Momentos-chave
Histórico de atualizações
  • Bom dia.

    Este liveblog vai ser arquivado, mas o Observador vai continuar a acompanhar os desenvolvimentos da guerra na Ucrânia ao longo desta sexta-feira num novo liveblog, que pode acompanhar aqui.

    Já começaram os referendos de adesão à Rússia nas regiões ucranianas ocupadas pelas forças russas

  • Ponto de situação. O que aconteceu durante o fim da tarde e noite?

    O Presidente da Ucrânia deixou uma mensagem aos cidadãos russos, apelando que protestem contra a mobilização parcial anunciada pelo homólogo russo. “Cerca de 55 mil soldados russos mortos em seis meses de guerra, dezenas de milhares feridos e mutilados. Querem mais? Não? Então protestem”, pediu Zelensky.

    Após o anuncio da mobilização, na quarta-feira, o dia ficou marcado por vários protestos em cidades russas e as autoridades prenderam mais de mil pessoas.

    • Os separatistas pró-russos das regiões ucranianas de Luhansk e Donetsk disseram ter tudo pronto, a partir de sexta-feira e durante os próximos cinco dias, para o referendo sobre a anexação com a Rússia.

    • A Bielorrússia está disponível para, “como vizinho direto”, receber reuniões de negociação de paz entre a Rússia e a Ucrânia, tal como aconteceu no início da guerra, disse o ministro do Exterior do país, Vladimir Makei.

    • O primeiro-ministro, António Costa, discursou esta quinta-feira na 77ª Assembleia Geral da ONU, em Nova Iorque, onde sublinhou que a Rússia deve cessar as hostilidades e permitir a criação de um diálogo “sério e sustentado”, orientado para o cessar-fogo e para a paz.

    • Os serviços de informação ucranianos consideram possível que a Rússia use armas nucleares contra a Ucrânia. Moscovo “vai tentar parar a atividade ofensiva” ucraniana e tentar “destruir” o país, disse o vice-presidente Vadym Skibitskyi.

    • O primeiro-ministro húngaro, o ultra-nacionalista Viktor Orban, quer que as sanções da União Europeia contra a Rússia sejam levantadas até dezembro e vai organizar uma “consulta nacional” sobre o assunto.

    • Muitos dos ucranianos entregues a Kiev por Moscovo na grande troca de prisioneiros de guerra foram “brutalmente torturados” durante o cativeiro, denunciou hoje um alto funcionário do Governo da Ucrânia.

    • Uma equipa do Tribunal Penal Internacional (TPI) viajará na próxima semana para o leste da Ucrânia para investigar alegados crimes contra civis. A viagem ocorre depois de serem encontrados corpos de mais de 400 pessoas na cidade de Izium, recentemente recuperada pelas tropas ucranianas.

    • A República Checa recusa-se a conceder vistos humanitários aos russos que fugirem do país para evitarem a mobilização militar, anunciou o ministro dos Negócios Estrangeiros do país.

    • O Serviço de Segurança da Ucrânia denunciou que os representantes russos na região de Donetsk estão a planear que adolescentes entre 13 e 17 anos também possam votar nos referendos de anexação à Rússia. O Conselho do Atlântico Norte da NATO emitiu hoje uma declaração onde condena “com a maior firmeza” o projeto de “pretensos” referendos nas regiões separatistas do leste da Ucrânia ou nas “regiões em parte controladas” pelo exército russo.

  • Separatistas de Luhansk e Donetsk prontos para referendar integração na Rússia

    Os separatistas pró-russos das regiões ucranianas de Luhansk e Donetsk afirmam ter tudo pronto, a partir de sexta-feira e durante cinco dias, para referendar a integração com a Rússia.

    A comissão eleitoral da república de Luhansk informou que “está 100% preparada para realizar o referendo sobre a integração na Rússia”.

    A CEC da região de Kherson, no sul, imprimiu 750.000 boletins de voto, o mesmo número de cidadãos registados, segundo a administração pró-Rússia.

  • Bielorrússia disponível para receber negociações de paz

    A Bielorrússia está disponível para, “como vizinho direto”, receber reuniões de negociação de paz entre a Rússia e a Ucrânia, tal como aconteceu no início da guerra, disse esta quinta-feira o ministro do Exterior do país, Vladimir Makei.

    O governante referiu que Minsk está disposta a trabalhar em novas conversações entre Moscovo e Kiev na sua intervenção perante o Conselho de Segurança das Nações Unidas, em Nova Iorque.

    “Minsk, como vizinho direto, está interessado em participar nas negociações entre Rússia e Ucrânia sobre um acordo de paz estratégico e está preparado para criar todas as condições necessárias para a sua continuação, incluindo em solo bielorrusso”, afirmou.

  • PM defende "multilateralismo como necessidade absoluta" neste momento

    O primeiro-ministro termina a sua intervenção na Assembleia Geral da ONU a pedir medidas para “garantir a participação dos jovens nos processos de decisão” e a promover a candidatura portuguesa ao Conselho de Segurança, para o biénio 2027/28, apelando ao “multilateralismo”.

    “O reforço do multilateralismo não é uma opção. É uma necessidade absoluta para fazer face aos desafios globais”, afirmou o primeiro-ministro pedindo que se passe “das palavras à ação, com mais cooperação, mais solidariedade e mais multilateralismo”. Ou seja, tornando a ONU “mais eficiente, mais justa, mais representativa”.

  • Sem igualdade de género "não é possível cumprir Agenda para Desenvolvimento Sustentável" da ONU

    O primeiro-ministro passa, entretanto, para a parte social da intervenção, expressando o apoio português à proposta do secretário-geral da ONU para preparar uma Cimeira Social.

    “As políticas sociais têm de estar no centro da nossa ação, do desenvolvimento das nossas economias, do combate às alterações climáticas”, afirmou o primeiro-ministro em Nova Iorque.

    É neste ponto concreto, António Costa afirma que “nenhum futuro será verdadeiramente transformador sem sociedades pluralistas, inclusivas, que promovam a igualdade de género e combatam a discriminação racial, o racismo, a xenofobia e todas as formas de intolerância”. Defendendo também o “empoderamento das mulheres” e o “combate pela igualdade de género”.

    Sem isto, diz o primeiro-ministro, “não é possível cumprir as nossas obrigações de direitos humanos nem a implementação bem-sucedida da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável”.

    É crucial também que prestemos uma atenção particular ao impacto das situações de conflito nos direitos das mulheres e meninas e ao papel fundamental que estas podem desempenhar nos processos construção e consolidação da paz”.

  • O primeiro-ministro faz agora a ligação entre o clima e a segurança, dando o exemplo português das vagas de incêndios como exemplo desta situação, por causa da “erosão costeira”.

    Assim, espera que a “COP-27, em Sharm-el-Sheik, possa ser um momento que nos conduza a uma transição inclusiva, assegurando uma repartição mais equilibrada do financiamento climático entre a mitigação e a adaptação”.

    A propósito, reafirma o objetivo nacional de alcançar a neutralidade carbónica até 2050, dizendo que é objetivo “viável do ponto de vista económico e tecnológico, promotor de emprego e gerador de justiça social”. E promete “acelerar estes compromissos”:

    Queremos até 2026 aumentar de 60% para 80% o peso das renováveis na eletricidade consumida”.

    A antecipação desta meta já tinha sido anunciada pelo Governo.

  • Costa pede "resposta orientada" para terrorismo em Moçambique (e não só)

    O primeiro-ministro fala agora, em Nova Iorque, na “evolução da ameaça terrorista em todo o mundo” e na necessidade de combater essa frente fazendo referência específica aos casos de Moçambique, Sahel e Golfo da Guiné. Costa fala na necessidade de uma “resposta orientada e efetiva dos Estados”.

    É importante combater as causas profundas que contribuem para a radicalização, tais como o colapso das estruturas do Estado, violações de direitos humanos, a exclusão social e a desigualdade”.

  • Costa defende Conselho de Segurança que "não fique paralisado"

    “Precisamos de um Conselho de Segurança representativo, ágil e funcional, capaz de responder aos desafios do século XXI sem ficar paralisado, e cuja ação seja escrutinada pelos restantes membros das Nações Unidas”, diz agora o primeiro-ministro na Assembleia Geral da ONU.

    António Costa quer “um Conselho de Segurança que integre uma visão abrangente de segurança, reconhecendo, nomeadamente, o papel das alterações climáticas como aceleradoras de conflitos”. E onde “o continente africano, e pelo menos o Brasil e a Índia tenham assento”. O mesmo que tinha sido defendido pelo Presidente da República há um ano no mesmo fórum.

  • Sanções à Rússia "não podem afectar a produção, transporte e pagamento de cereais e fertilizantes"

    António Costa passa agora, na intervenção na ONU, para a referência à solidariedade com todos aqueles que, em todo o mundo – e em particular no continente africano –, sofrem com os impactos da invasão da Ucrânia pela Rússia”.

    Um dos pontos sublinhados é o impacto que a guerra trouxe aos “mais vulneráveis”, nomeadamente “o impacto da crise energética e alimentar, depois de fustigados por quase três anos de crise sanitária”.

    E defende que “as necessárias sanções aplicadas à Rússia não podem afetar, direta ou indiretamente, a produção, transporte e pagamento de cereais e fertilizantes”.

  • Costa diz que "não é tempo de a Rússia fazer irresponsáveis ameaças" e pede "investigação independente" a crimes de guerra

    O primeiro-ministro está neste momento a discursar da 77ª Assembleia Geral da ONU, em Nova Iorque. António Costa começa por lembrar que logo na fundação das Nações Unidas, delegados de 51 países “assumiram o compromisso de manter a paz e a segurança internacionais” e que “77 anos depois, ainda não alcançámos estes objetivos”.

    Depois segue a intervenção: “A Rússia deve cessar as hostilidades e permitir a criação de um diálogo sério e sustentado, orientado para o cessar-fogo e para a paz.”

    Este não é o tempo da Rússia escalar o conflito ou fazer irresponsáveis ameaças de recurso a armas nucleares”.

    O primeiro-ministro diz que não pode deixar de se condenar “uma vez mais, a agressão russa e aqui reforçar o apoio de Portugal à soberania, independência e integridade territorial da Ucrânia”, depois de uma invasão que classifica de “injustificada e não provocada” e em “flagrante violação do Direito Internacional, desde logo da Carta das Nações Unidas”.

    “A gravidade dos atos cometidos torna imperativa uma investigação independente, imparcial e transparente para que os crimes cometidos não passem impunes”, afirmou ainda sobre o que se passa em território ucraniano.

  • Barbra Streisand à conversa com Zelensky

    A cantora e atriz Barbra Streisand falou esta quinta-feira com o Presidente da Ucrânia. “Fiquei comovida com a resiliência e coragem do povo ucraniano e da liderança inspiradora”, escreveu numa publicação no Twitter.

    Barbra Streisand refere que se juntou à United24, uma iniciativa do Presidente Zelensky para receber doações para a Ucrânia.

  • Zelensky pede aos russos que se manifestem contra mobilização

    O Presidente da Ucrânia deixou hoje uma mensagem aos cidadãos russos, apelando que protestem contra a mobilização parcial anunciada pelo homólogo russo.

    “Cerca de 55 mil soldados russos mortos em seis meses de guerra, dezenas de milhares feridos e mutilados. Querem mais? Não? Então protestem”, afirmou Voldodymyr Zelensky. Com a mobilização, o líder ucraniano diz que a guerra na Ucrânia deixou de ser algo na televisão ou Internet e entrou em todos os lares russos.

    No habitual discurso, descreveu a decisão como uma reação à força demonstrada pelos ucranianos, mas também como uma admissão de que o exército russo não pode resistir e “desmoronou”.

  • Serviços de informação ucranianos: "É possível que a Rússia use armas nucleares contra a Ucrânia"

    Vadym Skibitskyi, vice-presidente dos serviços de informação ucranianos, considera “possível” que “a Rússia use armas nucleares contra a Ucrânia”. Moscovo “vai tentar parar a atividade ofensiva” ucraniana e tentar “destruir” o país.

    Em entrevista à ITV, o responsável diz que esta possibilidade é também uma “ameaça para outros países”. “A explosão de uma arma nuclear terá impactos não só na Ucrânia, como também na região do Mar Negro”, afirma, indicando que isso pode afetar países como a Bulgária, a Polónia e a Turquia.

    O vice-presidente recorda “a história de Chernobyl”: “É possível que tenhamos outra catástrofe no nosso território, na Europa de Leste”.

  • Hungria quer que sanções da UE à Rússia sejam levantadas até ao fim de 2022

    O primeiro-ministro húngaro, o ultra-nacionalista Viktor Orban, quer que as sanções da União Europeia (UE) contra a Rússia sejam levantadas até dezembro e vai organizar uma “consulta nacional” sobre o assunto.

    Numa reunião interna do partido Fidesz, no poder, o líder húngaro pediu aos militantes “para que façam tudo o que for possível para garantir que a Europa levante as sanções o mais tardar no final do ano”, escreveu hoje o jornal pró-governo Magyar Nemzet, informação que o governo “confirmou” à France-Presse.

  • NATO denuncia “com a maior firmeza” os “pretensos referendos” no leste da Ucrânia

    O Conselho do Atlântico Norte da NATO emitiu hoje uma declaração onde condena “com a maior firmeza” o projeto de “pretensos” referendos nas regiões separatistas do leste da Ucrânia ou nas “regiões em parte controladas” pelo exército russo.

    Os aliados jamais reconhecerão a anexação, ilegal e ilegítima, da Crimeia pela Rússia. Os simulacros de referendo que serão organizados nas regiões de Donetsk, Lugansk, de Zaporíjia e Kherson (sobre a integração deste territórios da Federação da Rússia) não têm qualquer legitimidade e constituem uma flagrante violação da Carta das Nações Unidas. Os países da NATO não reconhecem a anexação destes territórios, que será considerada ilegal e ilegítima. As regiões em causa pertencem à Ucrânia. A Rússia procura de forma evidente garantir ganhos territoriais, e apelamos a todos os Estados que se oponham a estas iniciativas”, indica o texto.

    Nas conclusões da reunião, o Conselho do Atlântico Norte da NATO também considera que a decisão da Rússia em decretar uma mobilização parcial constitui uma “nova escalada da guerra que promove com total ilegalidade” contra a Ucrânia, e rejeita o “discurso irresponsável” de Moscovo no campo do nuclear.

  • Prisioneiros ucranianos entregues por Moscovo foram torturados na prisão, diz Kiev

    Muitos dos ucranianos entregues a Kiev por Moscovo na grande troca de prisioneiros de guerra foram “brutalmente torturados” durante o cativeiro, denunciou hoje um alto funcionário do Governo da Ucrânia.

    “Muitos deles foram brutalmente torturados”, disse Kyrylo Budanov, chefe do departamento de inteligência do Ministério da Defesa ucraniano, numa conferência de imprensa, sem, contudo, avançar pormenores sobre a natureza das supostas torturas.

    Budanov adiantou que também “há pessoas cuja condição física é mais ou menos normal”, apesar da “desnutrição crónica devido às más condições prisionais”.

  • Equipa do Tribunal Penal Internacional irá ao leste da Ucrânia investigar crimes contra civis

    Uma equipa do Tribunal Penal Internacional (TPI) viajará na próxima semana para o leste da Ucrânia para investigar supostos crimes contra civis, anunciou esta quinta-feira o procurador-chefe do órgão, Karim Khan.

    Khan, que já esteve na Ucrânia três vezes desde o início da guerra, não especificou quais as cidades que a equipa do TPI visitará, numa viagem que ocorre depois que os restos mortais de 440 pessoas terem sido descobertos na cidade de Izium, situada na região de Kharkiv, controlada até a semana passada pelas tropas russas.

    “Estou profundamente preocupado com os relatórios que estamos a receber sobre o que parecem ser ataques intencionais a civis e também com a transferência de populações para fora da Ucrânia, principalmente crianças”, disse Khan numa reunião do Conselho de Segurança das Nações Unidas.

  • República Checa recusa atribuir vistos a desertores russos

    O ministro dos Negócios Estrangeiros da República Checa declarou esta quinta-feira que Praga se recusa a conceder vistos humanitários aos russos que fugirem do país para evitarem a mobilização militar anunciada quarta-feira pelo Presidente da Rússia, Vladimir Putin.

    Um número não determinado de cidadãos russos está a abandonar o país desde que Putin decidiu mobilizar cerca de 300.000 reservistas para reforçar as tropas que participam na invasão da Ucrânia desde 24 de fevereiro.

    “Compreendo que os russos estejam a fugir de decisões cada vez mais desesperadas de Putin. Mas quem foge do seu país porque não quer cumprir um dever imposto pelo seu próprio Estado não cumpre os critérios para receber um visto humanitário”, afirmou Jan Lipavsky, chefe da diplomacia da República Checa, país que detém a presidência rotativa da União Europeia (UE).

  • Adolescentes entre 13 e 17 anos poderão ser chamados a votar no referendo em Donetsk

    O Serviço de Segurança da Ucrânia denunciou que os representantes russos na região de Donetsk estão a planear que todos os que tenham entre 13 e 17 anos também possam votar nos referendos de anexação à Rússia, avança o Kyiv Independent.

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