Histórico de atualizações
  • Vamos encerrar por aqui este artigo liveblog, que seguiu a atualidade relacionada com o Afeganistão ao longo deste sábado.

    Continue a seguir-nos nesta nova ligação. Muito obrigado por nos acompanhar.

    EUA avisam para ameaça “específica” e “credível” sobre novo ataque no aeroporto de Cabul

  • Um dos militares americanos mortos em Cabul ia ser pai em breve

    Os EUA revelaram quem são os americanos que morreram no atentado em Cabul. A maioria tinha pouco mais de 20 anos. Um deles tinha casado em fevereiro e estava à espera do primeiro filho.

    Um dos militares ia ser pai em breve. Os nomes e os rostos dos 13 soldados americanos mortos em Cabul

  • Talibãs cortam acessos ao aeroporto de Cabul

    As forças dos fundamentalistas talibãs bloquearam hoje o aeroporto da capital do Afeganistão a todas as pessoas que ainda querem sair do país, em plena operação de evacuação das tropas norte-americanas.

    Os líderes ocidentais já assumiram que a retirada de forças dos seus países implicará deixar para trás alguns civis e muitos afegãos que os ajudaram durante os 20 anos de intervenção no Afeganistão e comprometeram-se a falar com os talibãs para que deixem aliados afegãos sair do país após o fim do prazo determinado pelo Presidente norte-americano para a retirada: a próxima terça-feira.

    Embora a maior parte dos aliados ocidentais já tenha terminado as suas operações de retirada, os Estados Unidos vão manter continuamente voos de evacuação até ao fim do prazo.

    O porta-voz dos talibãs, Zabihullah Mujahid, afirmou hoje que as suas forças ocuparam posições dentro do perímetro do aeroporto e estão preparadas para tomar o controlo da infraestrutura quando os norte-americanos saírem, embora o Pentágono negue que assim seja.

    Os talibãs deslocaram forças suplementares para o exterior do aeroporto para evitar grandes concentrações de pessoas, com novos postos de controlo nas estradas que conduzem ao aeroporto, alguns com combatentes fundamentalistas com veículos militares e óculos de visão capturados às forças militares afegãs.

  • Refugiada afegã dá à luz no avião a caminho do Reino Unido

    Soman Noori, uma refugiada afegã de 26 anos que estava a bordo de um avião vindo do Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, com destino a Birmingham, no Reino Unido, deu à luz uma rapariga durante a viagem. Como conta a BBC, a bebé nasceu a “30 mil pés de altitude”.

    Como não havia nenhum médico a bordo, a refugiada afegã, o marido, Taj Moh Hammat, de 30 anos, e os seus outros dois filhos, tiveram de contar com a tripulação para o parto ser feito. Segundo a Turkish Airlines, que operava o voo, tanto a mãe como a bebé estão saudáveis.

    Devido ao nascimento da bebé, a viagem da família, que tinha começado em Cabul, no Afeganistão, teve mais uma paragem, no Kuwait, como “precaução” antes de seguir para o destino final, Birmingham.

  • Biden. "Muito provável" novo ataque terrorista no Afeganistão "nas próximas 24-36 horas"

    A administração Biden vê como “muito provável” que haja um novo ataque terrorista no Afeganistão “nas próximas 24-36 horas”. A informação está em comunicado oficial da Casa Branca, divulgado este sábado.

    “Esta manhã, reuni-me com a minha equipa de segurança nacional em Washington e com os meus comandantes no terreno”, lê-se no comunicado assinado pelo próprio Presidente Biden.

    “A situação no terreno continua a ser extremamente perigosa e a ameaça de ataques terroristas no aeroporto continua a ser elevada”, escreve Biden, acrescentando que “um [novo] ataque é muito provável nas próximas 24 a 36 horas“.

    O Presidente dos EUA garantiu, ainda, que a operação militar conduzida esta madrugada “não foi a última”. “Vamos continuar à caça de todas as pessoas que tenham estado envolvidas naquele ataque horrível – e fazê-los pagar”, prometeu Joe Biden.

  • França conversa com talibãs para garantir saídas após 31 de agosto

    França retirou do Afeganistão 2.834 pessoas e está em conversações com os fundamentalistas talibãs e com o Qatar para continuar as “evacuações humanitárias” para lá de 31 de agosto, afirmou hoje o Presidente francês, Emmanuel Macron.

    “Retirámos até à data exatamente 2.834 pessoas, entre elas 142 franceses e 17 cidadãos europeus”, afirmou Macron numa conferência de imprensa no fim da Conferência de Coooperação e Associação no Médio Oriente organizada em conjunto com as autoridades iraquianas.

    Mais de 2.600 das pessoas evacuadas são do Afeganistão, de onde saíram em quinze voos organizados a partir dos Emirados Árabes Unidos, que permitiram também retirar “todo o pessoal diplomático francês”.

    Macron indicou que França está “em conversações com os talibãs sobre a questão das operações humanitárias” para conseguir “proteger e repatriar os afegãos e afegãs que estão em perigo”.

  • Ataque com ‘drone’ mata “dois membros importantes” do Estado Islâmico, diz Pentágono

    O Pentágono anunciou ter matado “dois elementos importantes” do grupo terrorista Estado Islâmico num ataque com um avião não tripulado no Afeganistão.

    “Posso confirmar, agora que já recebemos mais informação, que dois alvos importantes do Estado Islâmico foram mortos e um ficou ferido”, afirmou o general norte-americano Hank Taylor, sem referir os nomes, mas especificando que um era um estratega e outro um operacional.

    Um outro membro do grupo terrorista islâmico ficou ferido, indicou.

    Os Estados Unidos tinham até agora referido apenas a morte de um membro do Estado Islâmico no ataque desencadeado em represália contra o atentado terrorista que na quinta-feira matou pelo menos 170 pessoas, incluindo 13 soldados norte-americanos, junto ao aeroporto da capital afegã, Cabul, onde se concentram os esforços de retirada de civis e militares face ao avanço dos fundamentalistas talibãs.

  • EUA retiraram mais 6.800 pessoas nas últimas 24 horas

    Os Estados Unidos retiraram 6.800 pessoas do Afeganistão nas últimas 24 horas em voos militares norte-americanos e da Aliança Atlântica, afirmou hoje fonte da Casa Branca.

    Apesar da ameaça que paira sobre o aeroporto de Cabul de mais atentados terroristas como o que matou pelo menos 170 pessoas na quinta-feira, embarcaram 4.000 refugiados em 32 aviões norte-americanos e outros 2.800 saíram do Afeganistão em aviões da NATO.

    Desde 14 de Agosto, os Estados Unidos retiraram 111.900 pessoas do país, confrontadas com o avanço dos talibãs.

    A 15, o grupo de fundamentalistas islâmicos assumiu o controlo da capital, onde entraram sem resistência, depois de terem conquistado praticamente todas as províncias.

  • Ataque aéreo dos EUA matou "dois alvos importantes do ISIS"

    Depois de ser confirmado um ataque contra “um organizador” do ramo do grupo extremista Estado Islâmico no Afeganistão, que reivindicou o atentado terrorista no aeroporto de Cabul, o general norte-americano Hank Taylor confirmou que “dois alvos importantes do ISIS” foram mortos na sequência do ataque desta sexta-feira.

    “Posso confirmar, à medida que mais informações chegam, que dois alvos importantes do ISIS foram mortos e um ficou ferido. Não temos conhecimento de vítimas civis. Sem especificar quaisquer planos futuros, vamos continuar a ter a capacidade de nos defendermos e de alavancar a nossa capacidade de conduzir operações de contraterrorismo conforme necessário”, referiu o general durante uma conferência de imprensa, citado pela CNN.

  • Jonhson e Merkel acordam trabalho sobre crise afegã

    O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, e a chanceler alemã, Angela Merkel, acordaram este sábado a necessidade de trabalhar nas próximas semanas a nível internacional para evitar uma “crise humanitária” no Afeganistão, confirmou um porta-voz de Downing Street.

    Numa conversa telefónica, os dois líderes políticos abordaram a crise que se vive no Afeganistão e congratularam-se com os “esforços partilhados entre o Reino Unido, a Alemanha e a NATO para retirar pessoas vulneráveis do país nas duas últimas semanas”.

    “Estiveram de acordo na necessidade de esforços internacionais nas próximas semanas para evitar uma crise humanitária no Afeganistão”, enquanto Johnson reiterou o “compromisso duradouro do Reino Unido com o país”, que contempla “duplicar a ajuda destinada à região este ano”.

    A mesma fonte oficial do executivo britânico apontou que o primeiro-ministro e a chanceler “resolveram trabalhar, juntamente com o resto do G7, lançar um roteiro destinado a lidar com o novo governo afegão”, questão debatida no encontro de líderes da semana passada.

    Neste sentido, o chefe do executivo de Londres sublinhou que qualquer reconhecimento ou compromisso com os talibãs “deve estar condicionado a que permitam a passagem segura aos que quiserem abandonar o país e a respeitarem os direitos humanos”.

  • Grupo com mais 37 afegãos chegou este sábado a Portugal

    Um grupo de 37 refugiados afegãos, retirados de Cabul nos últimos dias, chegou este sábado a Lisboa, disse à Lusa fonte do Ministério da Defesa Nacional.

    Um primeiro grupo, de 18 pessoas, chegou ao aeroporto de Lisboa durante a madrugada em voo fretado e o segundo, de 19, aterrou em Lisboa, já esta manhã, num avião C295 da Força Aérea, acrescentou a mesma fonte.

    Grupo com mais 37 afegãos chegou este sábado a Portugal

    Estes grupos juntam-se a um outro de 24 cidadãos afegãos, e suas famílias, que colaboraram com as forças portuguesas que nos últimos anos estiveram em missão no Afeganistão, no aeroporto da capital.

    A retirada deste grupo de afegãos segue-se à tomada do poder, em Cabul, dos talibãs, que levou milhares de pessoas a aglomerar-se no aeroporto para tentar deixar o país.

    Os 24 cidadãos afegãos que trabalharam com as Forças Nacionais Destacadas portuguesas para o Afeganistão, assim como os seus familiares, chegaram na sexta-feira, por volta das 21:h5, ao aeroporto de Lisboa, em resultado de uma missão de resgate feita por quatro militares portugueses que estiveram em Cabul.

  • Itália termina ponte aérea para retirar mais de 5 mil afegãos

    Itália deu este sábado por terminada a operação de evacuação do Afeganistão, que permitiu por a salvo 5.100 afegãos, número que segundo as autoridades a colocam como o país da União Europeia com o maior número de afegãos retirados.

    “Quero agradecer a todos os que trabalharam nestes últimos dias para retirar cerca de 5 mil afegãos”, referiu o ministro italiano dos Negócios Estrangeiros, Luigi di Maio, no aeroporto de Fiumicino, em Roma, depois de aterrar o último avião da ponte aérea humanitária coordenada pela Força Aérea italiana.

    Este número, precisou di Maio, faz de Itália “o primeiro país da União Europeia (UE) em número de afegãos retirados”.

    O último avião da ponte aérea montada por Itália aterrou este sábado na capital do país com 58 afegãos a bordo, trazendo também pessoal diplomático e de segurança que ainda se encontrava em Cabul, num total de 110 pessoas, incluindo o vice-cônsul Tommaso Claudi cuja fotografia, a ajudar crianças a passar para o interior do aeroporto, se tornou viral.

    Stefano Pontecorvo, alto representante civil da NATO, e os carabinieri que permaneceram em Cabul até agora estavam também entre os passageiros do Boeing 747 que aterrou esta manhã em Roma e que marcou a conclusão da operação de evacuação montada por Itália.

    Ainda há tantos afegãos à espera para serem evacuados e não podemos mais fazer isso com o transporte aéreo, mas estamos prontos, com as Nações Unidas, com os países que fazem fronteira com o Afeganistão, a trabalhar para garantir que essas pessoas, que trabalharam connosco nos últimos 20 anos, possam ter a mesma possibilidade ”, referiu di Maio.

    Na mesma ocasião, o ministro aludiu que após o fim desta primeira fase, começa outra mais difícil. “Uma segunda fase em que nosso imperativo deve ser não abandonar o povo afegão, não abandonar as mulheres afegãs, não abandonar as jovens mulheres afegãs, não abandonar todos aqueles que nestes últimos anos mostraram uma grande vontade de evoluir, de mudar ”, acrescentou.

    As autoridades italianas anunciaram, entretanto, a instalação de um acampamento em Avezzano, no centro do país, para colocar de forma temporária cerca de 2 mil afegãos. Este campo servirá para que possam fazer aqui a quarentena e vacinarem-se contra a covid-19 enquanto esperam por alojamento. O centro de acolhimento será gerido pela Cruz Vermelha e pela Proteção Civil.

  • Operação de retirada de civis pelo Reino Unido termina este sábado

    A operação de retirada de civis no Afeganistão pelo Reino Unido terminará este sábado, antes da retirada militar, disse o chefe das forças armadas britânicas, general Nick Carter.

    “Estamos a chegar ao fim da retirada, que acontecerá no final do dia de hoje, e então, é claro, será necessário colocar as nossas tropas no avião restante”, disse à rádio BBC 4.

    Segundo Carter, agora existem “muito poucos” aparelhos ainda a retirar civis do Afeganistão através do aeroporto de Cabul, onde milhares de pessoas se aglomeram na esperança de deixar o país.

    A operação de retirada correu “tão bem quanto possível perante as circunstâncias”, continuou o general Carter, “mas não conseguimos tirar todos de lá e é de partir o coração”.

    O Ministério da Defesa garantiu na sexta-feira que mais de 14.500 pessoas foram retiradas desde 13 de agosto, incluindo cerca de 8.000 afegãos qualificados para o programa destinado ao pessoal afegão que trabalhou para o Reino Unido.

    Carter disse que, a partir de agora, apenas os candidatos à saída cujos casos já tenham sido tratados serão retirados, após o encerramento da unidade de receção localizado no Hotel Baron, próximo ao aeroporto.

    “A capacidade do Reino Unido de lidar com outros casos está agora severamente reduzida e os números adicionais (relativos a civis retirados) serão limitados”, acrescentou o responsável, enfatizando a necessidade de liberar espaço “para trazer os diplomatas e militares restantes”.

    O ministro da Defesa, Ben Wallace, estimou na sexta-feira que até 150 cidadãos britânicos e entre 800 e 1.100 afegãos elegíveis não poderiam ser retirados, gerando indignação nas fileiras dos conservadores no poder e na oposição.

    O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, garantiu que moveria “céus e terra” para continuar a tirar pessoas do Afeganistão após a data final marcada para a retirada dos soldados norte-americanos em 31 de agosto.

  • ONU apela a doadores para ajudar Afeganistão a enfrentar seca

    A Organização das Nações unidas (ONU) deixou este sábado um apelo urgente aos doadores para ajudarem os agricultores afegãos a combater a seca que ameaça a subsistência de sete milhões de pessoas.

    A seca, a pandemia de Covid-19 e o deslocamento da população causado pela tomada de poder dos talibãs, “atingiram duramente as comunidades rurais do Afeganistão, em particular os seus agricultores e pastores”, alerta um comunicado da Agência das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO).

    Cerca de 14 milhões de afegãos, entre os quais se contam dois milhões de crianças, – o equivalente a um entre cada três afegãos – sofrem atualmente de insegurança alimentar aguda, havendo ainda três milhões de animais ameaçados.

    No comunicado, citado pela AFP, o diretor-geral da FAO, Qu Dongyu, adverte que, se não for prestada assistência às pessoas mais afetadas pela seca severa, “muitas delas terão que abandonar as suas terras e ser deslocadas”, precisando que “isso pode piorar a insegurança alimentar e ameaçar ainda mais a estabilidade do Afeganistão”.

    A FAO está a apelar à doação de 18 milhões de dólares (cerca de 15 milhões de euros) para financiar a compra de sementes de trigo antes de setembro, das quais dependem 250 mil agricultores e respetivas famílias, ou seja, cerca de 1,5 milhões de pessoas. Espera-se que o rendimento das colheitas registe este ano uma quebra de 20% face a 2020.

    Estimativas do Programa Alimentar Mundial (PAM) conhecidas este mês apontam para a necessidade de 234 milhões de dólares (cerca de 199 milhões de euros) até ao final do ano para garantir ajuda às populações vulneráveis do Afeganistão.

  • Mariana Vieira da Silva: Portugal vai acolher "o maior número possível" de refugiados afegãos

    Mariana Vieira da Silva, ministra da Presidência que tem sido também primeira-ministra em exercício na segunda quinzena de agosto devido às férias de António Costa, afirmou na sexta-feira que Portugal tem “mais de 300 vagas de capacidade de acolhimento” de refugiados do Afeganistão e que essa capacidade “pode ser aumentada”, pelo que “vamos aguardar acolher o maior número de pessoas possível”.

    Mariana Vieira da Silva garante que Portugal vai acolher “o maior número possível” de refugiados afegãos

  • França e Turquia concluem retirada do seu pessoal

    A França anunciou este sábado que concluiu a operação de retirada do Afeganistão, que abrangeu cerca de três mil pessoas, e a Turquia também deu por terminada a retirada do seu pessoal, excetuando um pequeno contingente.

    O anúncio de França foi feito pela ministra da Defesa, Florence Parly, que através do Twitter escreveu que “esta operação está concluída, mas França continua mobilizada para permitir a saída de todos aqueles que necessitam de proteção”.

    Durante esta operação França retirou do Afeganistão cerca de três mil pessoas, entre as quais se contam mais de 2.600 afegãos, tendo garantido que tentará ajudar mais pessoas a sair depois de 31 de agosto – data limite para a retirada das forças estrangeiras.

    Parly e o ministro dos Assuntos Estrangeiros de França, Jean-Yves Le Drian, emitiram um comunicado conjunto em que referem que “a França continuará, também depois de 31 de agosto, por todos os meios possíveis, o seu trabalho de proteção de todos os que estão ameaçados”.

    Prosseguiremos os nossos esforços junto dos responsáveis talibãs para garantir que não colocarão nenhum obstáculo à saída daqueles que assim o desejem, após o dia 31 de agosto”, salientam no mesmo comunicado conjunto.

    Os dois governantes agradeceram aos Emirados Árabes Unidos, pela utilização de uma base militar e aos aliados, sobretudo aos Estados Unidos, por garantirem a segurança do aeroporto de Cabul.

    Os mais de 2.600 afegãos retirados por França em menos de duas semanas, no âmbito da operação ‘Apagam,’ somam-se aos cerca de 1.500 que já haviam sido retirados antes de 15 de agosto.

    O presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, anunciou também este sábado que o país retirou o seu pessoal do Afeganistão, com exceção de um pequeno contingente, dando por concluída a operação.

    Até hoje, trouxemos para o nosso país todos os nossos civis. Resta uma equipa de técnicos, um número reduzido, mas para além deles retirámos do Afeganistão todas as nossas equipas”, referiu Erdogan, em declarações proferidas durante uma visita a Serajevo.

    Segundo adiantou, a equipa de pessoal turco que ainda ficou no Afeganistão é composta por cerca de 30 pessoas. O presidente da Turquia confirmou que o seu país tem estado em contacto oficial com os talibãs, manifestando desejo de que estes encontros continuem.

    “Os talibãs de hoje não são os de antes. O que importa é o que fazem agora, o que farão no futuro, não o que faziam antes”, disse Erdogan no final da sua visita a Serajevo.

  • Talibãs dão uma semana para entrega de armas e bens públicos

    Os talibãs deram este sábado a todos os ex-funcionários do governo deposto o prazo de uma semana para entregarem todos os bens públicos e armas, dando mais um passo na consolidação da sua administração no país.

    “Informa-se que todos os que têm na sua posse meios, armas, munições e outros bens do governo, entreguem os objetos mencionados aos órgãos competentes do Emirado Islâmico [como os talibãs designam o Afeganistão] no prazo de uma semana”, disse, através do Twitter o principal porta-voz dos talibãs, Zabihulla Mujahid.

    O porta-voz pediu a todos que se rendam dentro do prazo indicado para que “não haja necessidade de processar ou dar tratamento legal aos infratores que venham a ser encontrados”.

    Embora os talibãs tenham conquistado o poder em 15 de agosto, os líderes do movimento ordenaram aos seus combatentes para não entrarem nas casas de funcionários públicos, nem confiscarem propriedades do Estado até que houvesse uma decisão dos líderes.

    O apelo de Mujahid à rendição voluntária acontece no dia em que os líderes fundamentalistas devem anunciar a formação do novo governo, que os talibãs esperam ter pronto antes da retirada das tropas internacionais, em 31 de agosto.

    O movimento dá, assim, mais um passo para tomar o controlo total do país enquanto os Estados Unidos e os aliados internacionais cumprem a últimas horas de presença da força internacional no Afeganistão.

    Os talibãs conquistaram Cabul em 15 de agosto, concluindo uma ofensiva iniciada em maio, quando começou a retirada das forças militares norte-americanas e da NATO.

    As forças internacionais estavam no país desde 2001, no âmbito da ofensiva liderada pelos Estados Unidos contra o regime extremista (1996-2001), que acolhia no território o líder da Al-Qaida, Osama bin Laden, principal responsável pelos atentados terroristas de 11 de setembro de 2001.

    A tomada da capital pôs fim a uma presença militar estrangeira de 20 anos no Afeganistão, dos Estados Unidos e aliados na NATO, incluindo Portugal.

  • Presidente francês alerta que Estado Islâmico continua a ser uma ameaça. "Não devemos baixar a guarda"

    O Presidente francês, Emmanuel Macron, declarou que não se deve “baixar a guarda” em relação ao grupo extremista Estado Islâmico (EI), porque estes jihadistas continuam a ser “uma ameaça”, especialmente no Iraque.

    Todos nós sabemos que não devemos baixar a guarda, porque o Estado Islâmico continua a ser uma ameaça e eu sei que a luta contra esses grupos terroristas é uma prioridade para seu o Governo”, disse Macron, dirigindo-se em Bagdade ao primeiro-ministro iraquiano, Mustafa al-Kadhimi.

    O Iraque, onde células do EI continuam a realizar ataques quatro anos após a sua derrota militar, e a França “são parceiros-chave na guerra contra o terrorismo”, respondeu o chefe de Governo iraquiano.

    No Afeganistão, um braço do Estado Islâmico (o Estado Islâmico da Província de Khorasan/ISKP, na sigla em inglês) realizou um ataque na quinta-feira que causou pelo menos 170 mortos e 150 feridos, incluindo 13 soldados norte-americanos.

    Emmanuel Macron encontra-se em Bagdade, no Iraque, onde se realiza este sábado uma cimeira com líderes do Médio Oriente. Macron visita o Iraque neste fim de semana para participar no encontro com governantes e relembrar o papel que Paris quer manter no Médio Oriente, em particular na luta contra o terrorismo.

    No encontro, o chefe de Estado de França será o único governante de fora da região e dos poucos a confirmar a visita a Bagdade.

    Estão previstos encontros com os líderes iraquianos, mas também com o seu homólogo egípcio, Abdel Fattah al-Sisi, e com o rei Abdullah II da Jordânia.

    Os presidentes da Turquia e do Irão, bem como o rei da Arábia Saudita, também foram convidados, mas segundo fontes iraquianas, ainda não confirmaram a viagem, noticia a agência AFP.

  • EUA lançam ataque aéreo contra membro do grupo Estado Islâmico

    Os Estados Unidos realizaram um ataque contra “um organizador” do ramo do grupo extremista Estado Islâmico (EI) no Afeganistão, que reivindicou o atentado terrorista no aeroporto de Cabul, anunciaram as forças armadas norte-americanas.

    “O ataque aéreo sem piloto ocorreu na província afegã de Nangarhar [leste]. De acordo com as primeiras indicações, matámos o alvo”, afirmou na sexta-feira o comandante Bill Urban, do comando central.

    No mesmo comunicado, o responsável adiantou desconhecer a existência “de qualquer vítima civil” no ataque realizado com drone.

    Este ataque ocorreu um dia depois do ataque bombista, reivindicado pelo Estado Islâmico da Província de Khorasan (ISKP, na sigla em inglês), que no Afeganistão é considerado inimigo dos talibãs.

    Na quinta-feira, o Presidente dos EUA, Joe Biden, prometeu “caçar e fazer pagar” os autores do atentado bombista, que causou pelo menos 170 mortos e 150 feridos, incluindo 13 soldados norte-americanos.

    Os talibãs conquistaram Cabul em 15 de agosto, concluindo uma ofensiva iniciada em maio, quando começou a retirada das forças militares norte-americanas e da NATO.

    As forças internacionais estavam no país desde 2001, no âmbito da ofensiva liderada pelos Estados Unidos contra o regime extremista (1996-2001), que acolhia no território o líder da Al-Qaida, Osama bin Laden, principal responsável pelos atentados terroristas de 11 de setembro de 2001.

  • Bom dia. Vamos abrir este novo artigo liveblog para reunir as últimas notícias relacionadas com a crise no Afeganistão.

    Pode ler aqui a reportagem de ontem do jornalista Pedro Bastos Reis sobre a chegada a Portugal de um avião com quatro militares portugueses e 24 afegãos.

    A chegada dos primeiros 24 refugiados afegãos, os elogios aos militares, “as dívidas de gratidão” e o aparecimento de Marcelo

1 de 1