não é nem a qualificação dos mais novos nem o mérito de quem trabalha, é a lei do trabalho e a inspeção que diga que os mais jovens não são carne de canhão”. Faltará um acordo com o PS para que isso se possa fazer — isto se os socialistas conseguirem voltar a formar Governo (passo um) e se aceitarem voltar a negociar com o BE (passo dois), hipótese que Costa tem rejeitado.

    Campanhas para as eleições legislativas de 2022: Ação de campanha de Catarina Martins, candidato pelo Bloco de Esquerda a primeiro-ministro. Comício na Escola Carolina Michaelis com os candidatos José Soeiro e Isabel Pires. Porto, 22 de janeiro de 2022. FILIPE AMORIM/OBSERVADOR

    FILIPE AMORIM/OBSERVADOR

  • Pedro Nuno ao lado de Costa: "Se Rio acha que eu sou um papão, só tem uma solução que é votar em António Costa"

    António Costa encontrou em Espinho (distrito de Aveiro), ao lado de Pedro Nuno Santos, a maior arruada desta campanha, até aqui. O socialista que se alinha paro o pós-costismo ouviu o líder reconhecer que é um “grande cabeça de lista — não só em altura — mas também politicamente. Eu gosto de trabalhar em equipa e de ter os melhores na minha equipa. Só dos que gosto de integrar, Há outros que é outro género, gostam mais de excluir”.

    Campanhas para as eleições legislativas de 2022: Arruada em Espinho do candidato pelo Partido Socialista, António Costa, secretário-geral do PS e candidato a primeiro-ministro. As eleições legislativas realizam-se no próximo dia 30 de janeiro de 2022. Espinho, 22 de janeiro de 2022. JOÃO PORFÍRIO/OBSERVADOR

    JOÃO PORFÍRIO/OBSERVADOR

    A tirada ia direta a Rui Rio (e ao processo de composição das listas às legislativas) e a seguinte também, quando o candidato socialista foi questionado sobre o “papão de Pedro Nuno” com que Rio tem acenado”. Costa disse que isso é “a história da carochinha” e que “o que é verdadeiramente um papão é o que seria o país governado por Rui Rio”.

    Pedro Nuno Santos, ao seu lado, confirmou o ataque ao PSD e disse que o que o partido de Rio promete é “uma travagem brusca na melhoria das condições de vida dos portugueses. E se o dr. Rui Rio acha que eu sou um papão, só tem uma solução que é votar em António Costa”. O líder do PS disparou com uma gargalhada.

    Já não riu com a pergunta seguinte, que foi sobre se Pedro Nuno Santos está a preparar o futuro. A resposta do socialista que quer ser líder foi: “Por Amor de Deus, estamos numa campanha muito importante com o melhor político português a candidatar-se a primeiro-ministro e o que temos de fazer é trabalhar por ter um grande resultado no dia 30”.

    Campanhas para as eleições legislativas de 2022: Arruada em Espinho do candidato pelo Partido Socialista, António Costa, secretário-geral do PS e candidato a primeiro-ministro. As eleições legislativas realizam-se no próximo dia 30 de janeiro de 2022. Espinho, 22 de janeiro de 2022. JOÃO PORFÍRIO/OBSERVADOR

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