Histórico de atualizações
  • Boa noite,

    chega assim ao fim um Liveblog que acompanhou um sábado particularmente ativo na direita portuguesa. O PSD reuniu em Conselho Nacional e Nuno Melo apresentou a candidatura à liderança do CDS.

    Obrigado por ter ficado desse lado.

  • PSD mostrou uma vontade, mas Rio pode ter outra

    O Conselho Nacional do PSD aprovou uma proposta para que Rio apresente um calendário eleitoral interno em 20 dias, mas o prazo só começa a contar quando Rui Rio quiser desencadear o processo interno

    PSD mostrou uma vontade, mas Rio pode ter outra

  • Miguel Mattos Chaves anuncia candidatura à liderança do CDS

    Miguel Mattos Chaves foi candidato à Câmara Municipal da Figueira da Foz nas últimas autárquicas e é vogal da Comissão Política Nacional do CDS-PP.

    Miguel Mattos Chaves anuncia candidatura à liderança do CDS

  • Distritais vencem e querem que Rio marque eleições no prazo máximo de 20 dias

    PSD discutirá marcação de eleições em 20 dias. Esta era proposta da grande maioria das estruturas distritais — inicialmente o prazo era de 10 dias — e representa assim um sinal claro da vontade do partido.

    A proposta acabou por ser aprovada por 42 votos a favor e 25 contra. Isto significa que o Conselho Nacional, órgão máximo do partido entre congressos, acaba de recomendar à Comissão Política Nacional, direção alargada do partido, que desenhe um calendário eleitoral o quanto antes.

    A direção alargada de Rui Rio terá depois de convocar uma nova reunião do Conselho Nacional (em 20 dias) para discutir e votar o calendário que definiu.

    A iniciativa de marcar esse Conselho Nacional, ainda assim, cabe a Rui Rio, que terá agora de desencadear o processo — que estará sempre dependente demissão do ainda líder social-democrata, como esclareceu depois Paulo Mota Pinto, presidente da Mesa do Congresso.

    Além desta proposta, foi a ainda a votos a realização de um congresso extraordinário para reflexão, como propunham Cristóvão Norte e Miguel Pinto Luz. A proposta foi chumbada.

  • Ricardo Rio lamenta impasse do PSD

    Ricardo Rio, presidente da Câmara de Braga, também criticou Rui Rio por não ter ainda apresentado ao partido um calendário concreto para eleições.

    Além disso, o autarca demarcou-se por completo do diagnóstico feito por Rui Rio sobre o resultado conseguido nas legislativas — o líder do PSD lamentou o anátema que existe sobre a máscara PSD e o medo que isso provoca no eleitorado.

    “O que assusta é a incerteza é a incapacidade de apresentar propostas concretas.”

  • Pedro Rodrigues acusa Rui Rio de mergulhar PSD num "estado de negação"

    Intervenção particularmente crítica de Pedro Rodrigues. De acordo com relatos feitos ao Observador, o antigo líder da JSD aproveitou o Conselho Nacional para acusar Rui Rio de persistir num “caminho de impasse”, que apenas reforça o “estado de negação” em que o partido mergulhou.

    “O PSD tem duas alternativas ou inicia um processo de refundação ou se mantém num estado de negação que nos conduzirá à irrelevância política”, defendeu o social-democrata.

  • Ribau cola-se a Rio e marca espaço

    Já Ribau Esteves, também ele proto-candidato à liderança do PSD, aproveitou o Conselho Nacional para marcar o seu espaço político, sem nunca defazer o tabu sobre se vai ou não entrar na corrida à presidência do PSD.

    Numa intervenção descrita como muito elogiosa para Rui Rio, apontado duras críticas aos que sempre se opuseram ao líder social-democrata, o presidente da Câmara de Aveiro manifestou a vontade de estar no debate interno sobre o futuro do partido e para reformar a social-democracia ao centro — em linha, de resto, com o que sempre defendeu Rui Rio.

  • Pinto Luz atira-se a Malheiro, que recusa ter lançado Montenegro

    Voltando a Barcelos e ao PSD.

    Na intervenção que fez durante o Conselho Nacional, que continua a decorrer à porta fechada, Miguel Pinto Luz acusou Salvador Malheiro de ser responsável por ter precipitado o partido para um discussão estéril sobre candidatos a candidatos à liderança do PSD.

    O vice de Cascais referia-se às declarações de Malheiro, vice-presidente do PSD e grande responsável pelas três vitórias internas de Rui Rio, logo na ressaca das eleições legislativas, quando o autarca de Ovar elogiou Luís Montenegro. “Poucos reúnem as condições que Luís Montenegro reúne”, disse na altura.

    As declarações de Malheiro foram naturalmente interpretadas com uma manifestação de apoio a Montenegro — interpretação que o vice do PSD tem vindo a rejeitar desde aí.

    Falando diretamente para Rio, Pinto Luz atirou-se a Malheiro. “Se na hora mais difícil de todas, alguns dos seus [de Rio], estão mais preocupados com o homem que se segue do que com a lealdade e o recato que o bom senso exigiria, conte com a lealdade dos seus adversários. Esta não é uma indireta para Salvador Malheiro. É mesmo uma direta“, disse.

    Ora, confrontado por Miguel Pinto Luz, Salvador Malheiro tomou da palavra para fazer a defesa da honra e recusou as intenções que lhe foram atribuídas — não teve nunca a intenção de lançar Montenegro.

  • Nuno Melo: "Se estivermos à altura, vão ser os portugueses a querer devolver o CDS à Assembleia da República"

    Nuno Melo terminou o discurso desejando sorte a Francisca Almeida, a cabeça de lista pelo partido no círculo da Europa — onde as eleições ainda vão ser repetidas e onde o CDS acalenta a esperança, temperada com realismo, de conseguir a eleição de uma deputada.

    “Se estivermos à altura, vão ser os portugueses a querer devolver o CDS à Assembleia da República”, rematou Melo, que durante todo o discurso não mencionou o nome de Francisco Rodrigues dos Santos uma única vez ao longo do discurso.

  • Nuno Melo quer que CDS lidere debate sobre igualdade salarial entre homens e mulheres

    Nuno Melo diz que na discussão sobre o aumento do salário mínimo o CDS tem de estar do lado daqueles que o recebem e acrescenta que é preciso reduzir a carga de impostos sobre os salários em Portugal.

    O eurodeputado pede ainda que o CDS não se limite a acompanhar a discussão sobre a igualdade salarial entre homens e mulheres. “O CDS não tem de acompanhar esta discussão, tem de liderá-la. Isto é ser humanista, personalista.”

  • Nuno Melo quer um partido adaptado às "novas realidades"

    Nuno Melo continua dizendo que o CDS tem de perceber o que fez mal no seu caminho político recente. “O CDS tem de fluir no tempo e adaptar-se às novas realidades”, diz Melo, dando como exemplos o ambiente e a transição digital.

    Um partido que não se preocupe com o ambiente “não merece um voto de um jovem deste país”, diz Nuno Melo. “No Parlamento Europeu, o coordenador da comissão de ambiente não é de esquerda. É do PPE. O ambiente não é uma causa de esquerda”, atira Nuno Melo.

  • Nuno Melo quer reconciliação no CDS e diz que não há espaço para "zangas" nem "ajustes de contas"

    Nuno Melo diz que é preciso “reconciliar o CDS com o seu passado” e diz que nesta fase não pode haver lugar a novos conflitos internos.

    “Não há espaço para zangas, não há espaço para exclusão, não há espaço para ajustes de contas”, diz Nuno Melo. “Nesse novo ciclo quero ser a ponte, não quero ser barreira.”

    “Serei um presidente do CDS aprovado pelas bases, legitimado pelas bases, para trabalhar com as bases, do norte ao sul, sem exceção”, continua o eurodeputado.

  • Nuno Melo diz que não receberá "um cêntimo de vencimento no CDS nos próximos dois anos" para ajudar partido a recuperar

    “O CDS não acabou”, insiste Nuno Melo. “Enquanto não perdermos a capacidade de lutar por aquilo em que acreditamos, o CDS não acabou.

    “Teremos pela frente um caminho carregado de obstáculos. Obstáculos que devemos assumir, que fariam a maior parte dos outros desistir. Mas alguma vez no CDS nós tivemos vida fácil? Quem quer vida fácil vai para o PS ou PSD. Não está no CDS”, diz ainda.

    “O primeiro dos obstáculos inevitável, saído dos resultados eleitorais das legislativas, é um obstáculo financeiro. Não podemos esconder. Mas temos de o superar. Há pessoas que trabalham há anos dando o melhor de si para que este partido exista e que percebem bem que hoje têm o seu emprego em risco. Isso provoca-nos a todos uma angústia inultrapassável”, assume Nuno Melo.

    “É por isso que não receberei um cêntimo de vencimento no CDS nos próximos dois anos”, diz. Se com isso ajudar a garantir “mais um ou dois postos de trabalho aqui no Largo do Caldas, sinto que estou a cumprir com a minha obrigação”, continua Melo.

  • Nuno Melo: "Há todo esse espaço político entre o PSD e o Chega que não está representado na Assembleia da República. Esse espaço é nosso"

    Depois de falar da IL, Nuno Melo fala do Chega, que está “à direita do próprio regime”.

    “Há todo esse espaço político entre o PSD e o Chega que não está representado na Assembleia da República. Esse espaço é nosso”, diz Melo, apelando à necessidade de o CDS regressar ao Parlamento.

  • Nuno Melo apela a eleitores históricos do CDS que fugiram para a IL

    Nuno Melo dedica a primeira parte do seu discurso a apelar aos eleitores que, historicamente, sempre votaram no CDS, mas que desta vez por razões “conjunturais” votaram noutros partidos, como a Iniciativa Liberal.

    O eurodeputado diz que a vontade da IL de se sentar entre o PS e o PSD é um “exercício de honestidade” que mostra como as pessoas que estão “espiritualmente ligados ao CDS” e votaram na IL não se sentem representados em deputados que ficam entre o PS e o PSD.

    “O CDS não faz do mercado o centro dogmático da sua existência. O CDS defende uma economia de mercado saudável, com regras, que é completamente diferente do capitalismo selvagem. Mas para o CDS as pessoas estiveram sempre em primeira lugar”, diz.

  • Nuno Melo: "Estamos chocados em saber que o CDS não está na Assembleia da República"

    “Não me resigno ao facto de o espaço político que o CDS significa não estar representado neste momento na Assembleia da República”, diz Nuno Melo.

    “Tenho mesmo a certeza de que depois das eleições legislativas a maioria dos portugueses perceberam a perda inestimável que essa saída representa”, continua o eurodeputado.

    Lembrando que mesmo quem não votou CDS por razões conjunturais “nunca quis o CDS fora do Parlamento”, Nuno Melo continua: “Estamos chocados em saber que o CDS não está na Assembleia da República. Mas o CDS faz falta.”

  • Nuno Melo: "Hoje não começa a última batalha de um CDS perdido. Hoje começa a primeira batalha para um CDS renascido"

    Nuno Melo já discursa na apresentação da candidatura.

    “Hoje não começa a última batalha de um CDS perdido. Hoje começa a primeira batalha para um CDS renascido. É isso que aqui me traz”, diz.

    Melo afirma que quer “dar o peito às balas” pelo partido e assume que é “difícil” fazê-lo nesta fase.

  • Nuno Melo apresenta formalmente a candidatura à presidência do CDS

    Depois da derrota eleitoral histórica do CDS nas eleições legislativas de 30 de janeiro, que conduziu à demissão nessa mesma noite do presidente dos centristas, Francisco Rodrigues dos Santos, o eurodeputado Nuno Melo é o primeiro a apresentar-se formalmente como candidato à liderança do partido com o objetivo de o reconstruir.

    Nuno Melo está hoje a apresentar a sua candidatura à presidência do CDS na sede do partido, no Largo do Caldas. A apresentação está a ser transmitida em direto nas redes sociais do eurodeputado.

    Nuno Melo, que era candidato à presidência do CDS já no ano passado — quando as eleições internas foram adiadas para depois das legislativas —, anunciou no dia seguinte às legislativas que mantinha a intenção de se candidatar novamente. O congresso eletivo do partido vai decorrer em abril e, para já, Nuno Melo é ainda o único candidato.

  • Pinto Luz mantém tabu sobre candidatura, defende congresso de reflexão e fim das eleições diretas

    Miguel Pinto Luz, vice-presidente da Câmara de Cascais e candidato à liderança do PSD, defendeu a existência de um congresso de reflexão antes que o partido entre numa discussão estéril sobre nomes e candidatos a candidatos — uma posição idêntica à de Cristóvão Norte.

    Pinto Luz não desfaz assim o tabu sobre se vai ou não disputar novamente as eleições no PSD.

    À saída, em declarações aos jornalistas, justificou o número dois de Carlos Carreiras justificou a sua posição. “O PSD tem uma crise de projeto. Temos de repensar o que somos. Temos de ter um congresso não eletivo que faça uma revisão estatutária. Temos de nos adaptar ao mundo de hoje.”

    Para Pinto Luz, congresso de reflexão deveria decorrer dentro de um mês, as eleições seria fim de maio e o congresso em junho, ainda que o calendário não seja rígido.

    “Não é altura de discutir nomes. Esse é o erro que não podemos cometer agora”, disse Pinto Luz, recusando, mais uma vez, esclarecer se vai ou não ser candidato à sucessão de Rui Rio.

    O vice-presidente da Câmara de Cascais propôs ainda o fim do modelo de eleições diretas e o regresso da eleição em congresso.

  • Pedro Alves pede as diretas até ao fim de abril

    O líder da distrital de Viseu e diretor da campanha interna de Luís Montenegro em 2020, Pedro Alves, interveio no Conselho Nacional do PSD para defender a convocação de eleições diretas até ao fim de abril.

    É um sinal importante dado por um dos principais apoiantes de Luís Montenegro. Tal como escreveu o Observador a 10 de fevereiro, o antigo líder parlamentar vai ser candidato e quer a situação resolvida até à primeira quinzena de maio.

    Com este calendário proposto por Pedro Alves seria possível escolher o próximo líder e confirmá-lo em Congresso nessa baliza de tempo.

    Montenegro avança, mesmo com ciclo interno infernal. Pinto Luz tentado a ir a jogo

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