O Presidente dos Estados Unidos disse esta terça-feira que Israel está a passar por desafios únicos no conflito contra o grupo Hamas.

(Israel) enfrentou um fardo que poucos países têm de enfrentar, um inimigo militar que diz ter um objetivo: a eliminação – usando o terror – de todo o Estado de Israel”, disse Joe Biden segundo a vice-secretária de imprensa Olivia Dalton.

In remarks tonight on the Middle East, President Biden says Israel “faced a burden that few.. countries have to face… a military enemy that says they have one goal: the elimination, the elimination – using terror – of the entire state of Israel…

— Olivia Dalton (@ODalton46) December 19, 2023

“O Hamas não se importa – absolutamente nada – com o facto de estudantes ou civis viverem ou morrerem. Eles também enfrentaram encargos adicionais: o Hamas mantém um número significativo de reféns, incluindo reféns americanos”, acrescentou o Presidente norte-americano.

A fechar, Joe Biden acrescentou que os EUA estão “a conversar com Israel” com vista à solução de dois Estados, procurando que “Israel desfrute de paz e relações normais com os vizinhos árabes”.

As autoridades cipriotas terão desmantelado um alegado plano iraniano para atacar empresários israelitas. Segundo o Times of Israel, que cita a AP, a operação, em conjunto com a Mossad, levou à detenção de dois requerentes de asilo iranianos que estariam em contacto com um outro ligado à Guarda Revolucionária Iraniana.

A prisão terá ocorrido antes da chegada de um esquadrão de homens que iria para o Chipre executar os assassinatos.

À AP, um responsável cipriota revelou que os dois iranianos estão detidos desde 3 de novembro, estando a decorrer o processo de deportação.

O hospital Al-Ahli Arab, um dos últimos ainda em atividade no norte de Gaza, deixou hoje de funcionar após um assalto pelo Exército israelita, anunciou o seu diretor.

O Exército israelita iniciou na segunda-feira o cerco a esta unidade hospitalar, prendeu diversos médicos, enfermeiros e feridos, e destruiu uma parte do complexo, afirmou à agência noticiosa AFP Fadel Naim, o diretor do estabelecimento.

“A intrusão do Exército de ocupação colocou o hospital fora de serviço. Não podemos receber doentes, nem feridos”, disse o diretor, acrescentando que quatro pessoas feridas na segunda-feira por disparos israelitas quando se encontravam no hospital morreram hoje.

“Vendaram-nos e amarraram-nos. Devido às cordas ficámos com feridas nas mãos. Ficámos amarrados durante mais de nove horas, ao frio”, declarou um enfermeiro, Mohamad Araj, após ter sido libertado.

“Torturaram que quiseram. Ouvíamos gritos quando tínhamos os olhos vendados. Não sabíamos o que nos ia acontecer, se seriamos mortos ou se iríamos sobreviver”, acrescentou. O Exército israelita não reagiu no imediato a estas alegações.

O Al-Ahli Arab, também conhecido por hospital Baptista, já tinha sido danificado por uma explosão no seu parque em 17 de outubro, que segundo as autoridades locais do Hamas provocou 400 mortos.

A ONU afirmou hoje na rede social X que “Gaza é de longe o lugar mais perigoso do mundo para se ser criança”, acrescentando que é “urgente” chegar-se a um cessar-fogo.

Gaza is by far the most dangerous place in the world to be a child.@UNICEF warns that without an urgent humanitarian ceasefire, more children will likely die from disease than from bombings and other hostilities. https://t.co/iWiIHYqWZL

— United Nations (@UN) December 19, 2023

O movimento islamita palestiniano Hamas advertiu hoje que recusará negociar a libertação de mais reféns enquanto Israel continuar a ofensiva militar na Faixa de Gaza.

Afirmamos a nossa posição de rejeitar categoricamente a manutenção de qualquer forma de negociações sobre a troca de prisioneiros enquanto a guerra genocida de Israel continuar”, sublinhou este movimento, em comunicado.

“No entanto, estamos abertos a qualquer iniciativa que contribua para acabar com a agressão contra o nosso povo e abrir as passagens para levar ajuda e alívio aos palestinianos”, acrescentou o Hamas, referindo-se à entrada de ajuda através das passagens fronteiriças para a Faixa de Gaza.

O Exército de Israel afirmou esta terça-feira ter encontrado durante a sua ofensiva terrestre à Faixa de Gaza cerca de 1500 túneis utilizados pelo grupo islamita Hamas.

Uma unidade de forças especiais do Exército israelita está encarregada de localizar e, em muitos casos, destruir estas passagens subterrâneas, segundo um comunicado militar.

As Forças de Defesa de Israel (FDI) disseram hoje que o Iron Dome, sistema de defesa israelita, intercetou seis mísseis disparados do Líbano, escreve o Times of Israel.

A FDI acrescenta ainda que se registou outro ataque aéreo contra uma instalação do Hezbollah no sul do país, como sinal de resposta ao ataque.

בהמשך להתרעה במרחב יפתח, לוחמי ההגנה האווירית יירטו בהצלחה שישה שיגורים משטח לבנון. דקות ספורות לאחר מכן, כלי טיס של חיל האוויר תקף בשטח לבנון את המשגר ואת חוליית המחבלים שביצעה את הירי>> pic.twitter.com/UCKxlF9IHM

— צבא ההגנה לישראל (@idfonline) December 19, 2023

A Defesa de Israel informou ainda que dois militares na reserva ficaram feridos na sequência de um ataque de mísseis contra um posto militar em Malkia, no norte do país.

O ministério dos Negócios Estrangeiros alemão partilhou um comunicado na rede social Xem que afirma ser necessário acabar com o “sofrimento dos israelitas” e “dos palestinianos”.

Uma paz sustentável só pode acontecer através de uma solução de dois Estados”, acrescenta o ministério.

A ministra dos Negócios Estrangeiros alemã, Annalena Baerbock, esteve hoje reunida com Yair Lapid, líder da oposição israelita, em Berlim.

Das Leid der Israelis muss enden. Das Leid der Palästinenser*innen muss enden. Ein Frieden, der trägt, kann nur über eine Zwei-Staaten-Lösung führen. @ABaerbock empfing heute in Berlin @yairlapid. pic.twitter.com/Zh76Cc8mxl

— Auswärtiges Amt (@AuswaertigesAmt) December 19, 2023

Antony Blinken falou hoje ao telefone com o ministro dos Negócios Estrangeiros do Egito e os dois “discutiram o seu compromisso partilhado com o estabelecimento de um Estado palestiniano independente”, segundo o Departamento de Estado dos EUA.

Na conversa, o secretário de Estado norte-americano “expressou gratidão pelo papel essencial do Egito no aumento do volume de ajuda humanitária e produtos comerciais que chegam aos palestinos em Gaza, na libertação de reféns e na facilitação da saída transfronteiriça segura dos EUA e de outros cidadãos estrangeiros via Rafah”.

Outro dos temas abordados na conversa entre Blinken e Shoukry foi a “importância de medida concretas para minimizar os danos aos civis palestinianos”, bem como “a rejeição de qualquer deslocamento forçado”.

Israel está a ponderar a construção de um complexo humanitário em Gaza, que permita abrigar civis palestinianos que se encontram deslocados.

A notícia foi confirmada pela CNN Internacional junto de várias fontes. Para já o que se sabe é que o planeamento do complexo está ainda em fase inicial e Israel informou os EUA.

Yair Lapid deu hoje uma entrevista à revista Al Majalla em que afirmou que a ideia de criar dois Estados continua viva, apesar dos novos obstáculos que enfrenta.

Aqueles de nós que apoiam o estabelecimento de um Estado palestiniano sempre enfatizaram a importância de implementar as medidas de segurança necessárias para Israel salvaguardar o nosso povo”, disse o líder da oposição israelita.

O ministro da Defesa do Bahrein, Abdullah al-Nuaimi, afirmou hoje que pretende “reforçar a estabilidade regional”, sendo o único país árabe na coligação militar na proteção do Mar Vermelho de ataques dos Houthis do Iémen.

O ministro “participou esta manhã numa reunião por videoconferência com vários ministros da Defesa das forças armadas de países irmãos e aliados”, informou a agência de notícias estatal, BNA, sem nomear os Estados participantes na reunião.

A reunião virtual abordou questões relacionadas com a luta contra o terrorismo e a pirataria marítima, com o objetivo de “reforçar a estabilidade regional e a liberdade de navegação” no Mar Vermelho, referiu a agência.

O primeiro-ministro israelita reuniu-se esta noite, durante mais de duas horas, com as famílias 15 reféns que se encontram detido em Gaza.

Depois do encontro, o gabinete de Benjamin Netanyahu emitiu um comunicado em que afirmou que o primeiro-ministro está comprometido em libertar os reféns, frisando não poupar “esforços neste assunto” e que “a exigência é trazer todos”.

A votação da resolução de cessar-fogo voltou a ser adiada pelo Conselho de Segurança da ONU, de acordo com a Sky News e a BBC.

De acordo com as duas fontes, o adiamento voltou a centrar-se no prolongamento das negociações que, anteriormente, foi solicitado pelos EUA. De recordar que a votação esteve para acontecer na segunda-feira, mas foi adiada para hoje.

Agora, a votação foi remarcada para as 16h00, em Portugal continental, de amanhã, sendo deliberada depois de uma reunião do conselho sobre o Afeganistão.

Ismail Haniyeh vai visitar o Egito na quarta-feira, com vista às negociações sobre o cessar-fogo em Gaza e à troca de prisioneiros com Israel.

A informação foi confirmada por uma fonte do grupo à Al Aljazeera, que acrescenta que o chefe do Hamas deverá encontrar-se com o líder da inteligência egípcia.

O coordenador de comunicações estratégicas do Conselho de Segurança Nacional dos EUA afirmou hoje que os ataques do Iémen no Mar Vermelho “devem parar”.

John Kirby acrescentou que estes ataques, que são apoiados pelo Irão, devem ser respondidos pelos Estados Unidos e os seus parceiros caso os mesmos continuem.

O hospital Al-Ahli Arab, um dos últimos ainda em atividade no norte de Gaza, deixou hoje de funcionar após um assalto pelo Exército israelita, anunciou o seu diretor.

O Exército israelita iniciou na segunda-feira o cerco a esta unidade hospitalar, prendeu diversos médicos, enfermeiros e feridos, e destruiu uma parte do complexo, afirmou à agência noticiosa AFP Fadel Naim, o diretor do estabelecimento.

“A intrusão do Exército de ocupação colocou o hospital fora de serviço. Não podemos receber doentes, nem feridos”, disse.

“Torturaram os que quiseram. Ouvíamos gritos quando tínhamos os olhos vendados. Não sabíamos o que nos ia acontecer, se seriamos mortos ou se iríamos sobreviver”, declarou à AFPTV um enfermeiro, Mohamad Araj, após ter sido libertado.

O Exército israelita não reagiu no imediato a estas alegações.

Mais de 100 palestinianos morreram esta terça-feira em Gaza devido aos ataques de Israel, segundo o Ministério da Saúde da Palestina.

O porta-voz Ashraf al-Qudra afirmou em comunicado, aqui citado pela Al Jazeera, que Israel realizou hoje “massacres sucessivos que afetaram todas as áreas da Faixa de Gaza”, deixando feridas centenas de pessoas.